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Museu do Aljube recorda 25 de Novembro de 1975 com obras de Sérgio Valente

Museu do Aljube recorda 25 de Novembro de 1975 com obras de Sérgio Valente

Antiga prisão de detidos políticos recebe a obra do fotógrafo da Revolução dos Cravos.

Nos últimos dias da exposição “Sérgio Valente – Um fotógrafo na Revolução”, o Museu do Albuje, em Lisboa, organiza uma conversa-debate com Helena Pato, Sérgio Valente, Rui Pereira e Luís Farinha. É já no próximo sábado, dia 25.

41 anos depois do 25 de Novembro de 1975, reflecte-se no Museu do Albuje sobre as expectativas, conquistas e perdas desse momento da história recente de Portugal. Uma oportunidade única para visitar a obra do fotógrafo portuense Sérgio Valente, que com a sua objectiva retratou vários cenários da Revolução dos Cravos no Porto e Norte de Portugal, entre 1974 e 1982.

A exposição - patente até 27 de Novembro - surge por iniciativa do Centro Português de Fotografia e da Cooperativa Artística Árvore na sequência do livro homónimo da autoria de Rui Pereira. A exposição itenerante, apresentada pela primeira vez em 2015 na Cooperativa Artística Árvore, revela agora no Museu do Albuje, em Lisboa, uma selecção de 40 fotografias presentes no livro das Edições Afrontamento.

Neste debate, aberto à livre participação da assistência, farão parte o próprio artista, Sérgio Valente, Helena Pato (militante na resistência ao regime fascista ao longo de duas décadas, docente, dirigente estudantil e política, e fundadora dos sindicatos dos professores criados em Abril de 1974), Rui Pereira, investigador do Centro de Estudos Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho e Luís Farinha, director do Museu do Albuje.

Sobre o artista: 
Sérgio Valente nasceu no Porto, em plena ditadura salazarista, no seio de uma família carenciada e politicamente desperta. Cedo iniciou uma participação social e política que se tornou cada vez mais activa, marcada por três factos relevantes: a campanha eleitoral do General Humberto Delgado; a tentativa, bem sucedida, de não ser mobilizado para a Guerra Colonial; e as três prisões a que é sujeito pela PIDE, em 1969, 1971 e 1973. Na luta contra o regime, qualquer acontecimento lhe serviria de pretexto para baralhar a ordem estabelecida. A coragem e a convicção da razão que o movia, mais fortes do que o medo, marcaram a sua intervenção e percurso de vida. Fotógrafo de profissão, descobre na sua máquina uma arma com enorme potencial de denúncia e de memória.
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