Festival Verão Azul - Espectáculos OS SERRENHOS DO CALDEIRÃO, EXERCÍCIOS EM ATROPOLOGIA FICCIONAL de Vera Mantero Dança Duração: 75 min "Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional" foi elaborado por Vera Mantero no âmbito do festival Encontros do Devir. A peça debruça-se sobre a desertificação/desumanização da Serra do Caldeirão, no Algarve. Cruzando as suas próprias recolhas vídeo com as recolhas em filme de Michel Giacometti, sobretudo aquelas feitas em torno das canções de trabalho, Vera Mantero lança um forte olhar sobre práticas de vida tradicionais e rurais em geral, conhecimentos das culturas orais de norte a sul do país e de outros continentes. Toda a peça é povoada de vozes que vêm de longe. Silêncio. A serra. Com este “retrato alargado” dos “Serrenhos do Caldeirão”, Vera Mantero fala-nos de povos que possuem uma sabedoria que perdemos, uma sabedoria na ligação entre corpo e espírito, entre quotidiano e arte. Mas uma sabedoria que podemos (e devemos, para nosso bem) reactivar. Concepção e Interpretação: Vera Mantero Desenho de Luz: Hugo Coelho Captura de Imagens e Elaboração de guião para Vídeo: Vera Mantero Montagem Vídeo: Hugo Coelho Excertos Vídeo da filmografia completa de Michel Giacometti Salir (Serra do Caldeirão), Cava da Manta (Coimbra), Dornelas (Coimbra), Teixoso (Covilhã), Manhouce (Viseu), Córdova de S. Pedro Paus (Viseu) e Portimão (Algarve) Excertos de Textos de: Antonin Artaud, Eduardo Viveiros de Castro, Jacques Prévert e Vera Mantero Residências Artísticas: Centro de Experimentação Artística - Lugar Comum/Fábrica da Pólvora de Barcarena/Câmara Municipal de Oeiras e DeVIR/CaPA/Faro Co-Produção: DeVIR/CaPA Produção: O Rumo do Fumo Agradecimento: Editora Tradisom Este projecto foi uma encomenda dos Encontros do DeVIR da DeVIR/CaPA Vera Mantero estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 89. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. Desde 2000 dedica-se também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e co-criando projectos de música experimental. Em 1999 a Culturgest organizou uma retrospectiva do seu trabalho até à data, intitulada Mês de Março, Mês de Vera. Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004, com Comer o Coração, criado em parceria com Rui Chafes. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (Ministério da Cultura Português) e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete. www.orumodofumo.com