Honey Redmond é uma mulher rara. Uma definição de estilo e de persona que corresponde ao aparentemente simples: - be yourself. Uma personalidade deste momento, onde somos livres de criar todas as arquitecturas e estruturas do indivíduo, mas que vem de um dos tempos que mais nos fez sonhar e vibrar em melancolia. Chicago. Honey Dijon nasceu em Chicago. A cidade do vento. E do house. O princípio e prelúdio deste house é o par da sua iniciação no dancefloor. Com Ron Hardy, Frankie Knuckles, Mark Farina e o amigo maior Derrick Carter, ouve tudo pela primeira vez quando estava tudo a acontecer pela primeira vez. Difícil de categorizar porque, já como DJ, faz uma ligação num arco perfeito entre a Chicago onde nasceu e a Nova Iorque para onde se mudou. E é em Nova Iorque, ao conhecer a segurança e entrega quase dramáticas de Danny Tenaglia que decide render-se e iniciar-se no djing. Com os discos que prematuramente colecionou, com o apoio do próprio Tenaglia e com o empurrão supremo de Carter. Se ser DJ é ter a capacidade de pegar em dois seres distintos e criar dali um terceiro então, é o que Honey Dijon é e faz. É atravessar a ponte, de arco perfeito, entre o house e os seus fundadores, percorrer passagens dentro do techno detroitiano e fazê-lo marchar por disposições tribais. É entrar nesse trance e ouvir, ao fundo, as drum machines do acid e do jacking para depois, no regresso, aterrarmos novamente na pista do house e do disco. Difícil de categorizar porque, para ela, não há categorias ou géneros. Porque ser aborrecido e previsível é o atentado maior. A nós e aos outros. E este é o elogio que nos faz enquanto a ouvimos: - uma entrega em surpresa e energia. Uma mulher rara com um estatuto de ícone que transita, naturalmente, pelo Berghain/Panorama Bar, pelas 718 Sessions de Nova Iorque ou pelo Smart Bar em Chicago. 25 de Junho: - uma das atitudes mais densas, fortes e consistentes do presente. E porque a música é para tornar a vida mais bonita. Afirma. - Sonia Câmara \\ english version // Honey Redmond is a rare woman. A style and a persona that define the seemingly simple: - be yourself. A personality of here and now, where we are free to create all kinds of architectures and individual structures, but that arrives from a place that make us dream the most and feel a rush of melancholic vibration: - Chicago. Honey Dijon was born in Chicago. The Windy City. And the city of house music. The beginning and prelude of this house was her match on the dancefloor. With Ron Hardy, Frankie Knuckles, Mark Farina and her best friend Derrick Carter she hears it all for the first time when it was all happening for the first time. Difficult to categorize because, as a DJ, she made a perfect arc and link between Chicago, where she was born and New York, where she moved. And it is in New York, when meeting the dramatic and fearful delivery of Danny Tenaglia that she finally decides to give herself to djing. With the records that were so early collected, with the support of Tenaglia himself and with the supreme thrust of Carter. If being a DJ is having an ability to pick on two distinct beings and from here create a third then, this is what Honey Dijon does and what defines her. We cross that perfectly arched bridge between house music and its founders, travel into Detroit techno and make him march into tribal moods. We enter the trance and hear the background soar of the drum machines of acid and jacking and, on the way back, we land once more among house and disco. Difficult to categorize because, for her, there are no categories or genres. Being boring and predictable is the biggest attack on us and others. And this is the compliment and praise she makes us while we hear her. - a delivery full on surprise and energy. A rare woman with and iconic status that moves between Berghain / Panorama Bar, the 718 Sessions in New York or Smart Bar in Chicago. 25th of June: - one of the most dense, strong and consistent attitudes of now. “Because music makes life more beautiful”. She says. - Sonia Câmara
