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Oficina de TEATRO DA OPRIMIDA – Arco Íris do Desejo: cores para trans-formar

Oficina de TEATRO DA OPRIMIDA – Arco Íris do Desejo: cores para trans-formar

Oficina de TEATRO DA OPRIMIDA – Arco Íris do Desejo
                              14 e 15 de MAIO, h. 10-18 
 
Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR)
Rua da Cozinha Económica, Bloco D, 30M-N, Lisboa


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"DIS-TINTAS, CORES PARA TRANS-FORMAR"

Os quartéis dos nossos “polícias na cabeça” são sociais, será que servem para transformar a sociedade?
 
Augusto Boal dizia que os quartéis dos nossos “polícias na cabeça” são sociais e que um verdadeiro cidadão tem que tentar transformar a sociedade.
É evidente que a sociedade ocidental está tornando-se cada vez mais individualista. Nela já não se fala de luta de classes, @s trabalhador@s já não se vêem como um conjunto, mas apenas como indivíduos com contratos particulares. A ideia do self-made man norte-americano segundo a qual cada um e cada uma pensa por si própri@ e receia as consequências dos próprios actos individuais parece ser o único paradigma possível. Sendo assim, o envolvimento político dos cidadãos europeus é cada vez menor também porque a palavra política é muitas vezes interpretada como corrupção e considerada sinónimo de máximos poderes inalcançáveis… um palavrão!

Não conseguindo encontrar as verdadeiras causas das opressões – que na realidade são sociais – consideramo-nos nós mesm@s as culpadas ou os culpados das nossas frustrações. Paralelamente, estão a aumentar os distúrbios psicológicos e o uso dos psicofármacos, também nas crianças. Segundo o modelo dominante os “loucos” são pessoas perigosas e nós temos que ser sempre fortes, equilibrad@s, sem mostrar fraquezas. Parecemos ser consumidores anestesiados e acríticos mais que cidadãos, por isso voltar à ideia de cidadania de Boal parece algo utópico…
Neste contexto geral existem alternativas como o pensamento feminista, a “sororidad”. As ferramentas críticas que nos oferecem permitem-nos reconhecermo-nos de forma diferente da lógica hetero-normativa patriarcal que nos quer controlar através de várias mistificações (o pecado original, a histeria, o mito do corpo das mulheres como objecto de culto e de troca, etc.).
Se o pensamento filosófico-científico das classes dominantes levou a tudo isto, como será possível transformar a sociedade sem pô-lo em discussão?

Aproveito a oportunidade desta oficina para propor um laboratório em que, usando o “Arco-íris do desejo” se trabalhe sobre as opressões sociais de forma política encontrando estratégias de transformação.

LUCIANA TALAMONTI
Atravessada por diferentes experiências de vida, fez Teatro das Oprimidas numa prisão argentina, na Palestina (com refugiadas, mulheres vítimas de violência etc.), com italianas e migrantes na Casa delle Donne de Modena. Participa na rede internacional Madalenas. 

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A oficina é gratúita com OFERTA LIVRE para a facilitadora, durará 2 dias, 14 e 15 de MAIO, 8 horas cada, e poderá terminar com uma acção pública colectiva. 

Para inscrições escrevam a: serenacacchioli@gmail.com
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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