Uma raridade de Munique para o mundo. Julietta é mais um dos segredos que parecem bem guardados para Portugal e que vamos revelando. Lá fora, o caso muda de figura. Agenda cheia, carreira feita, na dedicação da busca do disco perfeito. Das horas a tirar pó a vinil em lojas de discos, à cata de clássicos, de bombas esquecidas, a construir a primeira base de um DJ: a música que vai usar. Membro da família Half Baked, de Londres, e com lugar regular em clubes como o Panoramabar ou o Fabric, e muitos, muitos anos no Harry Klein – que ajudou a por no mapa -, é neste último que criou as festas Slave To The Rhythm (onde recebeu ilustres como The Mole, Praslea ou Tobi Neumann) , que entretanto saltaram também para outras pistas. DJ desde os anos noventa, e sem nunca ter achado necessário criar música própria, Julietta concentra-se praticamente num só ofício, o que sem dúvida ajudará à excelência do que apresenta. E escrava do ritmo é, sem dúvida, uma boa etiqueta. Do House ao Techno, podemos ouvir desde os sons mais orgânicos até à mais ácida e sintética TB-303, mas com um fio condutor bem marcado: a tal secção rítmica. É uma atitude minimalista, hipnótica e cheia de groove, a fundir o melhor de vários mundos e a deliciar públicos, com construções para momentos eufóricos que nos podem bem deixar agarrados à cabeça e com impossibilidade de abrir mais o sorriso. Um abre olhos para os que ainda não a conhecem, uma alegria enorme para os fãs. Tudo pronto para um domingo fora do comum, com Julietta. - Inês Duarte \\ ENGLISH // A rarity from Munich to the world. Julietta is another one of those well kept secrets for Portugal, but elsewhere the story is completely different: an agenda packed full of gigs and a solid career built on the endless search for the perfect record. On hours rummaging through dusty vinyl, looking for classics, forgotten gems, building a DJ’s foremost weapon: their record collection. A member of the London Half-Baked crew, and a regular in clubs such as Panoramabar, Fabric, or Harry Klein, she created her own Slave To The Rhythm parties, where she welcomed the likes of The Mole, Praslea or Tobi Neumann. DJing since the 90s, Julietta focuses her abilities mainly on it, without ever releasing a single record – which might help explain the excellency of what she does. And a slave to the rhythm she might be called, indeed. From House to Techno, we can listen to timbres ranging from the most organic to the most acid and synthetic TB-303, but always with a common denominator: the rhythm section, coupled with a minimalistic attitude which is hypnotic and full of groove, bringing together the best of many worlds, building towards euphoric, breathtaking moments. An eye opener for those who are new to her work, a great joy for the fans. Everything’s ready for an extraordinary Sunday, with Julietta. - Inês Duarte
