23:00 até às 06:00
ACORDE ❚ LAmA (live) • MIGUEL TORGA • LUDOVIC • DUPPLO • A.M.O.R. • MVRIA

ACORDE ❚ LAmA (live) • MIGUEL TORGA • LUDOVIC • DUPPLO • A.M.O.R. • MVRIA

- DISCO - 

LAmA | concerto 23:00
4º Aniversário con+ainer:
Miguel Torga
Ludovic / Cloche
Dupplo

- BAR - 

A.M.O.R.
MVRIA

Artwork: João Ervedosa / Tokyo o'Clock

LAmA
LAmA tem honras de abertura nesta Acorde bem desperta à música por inteiro. João Ferreira, que podem conhecer de PAUS, If Lucy Fell ou Riding Pânico, chega com um projecto a solo que se movimenta vagarosamente no lado mais ambiental do som. Uma cama bem feita por drones e texturas em camadas, onde assenta um trabalho de teclas notório, tudo concentrado em formato álbum em “Sono”, editado em 2014 (mas que não é de todo a primeira proposta sob este nome do, arriscamos dizer, já veterano músico). Não se enganem: isto é música para os acordados. Melodias que se vão repetindo mais ou menos agridoces e que prometem encantar os que estiverem dispostos. Meditações para a alma, descanso para o corpo, matéria prima para alimentar a cabeça. É o que nos trarão os vigilantes sintetizadores de LAmA, ao vivo e em directo para todos os que quiserem vir até Santa Apolónia sonhar – mas esqueçam as almofadas e as mantas: aqui sonha-se de olhos abertos. Debaixo da bola de espelhos, mas num convite ao voo do espírito.
 
A.M.O.R
 Festa inesperada. Não que seja inesperado o facto de contarmos com as A.M.O.R nesta noite, mas festa inesperada é provavelmente um bom termo para resumir o que elas nos trazem. Quem é capaz de dizer com toda a certeza aquilo com que nos vão fazer dançar? Difícil. Muito difícil quando Violet e Honey são musicalmente irrequietas da maneira que são. E que maneira, esta.
Aliadas nas rimas, a dupla trouxe cor – e amor, claro está – ao panorama hip-hop português, bebendo influências várias e trazendo batidas de origens e sabores diversos. Os ritmos filhos da síntese, por oposição à samplagem mais ortodoxa e aos exercícios de corte-e-costura, valeram-lhes a desconfiança de certos pares. Nada de anormal, na espécie humana por definição resistente à mudança. Elas não se importam, e continuam a desbravar caminho – freshhhh! – livre de convenções. Nesta intervenção como DJs, não deverão fugir ao que são: mais que um género, elas que aliás se definem como “genreless”.
BPMs, quatro por quatro, breakbeats, bombos, tarolas, linhas de baixo – tudo termos a perderem importância individual quando tocados pelas A.M.O.R. Da soma das partes virá o todo. Diversão total.

MVRIA
Um pouco de muita coisa, um pedaço daqui, outro de acolá. MVRIA é Bass, é Acid, é House, é Techno. Provavelmente, ainda é mais. Apresenta-se a partir do Porto e nota-se um orgulho na cidade, no que nela acontece e também em lá fazer acontecer: agita as noites Grrrl Riot e Banda Set, é residente das festas Gigi e forma com DJ Kitten a dupla Light Machine. Do Porto para o mundo – e novamente a divulgar o Norte -, é também responsável pelo programa “Bulir”, na rádio online Quântica. Habituada a saltitar entre diversas pistas e públicos, o piso bar está pronto para receber a irreverente DJ e as suas escolhas de missão festa, daquela em que intelectualismos ficam de fora e queremos é abanar o corpo o mais que nos é fisicamente possível. Como deve ser. MVRIA é estreia em Santa Apolónia numa incursão à capital onde quem recolhe os dividendos somos nós.

Con+ainer
 A Con+ainer faz 4 anos, e muitos parabéns à Con+ainer.
Editora dividida entre o Porto e Hamburgo, vem editando alguns artistas que rapidamente se tornaram nomes familiares da música de dança assinada por portugueses, como Miguel Torga ou Trikk, e apostas internacionais como Ostbahnof.
Um percurso marcado pela divulgação da música em acreditam. O mais nobre dos motivos.

Miguel Torga
 Miguel Torga (ou Hugo, Hugo Vinagre, diz a certidão de nascimento) tem sido um nome insistente nos últimos anos. Acordámos para ele, e também ele nos fez acordar. Incorpora nesta noite o seu alter ego ligado ao que já foi descrito como House Campestre (fruto das raízes alentejanas, será?), mas que tem abanado cidades país fora. “Hexágono Amoroso”, álbum que o catapultou para a fama, tem honras de reedição em breve e, adivinharam, será na Con+ainer, onde aliás acaba de lançar o mui fresco EP “Cachopas”, com a sonoridade que já lhe é típica – síntese plástica, vocais mais ou menos “nonsense” das mais inusitadas proveniências, batidas a apontar directamente à satisfação das pistas de dança.  Esteve pela última vez no Lux num live-act como Early Jacker, projecto mais dedicado às sonoridades House dos anos 90, mas o regresso como Miguel Torga é em formato DJ, a dar largas à partilha de escolhas musicais assentes nos largos anos de devoção e fascínio pela música. Já o escutaram aqui a dar-nos a beber da sua própria música, hora de vir escutar o que acontece quando o leque de possibilidades é alargado. Despertai.

Ludovic
 Poderão conhecê-lo também por Cloche ou por Umbra. Ludovic é um dos patrões da Con+ainer, editora que decidiu criar para poder editar a música que gostava e desafiar a monotonia que a seu ver ir tomando conta do Porto. Em boa hora o fez, pois a paisagem da música electrónica em Portugal ficou mais rica. E com a diversidade todos ganhamos.
O álbum acabado de lançar (na Con+ainer, claro está), sob a fachada Umbra (e co-produzido por Lukkas), é o que diz ser um olhar para experiências suas, a sua imaginação, e a violência do nascimento, da vida, e da morte. O resultado é uma hora de Techno tanto capaz da dureza extrema como de momentos subtis, quase convidando à pausa, ao repouso.
Homem que é de várias caras, é imprevisível o que virá exactamente fazer quando chegar à nossa cabine. O que lhe sairá da mala de discos? O que lhe der na real gana, apostamos. Que música será e em que formato, uma incógnita. Qualidade do conteúdo? Garantida.

Dupplo
 Pedro Pinto é outro dos convidados da noite que aparenta não ficar satisfeito com apenas uma maneira de se apresentar ao público. Ele é meio Voxels e meio Twin Turbo, mas é a solo – como Dupplo – que integra esta Acorde, e um percorrer de ouvidos no trabalho de estúdio já feito , ao estilo revisão da matéria (recomendamos), permite perceber influências a chegarem bem marcadas de vários quadrantes. Desde temas puramente ambientais a instrumentais de Hip-Hop, com visitas a território quase Speed Garage pelo meio, quem se mexe assim por tanto sítio é alguém que confia no que faz. Na Con+ainer, parece fazer cair preferência pelas expressões mais House, tal como nos registos em formato DJ set. Quem já se cruzou com ele, tem altas probabilidades de ter ficado rendido. Quem ainda não conhece, só tem vantagens em prestar atenção: não faltam argumentos a Dupplo para convencer até os mais distraídos. Dancemos!

Textos Inês Duarte

\\ 

LAmA was bestowed opening honours for this Acorde (“wake up”, in Portuguese) night, a night wide-awake for music as a whole. João Ferreira, whom you might know from PAUS, If Lucy Fell or Riding Pânico, will be showing us his solo project, one which unhurriedly moves on the more ambient side of things. A musical bed well with drones and layered textures, crowned with notable keyboard & synth work, all sewn together as an album for “Sono”, released in 2014 (but it is far from being the first musical outing of this, we dare say, already veteran musician). Don’t be fooled by its title (“Sono” meaning “sleep”): this is music for the woken. Repeating melodies with a more or less bittersweet feel which promise to enchant those who are willing. Meditations for the soul, rest for the body, fuel for the mind. This is what LAmA’s vigilant synths will bring  live and direct to all of those who are willing to come to Santa Apolónia and dream – but forget about pillows and quilts: here, we’ll dream with eyes wide open. Under the disco ball, but with an invitation for a flight of the spirit.
 
Unexpected partying. Not that it’s unexpected for A.M.O.R to be playing, but unexpected partying might be a good term to sum up what they’ll be doing. Who can say for sure with what kind tunes exactly they’ll be making us move? It’s a difficult task. A very difficult task when Violet and Honey are as musically agitated as they are.
Allies in rhyme, the duo brought colour – and love, of course – to the Portuguese Hip-Hop panorama, drawing from various influences and different flavours. Their rhythms, based more on synthesis than the orthodox methods of sampling and copy & pasting, raised eyebrows among their peers: something to be expected, for we humans are naturally resistant to change. They don’t mind, and keep on discovering new paths – freshhhh! – free from conventions. In this stint as DJs, they shouldn’t drift from what they are: something that can’t be pigeonholed in a genre.
BPMs, four-to-the-floor, breakbeats, kicks, snares, basslines – all of these terms lose individual significance when thrown into the A.M.O.R mix. The sum of all will bring us total fun.

A little bit of a lot of things, a piece of this, a dab of that. MVRIA is Bass, Acid, House, Techno. Probably, she’s even more. A Porto natural, pride of her origins can be felt and heard: it’s in the northern city that she promotes the Grrrl Riot and Banda Set nights, as well as being a resident at the Gigi night & having a duo with DJ Kitten, Light Machine. From Porto to the world, she’s also responsible for the “Bulir” show at the online Radio Quantica. Used to all different kinds of dancefloors and audiences, our bar floor is ready to host this irreverent DJ and her party picks, for the kind of party where pretentiousness isn’t welcome and everything comes down to ultimately having a great time. As it should be. It’s MVRIA’s debut at Lux, in a trip to the capital city where we’re the ones getting all the good souvenirs.
 
Con+ainer Is 4 years old – happy birthday, Con+ainer!
A record label split between Porto and Hamburg, they’ve been releasing some artists who quickly became household names in the Portuguese dance scene, such as Miguel Torga or Trikk, as well as international artists like Ostbahnof.
Four years shaped by divulging music that they believe in. The noblest of paths.

Miguel Torga (or Hugo Vinagre in the birth certificate) has, for the last couple of years, been an artist in high demand. We woke up to his sound, and in return wore woken up by him. He’s responsible for what has been described as “Countryside House” (maybe it has something to do with his roots southern in the country) but which has been shaking cities all over Portugal. “Hexágono Amoroso”, the album which launched him into wider recognition, is getting a re-release on Con+ainer, where he also just released his newest EP “Cachopas”, with the so familiar plasticky synthwork, more or less nonsense vocals and beats aiming straight for the dancefloor. Last time he was with us was with his “Early Jacker” project, where he draws from the classic 90s House sound, but this return to our booth will be for a DJ set, ready to share his picks from all the years of musical devotion. Even if you’ve heard him before performing his own music, it’s time to come check out what happens when given the chance to play others’, as well. Arise! 

You might also know him as Cloche or Umbra. Ludovic is one of Con+ainer’s bosses, a label he decided to found to release not only the music he liked, but to break what he perceived as a certain monotony in the city of Porto. We’re glad he did, as it certainly adds to Portugal’s dance music big picture. Diversity is a beautiful thing.
The album he just released (through Con+ainer, of course) under the alias Umbra (co-produced by Lukkas), is what he describes as a peek into his experiences, his imagination, and the violence of birth, life, and death. The result is an hour of Techno that is as capable of roughness as of subtle moments that almost invite to rest and reflection.
A man of many faces, it’s hard to know for sure what’ll come out of his record bag. What we do know is that quality control is assured.

Pedro Pinto is another artist for this Acorde night who doesn’t seem to be satisfied with just one name for his musical output. He’s half of Voxels and half of Twin Turno, but it’s solo – as Dupplo – that he’ll be performing, and a listen through his studio work lets perceive influences coming from different quadrants. From purely ambient tracks to Hip-Hop instrumentals, with even something nearly Speed Garage thrown in for good measure, someone who moves through so many territories certainly doesn’t lack confidence. At Con+ainer, his preference seems to be House, the same going for his DJ sets. Those who already had a listen probably liked what they hard. But those who aren’t already in the know can only benefit from paying attention: Dupplo can convince even the most distracted clubber. Dance, we shall.
 
Words Inês Duarte
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android