22:00 até às 23:30
Dom Quixote (de Coimbra) - O Teatrão | Coimbra

Dom Quixote (de Coimbra) - O Teatrão | Coimbra

+ Teatro Diogo Bernardes + Teatro + Teatro Infanto-Juvenil

"Dom Quixote (de Coimbra)", pela Companhia O Teatrão, de Coimbra, com encenação de Isabel Craveiro.
Espectáculo criado a partir da obra de Cervantes com excertos das versões de António José da Silva, Monteiro Lobato, Yevgeni Shvarts e Orson Welles

Bilhetes à venda no Teatro Diogo Bernardes - 2,00€.
Maiores de 6 anos.
Os bilhetes encontram-se à venda no Teatro Diogo Bernardes e todas as informações podem ser obtidas pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Espectáculo criado a partir da obra de Cervantes com excertos das versões de António José da Silva, Monteiro Lobato, Yevgeni Shvarts e Orson Welles
Dramaturgia Jorge Louraço Figueira
Encenação Isabel Craveiro
Elenco Dinis Binnema, Inês Mourão, João Castro Gomes, Margarida Sousa
Elenco de Apoio João Amorim, João Santos
Música Original Afonso Rodrigues, Filipe Costa
Desenho de Luz Jonathan Azevedo
Dispositivo Cénico e Figurinos Helena Guerreiro
Adereços e Construção/Montagem Cenário José Baltazar
Fotografia Carlos Gomes
Vídeos Promocionais Bruno Pires
Design Gráfico Studio Dobra
Comunicação e Assessoria de Imprensa Margarida Sousa, Mariana Pardal
Cabeleireiro Carlos Gago
Costureira Fernanda Tomás
Direcção de Produção Cátia Oliveira
Produção Executiva Carlos Pinto
Operação de Luz e Som Jonathan Azevedo

Produção O Teatrão 2016
Maiores de 6 anos
Duração: 75 min.

"No outro dia, saindo do ensaio, perdi-me nos acessos à autoestrada, e quando dei por mim estava em São João do Campo, parado a ver um rebanho de cabras atravessar a linha ferroviária antes da passagem do Intercidades. Momentos antes, relendo a obra de Cervantes, diria que pastores, moinhos e azenhas eram uma coisa seiscentista. Mas não. Afinal eram do século XXI. E foi isso que quisemos sublinhar. Apelidámos esta versão como sendo «de Coimbra», entre parêntesis, porque a personagem principal oscila entre o lugar imaginário de La Mancha e os lugares do Mondego, desde a Serra da Estrela, até à Figueira, passando pela Lusa Atenas, e entre os séculos XVI e XXI. O nosso modelo de Dom Quixote talvez seja mais essa personagem despassarada, com o casaco vestido do avesso, que alguns dizem que era Zeca Afonso, habitando uma Coimbra lunática, do que um velho fidalgo manchego (ainda que de possível origem portuguesa). Dizia Zeca Afonso: «Havia um cartaz da Queima das Fitas que representava um grupo de estudantes a atravessar o espaço, numa réstia de luar, até chegar à Lua dançando de braço dado. Era um bocado essa loucura [...]. Imaginava uma Coimbra além das suas reais dimensões.» Se há lugar onde isso é possível, esperamos, é na Oficina Municipal de Teatro, onde as coisas se transformam perante os nossos olhos.
Procurámos o Quixote que nos fosse mais próximo, e por isso acabámos por fazer uma versão para dois actores e duas actrizes, com um cenário de refugo, um pouco à imagem do que é O Teatrão hoje, pegando nas limalhas, nas sobras, nos restos, para fazer alguma coisa que se veja. Com tanta reciclagem à mistura, parece uma versão ecológica das aventuras de Dom Quixote e do seu fiel escudeiro Sancho Pança, mas não é. A razão pela qual enchemos o cenário de entulho é porque ele representa o uso, a velhice, o desperdício e nos obriga a agir para fazer o novo, o vigoroso, o futuro, a partir do que temos."
Jorge Louraço Figueira

"Voltar a explorar o terreno fértil do sonho e do encantamento de Quixote e companhia expressa uma vontade teimosa de tomar os desejos por realidade. Por ele nos ensinou a fórmula que pode misturar a ficção e a realidade, resgatando de cada uma o que for melhor e mais feliz. Em 2009, quando se habitou pela primeira vez a OMT e a adaptação de Jorge Louraço ao texto mítico de Cervantes, a apropriação foi um convite a entrar por todas as portas que uma casa pode ter e, assim, tomá-la por completo e a meias com o público. Hoje, com a vontade renovada e o ânimo espicaçado pelo caos recente e pelo que dele sobrou (sobreviveu, mas um Cavaleiro Andante não geme), abrem-se outras tantas entradas e caminhos que dão gosto à urgência e à actualidade de ser Quixote num mundo de Moinhos de Vento. Porque voltar a este texto? Porque é prazeroso, é divertido e mais que isso. O Cavaleiro da Triste Figura, o tal Fidalgo de la Mancha (ou de Coimbra? resta a dúvida) é cada um de nós. Hoje, como sempre tem sido."
Isabel Craveiro
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