Évora- Teatro Dias 3 e 5 de Dezembro | 21h30| Teatro Garcia de Resende FRAGMENTO ENTRE RUÍNAS O revolucionário Hamlet, acompanhado da personificação de Ofélia, surge-nos inicialmente sozinho a vaguear pelas ruas, envolvido numa introspeção existencial, aguardando a chegada do seu amigo Horácio. Recusando a representação de si mesmo, o seu ser representativo, convida Horácio entrar no seu mundo, na sua cabeça, na sua realidade atual. Horácio, a metáfora do espectador, é então levado a conhecer a revolta de Hamlet e todos os seus pensamentos desconstruídos, na luta pela liberdade, pela sua individualidade, pelo olhar ativo sobre si mesmo e seu papel social. Num jogo de contradições e convicções, que exprimem metaforicamente os seus pensamentos sobre a sua “ruína” e o porquê da sua revolta, entramos num lugar sem tempo, sem ordem cronológica, onde cada momento fala por si só, ora lucido, ora confuso, o debate de Hamlet contra si mesmo. Através de uma representação minimalista, da procura performativa, de grande componente física e imagética, contamos a vida deste Hamlet, que não quer mais ser Hamlet, apresentando esta revolução como uma exposição, não moralista ou extremamente moralista, onde, “apontando o punho contra si mesmo”, fala enquanto cúmplice de um todo. No entanto, não deixa de realizar o conflito para que o dia de ontem não se repita, para que a sua condição do “ontem” não seja mais o hoje, nem o amanhã. Se dessemos outro nome a este momento seria “o dia em que Hamlet acordou” ou “Hamlet não quer mais nã o saber”. FRAGMENTO Entre Ruínas, é o momento, o dia, a hora, em que Hamlet se recusa a ignorar -se por mais tempo, o momento em que recusa ser fruto dos seus fantasmas, usando-se como libertação. Desafiamos todos os presentes a estarem, só serem, aqui, neste momento… A retirarem as máscaras e as deixarem penduradas nos cabides dos bastidores. Bilhetes : 5€ // 75" // M/6
