Anybody home? Onze fotografias de José Pinto de Sá

j   o  s  é     p   i  n  t  o     d e     s  á

Anybody home? 
Onze fotografias de um país desalegre

Exposição de fotografia
Inauguração: 4 de julho, 17h  
Até 8 de julho

Para saberes o que tens e fotografar, é deixar a luz entrar e sair das coisas. Quando elas explodem no ínfimo espaço que rodeia o teu olho branco, aí sabes que és obrigado a aportar ao inviável, à impossível rosácea, ao terrível sangue da paisagem. Tens de te deixar ver através das coisas. Não negar a tua largura nem o teu desalento. Escolher a luz, como escolher a sombra. Estar a par do vulnerável, a um passo do abismo e voltar para trás para contar. Mesmo que o abismo se precipite no mundo e tu desapareças na luz das tuas imagens.
Cristina Tavares

Estas onze imagens foram recolhidas em mês e meio, entre 7 de Maio e 18 de Junho deste ano, ao longo de mais de 2.500 quilómetros de viagem em Portugal, na companhia da Cristina Tavares. Usando uma Canon Ixus 160, sem tripé nem iluminação adicional, fiz aleatoriamente centenas de registos, que editámos juntos. Trabalhámos sem plano prévio, livres dos condicionalismos utilitaristas de repórter e muito menos sem pensar em expor, fotografando aquilo que encontrávamos pela estrada fora. There was nowhere to go but everywhere, como disse Kerouac.
José Pinto de Sá

José Pinto de Sá nasceu na Beira (Moçambique) em 1948, e reside habitualmente em Maputo. Quando tinha seis anos, o pai ofereceu-lhe uma Kodak Brownie Holiday e toda a vida fez candid shots da família e dos amigos. Foi repórter durante quarenta anos e tem escrito muito para catálogos e livros e outros projetos ligados à fotografia.