Começar com isto: de todos os convidados que já recebemos em mais de 17 anos, DJ Harvey é provavelmente aquele que, em todas as suas vertentes, melhor representa toda a música que mexe connosco. De rocker a b-boy, a raver a Deus Cósmico, cujos discos em que toca quase literalmente se transformam em ouro (automaticamente inflacionados nos mercados paralelos). Se o conceito de "fazedor de opinião" se mantém, se é válido, Harvey está no panteão das pessoas que, no melhor sentido, nos dirigem e inspiram. Copiamos, quando damos os primeiros passos, mas aprendemos a retirar os nutrientes que fazem bem a nós e a nós apenas, quando já sabemos alimentar-nos. House, Disco, Rock, muita gente por aqui aprendeu toneladas com Harvey. E ele é o homem que vem fazer surf com DJ Vibe na Califórnia da Europa que é Portugal. A expressão não é desadequada mas é injusta: cada qual progride de acordo com a sua personalidade irrepetível. DJ Al não é o "Harvey português". Ele simplesmente está activo há anos suficientes para caminhar paralelo a Harvey, pilhar a sua própria discografia e encontrar música para dançar onde mais ninguém a vê, fazer boa escola / formação na cultura house e, daí, ter a segurança para abrir o jogo sem perder a pista. Produtor e DJ, regular no Lux nas noites U-Night ao lado de Tiago, não percam a pré-história que ele também conhece bem, junto com a História, o presente e o futuro. Duas cabeças, quatro mãos para tocar toda a gente. texto: José Moura/Flur Discos
