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VOA 2017

VOA 2017

Os icónicos CARCASS e VENOM são as derradeiras adições ao cartaz da edição de 2017 do VOA – Heavy Rock Festival, fechando assim o alinhamento de um evento que, como paragem obrigatória na época estival para qualquer melómano, se realiza pelo segundo ano consecutivo no Parque Urbano Quinta de Marialva. Nos dias 4, 5 e 6 de Agosto, o aprazível anfiteatro de Corroios vai receber dois dos mais lendários nomes de que há memória nas últimas décadas no cenário da música extrema. Dois projetos conterrâneos, ambos são britânicos, surgidos em duas décadas distintas, uns na de 80 e outros na de 90, mas igualmente fulcrais e referenciais na proliferação de quatro das tendências – o death/grind/gore e death melódico, no caso dos primeiros; o thrash e black metal no caso dos segundos – que mais bandas produziram no movimento underground pré-Séc. XXI e que continuam a ter um impacto inegável em muito do que se faz hoje em dia nesses espectros. Exemplos claros de perseverança, apesar dos hiatos e de várias reanimações, tanto os CARCASS como os VENOM mostram uma vitalidade de fazer corar de inveja muitas bandas mais jovens e, sobretudo, continuam a exorcizar uma dedicação à causa que não é, de todo, comum na sociedade frenética em que vivemos.

Provenientes do centro da Florida, nos Estados Unidos, os TRIVIUM tomaram forma em 2000 e, de um momento para o outro, apanharam a onda gerada pelo enterro do nu-metal e consequente florescer do fenómeno metalcore, começando a gerar um zumbido na comunidade headbanger de Orlando. De zumbido a rugido, o projeto começou a dar que falar no underground e, com as redes sociais a servirem já de ferramentas de divulgação, fez chegar a sua curiosa mistura de metalcore, thrash e metal progressivo além-fronteiras. Não demoraram a assinar contrato com o selo alemão Lifeforce, que lançou «Ember To Inferno», o muito aplaudido álbum de estreia do grupo idealizado pelo jovem vocalista e guitarrista Matt Heafy, em Outubro de 2003. Apoiados no enorme talento técnico e composicional do seu estratega, num mundo pós-sucesso estratosférico de «Alive Or Just Breathing», foram rapidamente “agarrados” pela Roadrunner Records, numa movimentação que marcaria de forma indelével o crescimento que sofreram nos anos seguintes. Já com a formação estabilizada, assente em Heafy, Travis Smith na bateria, Paolo Gregoletto no baixo e Corey Beaulieu na segunda guitarra, lançam «Ascendancy» em Março de 2005 e saltam num ápice dos players do MySpace para as capas de revistas como a Metal Hammer e Kerrang!, num incremento de exposição o que lhes permitiu começarem a delinear então a rota ascendente que, hoje em dia, permite olhar para eles como os porta-estandarte do metal contemporâneo produzido do outro lado do Atlântico. Apoiados na sequência de títulos «The Crusade» (2006), «Shogun» (2008), «In Waves» (2011) e «Vengeance Falls» (2013), passaram a última década a tocar pelo mundo frente a plateias cada vez maiores ao lado de “ícones” como Iron Maiden, Metallica, Machine Head e até Cannibal Corpse, a trepar às tabelas de vendas, a estabelecer um som cada vez mais próprio e, em suma, a estabelecer a sua reputação como uma das mais brilhantes e bem-sucedidas propostas da sua geração. Já com mais de um milhão de discos vendidos a nível mundial, o último registo de estúdio do quinteto norte-americano, que tem hoje Mat Madiro sentado atrás da bateria, chama-se «Silence In The Snow», foi editado em Outubro de 2015 e prova uma vez mais que, com um pé na velha escola e outro bem firme no presente dos metais pesados, não há quem lhes faça frente quando se fala de metal moderno, fiel às raízes e com tanto de acutilante como de melódico.

Quando surgiram “em cena”, corria o ano de 1996, os finlandeses APOCALYPTICA eram a verdadeira anomalia. Se não um projeto impensável, um conceito meio inusitado para a grande maioria do público que tinham como alvo. Bem vistas as coisas, o mais estranho ainda é que, antes de Eicca Toppinen, Max Lilja, Antero Manninen e Paavo Lotjonen, quatro jovens roqueiros e violoncelistas com formação erudita, ninguém tivesse tido a brilhante ideia de fazer algo do género. É certo e sabido que o heavy metal e a música clássica têm, desde sempre, mais em comum do que o melómano menos dado a extremismos gosta de admitir, por isso... A ideia de ver quatro músicos com formação clássica a fazerem versões de temas de heavy metal acabava por fazer todo o sentido. Neste caso, começaram por dar novas roupagens a originais dos Metallica e, com o álbum de estreia «Plays Metallica By Four Cellos», encantaram plateias por esse mundo fora com as suas interpretações muito próprias de êxitos como «Enter Sandman», «Master of Puppets» e «The Unforgiven». Entretanto passaram-se mais de duas décadas, os músicos alargaram o seu repertório a material dos Sepultura, dos Pantera e dos Faith No More, entre outros, começaram a compor também os seus próprios originais, mudaram de formação e, em álbuns como «Reflections» «Worlds Collide» ou «7th Symphony», encetaram colaborações com músicos tão respeitados como Dave Lombardo, Til Lindemann e Joe Duplantier, dos Slayer, Rammstein e Gojira, respetivamente. Pelo caminho, enquanto iam desenvolvendo uma identidade muito além da “banda de covers” glorificada pelo exotismo, conseguiram estabelecer-se também como um fenómeno de massas, subindo às tabelas de vendas e marcando presença nos palcos dos grandes festivais. O último registo de estúdio do grupo chama-se «Shadowmaker» e foi editado há dois anos, mas em 2017 os músicos vão redescobrir as suas raízes, com uma tour de comemoração do 20º aniversário de «Plays Metallica By Four Cellos», que inclui por fim a estreia no VOA.

Criados em 1986, num momento em que o talentoso guitarrista Bill Steer ainda fazia parte de uma das formações mais lendárias dos Napalm Death, com quem gravou «Scum» e «From Enslavement To Obliteration», ao longo de duas décadas os CARCASS transformaram-se eles próprios também em lendas, primeiro estabelecendo as regras para o híbrido de death/grind, pintado em tons de sangue e tripas, com dois títulos incontornáveis do underground dos 90s, «Reek Of Putrefaction» e «Symphonies Of Sickness»; e depois, com a sequência formada por «Necroticism – Descanting The Insalubrious» e «Heartwork», o death metal melódico, deixando uma marca indelével não só na N.W.O.S.D.M. mas também no fenómeno metalcore, mais recente. Entretanto, ainda antes da edição de «Swansong», decidiram votar-se a um longo hiato, voltando apenas ao ativo em 2007. «Surgical Steel», editado seis anos depois, foi o primeiro álbum que o quarteto formado por Steer e Jeff Walker – e que fica agora completo com Daniel Wilding na bateria e Ben Ash na segunda guitarra – gravou desde meio da década de 90, e serviu a derradeira prova de que, afinal, mesmo depois de tantos anos a julgar-se que a banda estava morta e enterrada, a dupla veterana ainda tinha um grande álbum de death metal dentro de si. Canções como «Thrasher's Abbatoir», «Unfit For Human Consumption» ou «Captive Bolt Pistol» afirmaram-se rapidamente como provas de que a resiliência compensa e, numa mistura equilibrada dos melhores momentos dos dois discos mais consensuais da fase “adulta”, encapsulam tudo aquilo que aprendemos a esperar dos britânicos ao longo dos tempos. Focados na tarefa de provar que estão bem vivos criativamente e ainda muito longe da decomposição, os CARCASS versão Séc. XXI mostram-se tão letais e cirúrgicos como sempre

Quase duas décadas depois de terem dado os primeiros passos pela mão do guitarrista e mentor Mark Jansen, pouco tempo depois de ter abandonado os também muitíssimos aplaudidos After Forever, a popularidade dos EPICA não dá mostras de abrandamento. Destacando-se desde muito cedo, não só por serem tão influenciados pelo rock como pela corrente sinfónica do metal, mas pela paixão que Jansen nutre pelas épicas bandas-sonoras compostas por nomes como Danny Elfman e Hans Zimmer, o grupo – cuja formação fica hoje completa com a carismática e talentosa Simone Simons na voz, Issac Delahaye na guitarra, Coen Janssen nos teclados, Rob Van Der Loo no baixo e Arien Van Weesenbeck na bateria – gravou uma sequência de álbuns irrepreensíveis, da estreia «The Phantom Agony» ao mais recente «The Holographic Principle», do ano passado, que lhes valeram elogios rasgados por parte da imprensa especializada e dos fãs. Garantindo lugar de destaque nas tabelas de vendas de países como Alemanha, França, Áustria, Suíça, Finlândia, Bélgica e até Portugal, são hoje porta-estandartes incontestados do fenómeno female fronted metal, neste caso em particular um poderoso e envolvente híbrido de thrash/death e heavy/power metal sinfónico. Uma proposta de exceção que, numa tendência dominada por exuberantes vocalizações femininas e sons orquestrais, tem mostrado saber exatamente como progredir e evoluir renunciando aos clichés.

“Lay down your soul to the gods rock'n'roll... Black metal!!!” Quem, por esta altura, não conhece o famoso tema e disco de 1982? Por esta altura, os VENOM já dispensam quaisquer apresentações e, apesar de todas as transformações estéticas e sonoras que o estilo foi sofrendo com o passar dos anos, foram eles próprios que estabeleceram as regras básicas para o estilo ao lançarem o seu segundo álbum. Já um ano antes, com a estreia «Welcome to Hell», o trio oriundo de Newcastle tinha pegado na fórmula da, em ebulição na altura, N.W.O.B.H.M. e, injetando-lhe aquela garra incontida do punk, criou um som ainda mais pesado e extremo que, uns tempos depois, acabaria por dar origem ao thrash. Famosos pelos espetáculos memoráveis, em que os lasers competiam por atenção com a descarga decibélica protagonizada pelo grupo, o trio Cronos, Mantas e Abaddon transformou-se num enorme fenómeno de popularidade, acabando por influenciar o surgimento de nomes tão famosos como Metallica ou Slayer. A natureza volátil da formação clássica acabaria por dar o tiro de partida para uma carreira de enorme sucesso, mas cheia de paragens e arranques, assente em álbuns como «At War With Satan», «Possessed» ou «Calm Before The Storm». De 1979 a 1993, quando se separaram pela primeira vez, os VENOM transformaram-se numa das instituições mais emblemáticas da música extrema e, já depois de se ter estado afastado durante um período, o inimitável Cronos decidiu tomar de novo as rédeas do projeto em 1995. Após uma demasiado breve reunião com Mantas e Abaddon, durante as últimas duas décadas o baixista e vocalista tem mantido presença assídua, e muito aplaudida, nos palcos e nos escaparates. Gravado na sequência de «Metal Black», «Hell» e «Fallen Angels», o último registo de originais do grupo – cuja formação fica, há já quase dez anos, completa com Rage na guitarra e Danté na bateria – chama-se «From The Very Depths» e foi editado em 2015

Caos. Confusão. Barulho. Dissonância. Matemática. Perigo. É disso tudo que tem mesmo de se falar ao mencionar o nome dos icónicos THE DILLINGER ESCAPE PLAN, um dos grupos mais inovadores e desafiantes surgidos no espectro da música extrema na reta final do Séc. XX. Construídos de fibra punk/hardcore, movidos a adrenalina e abençoados com uma arrogância muito própria de instrumentistas muito jovens, mas exímios na arte de debitar notas, solos e batidas à velocidade da luz, o quinteto de Nova Jérsia afirmou-se desde cedo como uma proposta incomum com uma explosiva mistura de pós-hardcore, metal, arranjos alucinados e quebras rítmicas com mais em comum com o free jazz do que com qualquer categoria do rock. Apesar de terem em bandas como Converge, Cave In ou Botch verdadeiras almas gémeas, foram os primeiros a chegar a uma audiência mais vasta graças a um contracto com a Relapse e, na senda do lançamento de bombas refratárias como «Under The Running Board» e «Calculating Infinity», o underground não mais voltou a ser o mesmo. A dada altura não havia metrópole europeia que não tivesse, pelo menos, um clone da máquina demolidora formado por Ben Weinman e companhia. Talvez por isso, a partir do exato momento em que colaboraram com o camaleónico Mike Patton no EP «Irony is a Dead Scene» e acolherem Greg Puciato como vocalista permanente em «Miss Machine», não mais voltaram a deixar de trocar de pele a cada novo passo. Álbuns como «Ire Works», «Option Paralysis» ou «One Of Us Is The Killer» mostraram-nos a explorar toda a elasticidade do seu som e, entre várias peripécias e algumas mudanças de formação, cimentaram-nos como uma das mais respeitadas bandas de peso da geração pré-MySpace. Surpresa das surpresas, em 2016 decidem anunciar um ponto final do seu percurso, mas não sem antes lançarem o explosivo «Dissociation» e embarcarem numa digressão de despedida pelo mundo. Portugal, desta vez, não vai ficar de fora.

Criados em 1982, quando os membros fundadores da banda eram ainda adolescentes, os DEATH ANGEL são uma das pérolas mais brilhantes saídas do fenómeno thrash metal da Bay Area de São Francisco durante a sua época áurea. Rotulados como “os meninos pródigos do movimento”, pese a tenra idade com que deram os primeiros passos, afirmaram-se de imediato como um caso raro de dedicação à causa. «The Ultra-Violence», álbum de estreia, editado em 1987, afirmou-os desde logo como uma proposta a ter seriamente em conta num universo que, na altura, já incluía nomes tão respeitados e aplaudidos como Testament, Exodus e Possessed. Apoiados em «Frolic Through The Park» e «Act III», entre 1988 e 1990 estabelecerem-se como uma banda incrivelmente enérgica em palco e, contra as expectativas, quando já tinham um culto à sua volta, decidiram colocar o seu crescimento em stand by na viragem para os anos 90. Exatamente uma década de silêncio depois, voltam então à carga com alguns concertos de reunião e, em 2004, oficializam o muito antecipado regresso com a edição do aplaudido «The Art Of Dying». Desde então têm sabido manter um percurso consistente, apoiado numa sequência de lançamentos que, apesar de vários acertos de formação, provam que o quinteto liderado por Rob Cavestany e Mark Osegueda continua a manter a mesma capacidade para escrever thrash furioso e inventivo, que – apoiado numa técnica muito apurada e numa criatividade aparentemente sem limites – continua a renegar os conceitos mais óbvios e previsíveis do género em que se inserem. Disso são ótimas provas «Killing Season» (2008), «Relentless Retribution» (2010), «The Dream Calls For Blood» (2013) ou o mais recente «The Evil Divide», de 2016.

OBITUARY são hoje um dos sobreviventes irredutíveis da explosão de death metal que, ali na transição dos anos 80 para os 90s, começava a ganhar forma na Florida, nos Estados Unidos. A par dos Death, Deicide e Morbid Angel, entre outros, conquistaram uma posição de destaque inegável no cenário da música extrema e, nos tempos que correm, é justo dizer que muito do que foi feito nesse espectro durante as três últimas décadas, provavelmente não seria possível caso não existissem discos como «Slowly We Rot», «Cause Of Death» e «The End Complete». Gravados no período compreendido entre 1989 e 1992, foi com essa trilogia de registos amplamente aplaudidos e elogiados que estabeleceram reputação e definiram as regras para a sua abordagem muito própria ao género. Apoiados nos riffs bem balançados, herança dos Hellhammer e Celtic Frost, debitados por Trevor Peres, pelas batidas pulverizantes de Donald Tardy e pelo inimitável rugido gutural do seu irmão mais velho, John, o quinteto transformou-se num fenómeno underground. Votada a um autoimposto período de congelamento em 1997, a banda – cuja formação fica hoje completa com Kenny Andrews na segunda guitarra e Terry Butler no baixo – voltou à atividade seis anos depois, disposta a reclamar o seu lugar de destaque entre os pioneiros do death metal. Desde então não voltaram a olhar para trás, mantendo um intenso desempenho em palco e no estúdio, sendo que o álbum ao vivo «Ten Thousand Ways To Die», lançado na reta final de 2016, é o mais recente exemplo da vitalidade musculada que continuam a conservar.

Não deixa de ser curioso que, nos tempos que correm, o melhor death metal melódico seja feito fora da Suécia. No caso dos INSOMNIUM, na Finlândia. Mesmo ali ao lado, separados apenas por água, estes naturais de Joensuu são hoje líderes e fieis representantes de um som que, durante os anos 90, fazia de Gotemburgo o seu solo mais fértil. Foi, de resto, para chegar à primeira divisão do género que o quarteto muito tem trabalhado ao longo da última década. Criados já fora de época, em 1997 os metalheads já viviam num mundo pós-«The Jester Race», «The Gallery» e «Slaughter Of The Soul», os talentosos músicos finlandeses pegaram nas regras básicas do género e, sem quaisquer pretensões a reinventarem a roda da N.W.O.S.D.M., entre 2002 e 2011, fizeram uma sequência de sete álbuns a que ninguém, que goste deste tipo de som, poderá apontar o dedo. Em «In The Halls Of Waiting» (2002), «Since The Day It All Came Down» (2004), «Above The Weeping World» (2006), «Across The Dark» (2009) e «One For Sorrow» (2011) depuraram a fórmula e tornaram-na tão sólida quanto possível, desenvolvendo uma capacidade imensa para a composição de canções com tanto de pujante como de melódico, com tanto de agressivo como de envolvente. Em «Shadows Of The Dying Sun», há dois anos, mostraram-se por fim ao mundo com os ganchos todos nos sítios em que devem estar, materializando por fim todo o potencial que lhes andavam a vaticinar há anos. Para 2016 reservaram o seu registo mais ambicioso de sempre, «Winter's Gate» é um tema único de 40 minutos, que revela a versatilidade dos quatro músicos e prova que, afinal, até num espectro em que tudo parecia ter sido já inventado, ainda é possível surpreender.

Quatro anos depois de, em 2013, terem apanhado muito boa gente de surpresa com o lançamento do disco de estreia «A Shade Of My Former Self» através da independente francesa Listenable Records, os holandeses THE CHARM THE FURY aumentaram em muito a qualidade do seu “jogo”. Dominado por um registo agressivo impulsionado pelo desdém que os elementos da banda nutrem pelo estado calamitoso do planeta em que vivemos no Séc. XXI, apoiado numa inteligência feroz e num sincero desejo de libertar as massas do torpor em que vivem, a novidade «The Sick, Dumb & Happy» afirma-se como uma potente declaração de intenções na forma como pretende trazer um novo fôlego ao mundo da música pesada. Temas como os singles «Down On The Ropes» ou «Echoes» surgem assentes numa fórmula de metal ultra-moderno e distinto, carregado de balanço e melodia, redefinindo o som do quinteto à luz do crescimento que sofreu desde que, corria o ano de 2010, se juntaram para fazer música. Revelando um crescimento exponencial, em 2017 os The Charm The Fury mostram-se um coletivo no auge dos seus poderes, impulsionado por uma paixão imensa para fazer música que vai direta à jugular e que exige headbanging furioso por parte da sua audiência. À frente do projeto está a indomável Caroline Westendorp, senhora de um registo vocal ultra-dinâmico, capaz de ir do canto melódico a um forte rugido gutural numa questão de segundos, que se afirma como mais uma prova de que uma vocalista feminina no mundo do metal pode ser muito mais que apenas uma ferramenta do marketing para satisfazer as massas.

Este explosivo quarteto juntou-se há uma década na cidade de Vila-Real, em Valência, Espanha, tendo conseguido forjar uma atitude vincada e um som único, misto de metal, industrial e gótico, ao longo de uma carreira em crescendo exponencial. Assumindo como influências fortes nomes como Nine Inch Nails, Marilyn Manson, Ministry, Dope ou Depeche Mode, e tendo partilhado palcos com grupos tão famosos como os Guns N' Roses, os Nightwish, os In Flames ou mesmo o Sr. Brian Warner himself, KILLUS são provavelmente uma das propostas mais interessantes saídas do solo vizinho. Equipados com um som poderoso e uma imagem impactante, que os transforma num turbilhão de eletricidade ao vivo, começaram com um trio de EPs que provocaram imenso falatório na sua região e, em 2007, gravaram «God Bless Us». Ao primeiro álbum, recolheram elogios da imprensa espanhola e internacional, com as reações a darem o tiro de partida para o crescimento que sofreram ao longo da última década – são cinco os álbuns no currículo, com a sequência composta por «Extinction» (2009), «Never Something Was So Real» (2011), «Feel The Monster» (2013) e, o registo de estúdio mais recente, já de 2016, intitulado «Ultrazombies».

Formados em Vitoria-Gasteiz corria o ano de 2008, os CHILDRAIN são um jovem quinteto que pratica um estilo de metal moderno, cujas influências abarcam desde os primeiros discos dos Metallica até aos Lamb of God, combinado essas referências de peso com uma clara devoção pelo hardcore melódico dos 90s. Surgiram em cena em 2009 com o seu primeiro registo de estúdio, um EP intitulado «A Place Between Hell and Heaven», hoje em dia totalmente esgotado. Dois anos e muitos espetáculos depois, editam por fim o que seria o seu longa-duração de estreia, «Life Show». Revelando uma ética de trabalho forte e o delinear de uma identidade cada vez mais própria, os dois discos foram recebidos com rasgados elogios pela imprensa especializada e, ao longo da sua curta mas muito promissora carreira, o quinteto formado por Iñi na voz, Iker e Álvaro nas guitarras, Rodri no baixo e Mikel na bateria, partilhou palcos com bandas de nomeada como Napalm Death ou Hatebreed afirmando-se paulatinamente como uma das mais excitantes propostas saídas do país vizinho. Segue-se então a edição do terceiro e quarto álbuns, «A Fairy Tale for the Dissent» e «Matheria», em 2013 e 2015, respetivamente, com a banda a cimentar de vez a sua, aparentemente imparável, ascensão no movimento underground de nuestros hermanos.

Tendo aperfeiçoado a sua expressão musical distinta e inimitável ao longo de um caminho que abrange já uma carreira de quinze anos, os Process Of Guilt são atualmente uma das principais forças motrizes no underground português. Entregando riffs massivos e pesados apoiados numa secção rítmica punitivamente precisa, quase-industrial, a banda lisboeta possui uma intensidade única que atrai ouvintes de um amplo espectro de géneros e sub-géneros da música extrema. Amplamente experimentados quando se trata de tocar ao vivo – tendo partilhado palcos com bandas de nomeada como Godflesh, Cult of Luna ou Napalm Death – as suas performances são exibições puras de ferocidade, que não deixam ninguém indiferente. Com o lançamento de seu terceiro longa-duração «FÆMIN», em 2012, o quarteto formado por Hugo Santos, Nuno David, Custódio Rato e Gonçalo Correia deu finalmente o há muito merecido salto para o reconhecimento internacional – o álbum sucessor de «Erosion» e «Renounce» valeu-lhes duas digressões europeias como cabeças-de-cartaz e um cobiçado slot na edição de 2013 do festival Roadburn, onde atuaram perante uma multidão totalmente rendida à descarga monolítica do quarteto nacional. Já após a edição de um split com os suíços Rorcal, há dois anos, 2017 marca o regresso dos músicos aos discos de longa-duração, com o colossal «Black Earth» a capturar uma vez mais as vibrações orgânicas e industriais já presentes em «FÆMIN» e desenvolvendo-as ainda mais na construção de uma besta hipnótica de proporções gigantescas.

Os COLOSSO são uma banda de death metal progressivo e começaram a tomar forma, na cidade do Porto, como um projeto a solo de Max Tomé que, desde bem cedo, traçou as linhas do conceito a explorar – música intensa, sem fronteiras estilísticas ou filosofias específicas. Em 2011, Max convidou o francês Dirk Verbeuren (ex-Scarve e Soilwork, atualmente nos Megadeth) para gravar as partes de bateria para a estreia «Abrasive Peace», registando ele próprio todos os outros instrumentos e a voz. Entretanto, o multi-instrumentista já tinha contactado também Marcelo Aires, ex-Oblique Rain, que acabaria por ocupar a posição atrás da bateria como elemento permanente. A primeira formação do grupo ficaria completa escassos meses depois, com André Lourenço no baixo. Com a química entre o trio a crescer, infelizmente a banda viu-se impossibilitada de tocar ao vivo aquando do lançamento de «Abrasive Peace», em Março de 2012; o que fizeram foi concentrar-se na composição do EP «Thallium» e, durante o processo de gravação, António Carvalho aceita o convite para integrar o projeto na guitarra. Com esta formação expandida, focam-se por fim nos concertos durante grande parte de 2013. Durante o ano seguinte, já após o lançamento do duplo-single «Foregone Semblances», André Macedo junta-se ao grupo na voz e, ainda antes do ano chegar ao fim, começam a compor o terceiro álbum, que seria editado, sob o título «Obnoxious», a 9 de Setembro de 2016.

Os TERROR EMPIRE são uma banda de thrash metal de Coimbra, criada em 2009. Lançando o EP de estreia, «Face The Terror», em 2012, o quinteto – a formação é composta por Ricardo Martins na voz, Rui Alexandre e Sérgio Alves nas guitarras, João Dourado na bateria e Rui Ruga no baixo – começou de imediato a espalhar o seu nome de norte a sul do país, sendo que todo o trabalho árduo acabou por resultar na assinatura de um contrato com a Nordavind Records. Foi com o selo da independente de Ovar que «The Empire Strikes Back» foi, por fim, lançado a 23 de Fevereiro de 2015, constituindo um petardo de thrash inconformista, numa explosiva bomba refratária de batidas rápidas, influências de death metal e uma abordagem vocal corrosiva. Com o vídeo-clip do single «The Route Of The Damned» a servir de mote para a campanha, o grupo fez-se à estrada para apoiar a distribuição mundial do álbum com vários espetáculos em Portugal e Espanha. Com a Empire Tours Black já na reta final, os músicos estão agora a preparar o segundo longa-duração, que tem lançamento previsto para o início de 2017.

BILHETES
Locais de Venda: Ticketline (1820 - http://www.ticketline.pt). 
Em Espanha: Masqueticket.
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