Diana Oliveira Quem cursa Comunicação Social a dada altura da vida achou, por certo, que teria algo para contar ao mundo. Em que exactos moldes, talvez ainda não soubesse, mas a vontade estava lá. Voltas dadas, e Diana Oliveira acaba por ter na cabine o seu sítio privilegiado para chegar ao público, a música o seu meio de eleição. É, é um método talvez academicamente pouco ortodoxo, mas funciona em maneiras que os que estão sentados a secretárias podem nem imaginar. E ela não só imagina como concretiza, solidamente que se vem estabelecendo no panorama nacional – a Norte, especialmente, onde é presença regular em vários eventos (e integrante do colectivo RDZ) seja como cabeça de cartaz ou no papel de apoio a convidados internacionais de diversos quadrantes. Experiências que a vão ajudando a definir uma identidade musical que não se prende demasiado a amarras certas e a fazem balançar entre o House e o Techno sabendo que são universos grandes, demasiado grandes para se conterem em palavras ou para não haver sequer a tentação de explorar mais além, mais para além do conhecido, do seguro, do provado. Diana chega agora ao Lux com oportunidade para mostrar em Santa Apolónia o que o mundo lhe foi mostrando, e o que tem para nos contar de volta. Someone who choses to study Social Communication has thought, at some point in their lives, that they would have something to tell the world. Maybe they didn’t know exactly how at the time, but the will was there. Diana Oliveira found her mean of communication in the DJ booth, a privileged way to reach her audience. It is an academically less orthodox method, perhaps, but it works in a way that those sitting at a desk job might not even imagine. And she not only imagines it but sees it through, solidly gaining her space in the Portuguese scene – especially in the North, where she’s a regular presence in various events (and as a part of the RDZ collective), be it as a headliner or supporting international artists from different backgrounds. Experiences that help shape her musical identity, not settling for just one safe ground but balancing between the vast universes of House and Techno, exploring beyond. Diana arrives at Lux with the opportunity to show us what the world has told her, and what she has to say about it. Manycure Manycure é um declarado auto-didacta, um sôfrego da renovação, explorador do caminho menos percorrido, talvez até o de maior resistência, por vezes. E ainda bem que assim é. Gostamos dos que arriscam, dos que não têm medo de passar por loucos ou incompreendidos, dos que inovam, dos que saltam sem medo: acontece que é destes que, muitas vezes, ficam as marcas na História. Não sabemos ainda se será o caso com o lisboeta, mas ele já está a tentar, com incursões a estúdio onde se nota a obsessão pela arte de esculpir o som e com as trajectórias pouco feitas de linhas rectas – escutem para comprovar o último EP, “Lume”, que conta com a remix de Switchst(d)ance. Adivinha-se nesta Acorde, pelas suas mãos, um passeio a territórios musicais com tanto de curioso como de hipnótico, música que nos agarra não pela força bruta mas pelo pormenor, seja na forma de um qualquer instrumento de timbre curioso ou uma melodia em contraponto que nos cativa sem sabermos bem precisar porquê. Um perfeito exemplo do bom que é partirmos à descoberta e darmos a descobrir – um perfeito exemplo da urgência que é ter noites que permitam dar espaço a todo o talento que ousa bradar bem alto a sua voz própria. Manycure is a declared self taught artist, hungry for renewal and explorer of the less beaten path, at points maybe even the path of most resistance. And we’re glad. We like those who are ready to take risks, not afraid to be perceived as mad or simply misunderstood, those who jump without fear: usually, they’re the ones who go down in History. We don’t know if it’ll be the case with this Lisbon-based artist, but he’s trying. In the studio, the obsession with sculpting sound and going for curvy routes – check out his latest EP, “Lume”, with a remix by Switchst(d)ance. We can expect at this “Acorde” night a set filled with curious and hypnotic tracks, music that grabs hold of us not by brute force but by details, be it in the curious timbre of an instrument or a counterpoint melody that captivates us. A perfect example of how good it is to explore and to give others the chance to explore – a perfect example of the urgency on hosting nights like these, giving talent that isn’t afraid to stand its ground a place to shine. Line of Two Dez anos de cumplicidade juntam Miguel Flor e Nuno Paiva na música. Uma estética liberta e descomprometida, de festa que quer acolher todos. Acolher, mas sem comprometer, diga-se. Imaginário House e Techno mas de acessibilidade pop, uma mistura melódica a visitar vários recantos da dança. O dom de chegar a vários, o regozijo de ver uma pista feliz. Uma premissa que parece simples, mas que nem sempre é assim tão fácil de ser executada, vai ser mantida nesta estreia no nosso piso discoteca. Hora de fazer acordar mais mentes e fazer mexer mais pés, todos juntos numa linha que nos une, cosidos juntos sob o mesmo ritmo. Afinal, desde o início dos tempos que nos aproximamos para celebrar e nesta quinta-feira o ritual não será quebrado. Música e vontade já há, resta deixar o chamamento, o desafio. Tudo a postos, fica a pergunta – vão despertar ou vão ficar no sono? Ten years of collaboration join Miguel Flor and Nuno Paiva in music, with a free and uncompromised aesthetic that wants to welcome all to the party. A House & Techno scenery with pop accessibility, a melodic journey joining different aspects of dance. The gift of catering to all, the joy in seeing a happy dancefloor. A premise that may seem simple, but isn’t all that simple to execute, will be kept on their debut on our club floor. It’s time to wake up more minds and make some more feet move, all joined by a line that unites us, stitched under the same rhythm. After all, we’ve been coming together to celebrate since the beginning of times and this night won’t be any different. There’s music and there’s the will to do it, all that’s left is the challenge: will you arise or will you stay asleep? Textos: Inês Duarte
