21:30 até às 16:00
A iLHA

A iLHA

A iLHA, a partir de "Fragmentos de Teatro" de Samuel Beckett e "Os Cegos" de Maurice Maeterlink, é a proposta que o Teatro da Terra apresenta como a última criação da companhia em 2016. Depois de O Cravo Espanhol de Romeu Correia estreada em Abril deste ano, segue-se A iLHA num ciclo de quatro criações que estamos a dedicar ao movimento neo-realista português entre 2016/17 (em 2017 a adaptação de "Os Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes e "Finisterra" de Carlos Oliveira, em co-produção com o Museu do Neo-realismo). Consideramos da maior importância trazer para a actualidade um movimento artístico e ideológico fundamental, para compreendermos e valorizarmos um grupo muito significativo de artistas que no seu tempo interveio socialmente com grande eficácia. Essa criação com conteúdo, luta por uma elevação da classe artística a um patamar interventivo, deixando para trás o modelo da Arte como mero elemento decorativo. É precisamente nesse patamar que o Teatro da Terra pretende colocar A iLHA, uma reflexão teatral sobre o tempo presente das sociedades ocidentais, em particular nos últimos anos dos povos europeus: partimos da grande "máquina" cega à catástrofe diária das mortes dos refugiados na fuga a qualquer preço da guerra e do horror.
Do cruzamento dos dois autores retiramos de Beckett, o caminho de uma teatralidade do que na palavra pode ser a cristalização repetida de um interior, numa circunstância existencial determinada pela repetição infinita dos dias na espera, de um último. Nos "Fragmentos de Teatro", fala-se da impossibilidade da partilha, de separação e de um outro ausente, biografia traçada na crueldade rotineira de um quadro kafkiano e demencial. De "Os Cegos", de Maeterlinck, colhemos o medo colectivo de um grupo de invisuais perdidos, num espaço desconhecido e num tempo sem fim nem principio.
Interessa-nos o mais possível, no caso pontual deste projecto, o estabelecimento de uma rede de trabalho artístico alargada e consequente, que permita: partilhar a experiência da criação teatral contemporânea em articulação com a realidade do quotidiano moderno, que o projecto investigará e sobre o qual estruturará, em parte, o seu próprio desenvolvimento e criação. Exploramos a mecânica dual entre protagonistas e coro, com o improviso como base das várias escalas de construção cénica. O ambiente sonoro original, baseado em sons maquinais e melodias industriais de grande envolvência, marca o compasso minimalista, também da representação, aproximando a criação artística da mensagem humanista que queremos valorizar.

TEATRO CINEMA DE PONTE DE SOR
30 NOV A 11 DEZ
quarta a sábado às 21h30 | domingos às 16h00

encenação	MARIA JOÃO LUÍS e PESSOA JUNIOR
com	EMANUEL ARADA, JOSÉ LEITE
e 
CAROLINA FELÍCIO, CAROLINA FERREIRA, CATARINA GRÁCIO, CATARINA L. DE MATOS, DIOGO LUÍS, FRANCISCA GOMES, MINDA RODRIGUES, MIGUEL DE OLIVEIRA, SOFIA DUARTE
música e 
ambiente sonoro	PEDRO DOMINGOS e PESSOA JUNIOR
cenografia, figurinos e ass.ª de produção	RAFAELA MAPRIL
dir. de produção, luz e som ao vivo	   PEDRO DOMINGOS
produção 	TEATRO da TERRA    2016    M/12

Info e reservas: 967 710 598 | teatrodaterra@gmail.com
                          teatrodaterra.pt.vu
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