21:30 até às 19:00
RUI TOSCANO | Civilizações de tipo I, II e III

RUI TOSCANO | Civilizações de tipo I, II e III

O OLHO COMO REPRESENTAÇÃO E REVERBERAÇÃO DO UNIVERSO
Curadoria: Nuno Faria

Com a exposição Civilizações de Tipo I, II e III, Rui Toscano (RT) prossegue, aprofunda e, em certa medida, expande a investigação em torno do universo de exploração espacial, que o artista havia já abordado em peças isoladas e de um tema ao qual dedicou recentes exposições, nomeadamente "La Grande Avventura dello Spazio", na Galeria Cristina Guerra, em 2013, e "Journey Beyond the Stars", na Travessa da Ermida, em 2015.

A presente exposição reúne um conjunto de peças recentes ou inéditas bem elucidativo do vasto espectro de suportes que RT explora, que vão do som à luz, passando pela imagem fotográfica, a pintura, o desenho e o vídeo, mas também das estratégias que vem persistentemente desenvolvendo ao longo do seu trabalho, há já mais de 20 anos, a saber, uma prática de apropriação e reutilização de imagens, de colagem e/ou montagem de elementos que mantêm entre eles uma relação de vizinhança temática ou conceptual, a evocação do cinema de ficção científica erudito ou visionário, nomeadamente de duas  obras clássicas a que recorrentemente regressa, "Blade Runner" de Ridley Scott e "2001 - Odisseia no Espaço" de Stanley Kubrick, o lugar central da percepção na construção da obra a partir da padronização do acaso, da tematização do invisível e do atmosférico, a aproximação da escala incomensurável - o cosmos - e ínfima - a partícula de pó que esvoaça no ar.

Talvez a principal transformação ocorrida no interior do trabalho de RT, que esta exposição torna visível (como fica sugerido, aliás, no título da exposição, uma remissão para a escala de Kardashev, através da qual o famoso astrofísico russo estabelece uma quantificação do nível de avanço tecnológico a partir da quantidade de energia que cada civilização utiliza), seja a aproximação cósmica dos imaginários de civilizações, reais ou projectadas ficcionalmente, distanciadas no tempo e no espaço - o Antigo Egipto, os povos pré-colombianos, a aventura espacial dos anos 1950-60, o mundo pós-apocalíptico e distópico de Blade Runner, que em 1982 apontava para um futuro sem esperança, situado em 2019, afinal sintomaticamente próximo de nós.

Nuno Faria 
Curador



RUI TOSCANO (Lisboa, 1970). Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Pintura e Escultura no AR.CO (Centro de Arte e Comunicação) e na FBAUL (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa).
Desde 1993, o seu trabalho tem sido apresentado regularmente em galerias, museus e espaços independentes.
Das exposições individuais destacam-se Empire, Appleton Square, Lisboa (2014), Esculturas Sonoras 1994—2013, Culturgest, Lisboa (2013), Universo Parallelo, Ex Elettrofonica, Roma (2011), Out of a Singularity, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2010), The Great Curve, Chiado 8 – Arte Contemporânea, Lisboa (2009), Cluster, Distrito 4, Madrid (2008), Abstrakt, Sintra Museu de Arte Moderna, Sintra (2006), Sampa Works, Espacio Distrito 4, Madrid (2004) e 1, MACS (Museu de Arte Contemporânea de Serralves), Porto (2002). Participou, entre outras, nas exposições colectivas This – Hasn’t – Happened, CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid (2015), Marulhar — Mostra de Arte Portuguesa, Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro (2014), Beyond Memory, Museum on the Seam, Jerusalem (2012),  Noches Eléctricas, LABoral Centro de Arte y Creación Industrial, Gijón (2011), Serralves 2009 – “A Colecção”, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto (2009), Stream, White Box, Nova Iorque (2007), Um Atlas de Acontecimentos, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2007), Expanded Painting, Prague Biennale 2, Praga (2005), Metaflux, 9. International Architecture Exhibition, La Biennale di Venezia, Arsenale, Veneza (2004), Video Invitational, F A Projects, Londres (2003), Expect The World, Moi Non Plus, Sparwasser HQ / Parkhaus Treptow, Berlim (2002), Squatters, Parque de Estacionamento dos Caminhos do Romântico, Porto (2001) e Take Off, Galerie Krinzinger, Benger Fabrik, Bregenz (1997).
O seu trabalho está incluído em diversas coleções públicas e privadas, entre as quais: Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Caixa Geral de Depósitos, Fundação EDP, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Fundação Leal - Rios, Coleção António Cachola, Madeira Corporate Services, Portugal Telecom, Fundación ARCO, Fundación Coca-Cola e Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo.



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THE EYE AS REPRESENTATION AND REVERBERATION OF THE UNIVERSE
Curatorship: Nuno Faria

In the exhibition, Type I, II and III Civilizations, Rui Toscano (RT) continues, deepens and, to a certain extent, expands his research into the universe of space exploration, that he previously addressed in isolated works and to which he has dedicated several recent exhibitions, including "La Grande Avventura dello Spazio" in the Galeria Cristina Guerra in 2013, and "Journey Beyond the Stars", in the Travessa da Eremida in 2015.

This exhibition showcases a collection of recent or hitherto unseen works that exemplify the broad spectrum of media used by the artist - ranging from sound to light, including photography, painting, drawing and video. The exhibition also highlights the strategies that he has persistently explored over the past 20 years: a practice of appropriation and reuse of pictures, collage and / or assembly of elements that are linked thematically or conceptually; the evocation of scholarly or visionary science fiction cinema, including two classic works, to which he repeatedly returns: Ridley Scott’s "Blade Runner" and Stanley Kubrick’s "2001 - A Space Odyssey"; the central role of perception in the construction of each work, based on the standardization of chance; thematic exploration of the invisible and atmospheric; the approach towards immeasurable scale - the cosmos - and microscopic scale - a speck of dust that flutters in the air.

Perhaps the greatest transformation that has occurred in Rui Toscano’s oeuvre, as highlighted in this exhibition (and suggested, moreover, by the exhibition's title, which is a reference to the Kardashev scale, via which the famous Russian astrophysicist established a quantification of the level of technological advance based on the amount of energy that each civilization can use), is the cosmic alignment of the imaginary universes of historical or fictionally projected civilizations, that are distant in time and space - the Ancient Egyptians, the pre-Columbian peoples, the space adventure of the 1950s and 1960s, and the post-apocalyptic and dystopian world of “Blade Runner” (1982) that envisaged a hopeless future, set in 2019, which, symptomatically, is now very close at hand.

Nuno Faria 
Curator 





RUI TOSCANO (Lisbon, 1970). Lives and works in Lisbon.
Studied Painting and Sculpture at AR.CO (Centro de Arte e Comunicação) and FBAUL (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa).
Since 1993, his work has been shown regularly in galleries, museums and independent spaces.
Selected solo exhibitions: Empire, Appleton Square, Lisbon (2014), Sound Sculptures 1994—2013, Culturgest, Lisbon (2013), Universo Parallelo, Ex Elettrofonica, Rome, (2011), Out of a Singularity, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisbon (2010), The Great Curve, Chiado 8 – Arte Contemporânea, Lisbon (2009), Cluster, Distrito 4, Madrid, (2008), Abstrakt, Sintra Modern Art Museum, Sintra, (2006), Sampa Works, Espacio Distrito 4, Madrid, (2004), 1, Serralves Contemporary Art Museum, Porto (2002).
Selected group exhibitions: This – Hasn’t – Happened, CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid (2015), Marulhar — Mostra de Arte Portuguesa, Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro (2014), Beyond Memory, Museum on the Seam, Jerusalem (2012), Electric Nights, LABoral Centro de Arte y Creación Industrial, Gijón (2011), Serralves 2009 – The Collection, Serralves Contemporary Art Museum, Porto (2009), Stream, White Box, New York (2007), An Atlas of Events, Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon (2007), Expanded Painting, Prague Biennale 2, Prague (2005), Metaflux, 9th International Architecture Biennial, Arsenale, Venice (2004), Video Invitational, F A Projects, London, (2003), Expect The World, Moi Non Plus, Sparwasser HQ / Parkhaus Treptow, Berlin (2002), Squatters, Parque de Estacionamento dos Caminhos do Romântico, Porto (2001), Take Off, Galerie Krinzinger, Benger Fabrik, Bregenz (1997).
His work is included in several public and private collections, such as: Calouste Gulbenkian Fundation Modern Art Center, Serralves Contemporary Art Museum, Caixa Geral de Depósitos, EDP Foundation, Luso-American Development Foundation, Leal-Rios Foundation, António Cachola Collection, Madeira Corporate Services, Portugal Telecom, Fundación ARCO, Fundación Coca-Cola and Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo.
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