21:30
IV FDL 2015 Concerto: Marco Beasley (Itália) Il Raconto di Mezzanotte

IV FDL 2015 Concerto: Marco Beasley (Itália) Il Raconto di Mezzanotte

12 Dezembro 2015
21h30
IDANHA-A-VELHA 
ANTIGA SÉ

MÚSICA
MARCO BEASLEY (ITÁLIA)
IL RACONTO DI MEZZANOTTE*
*O conto da Meia-noite

ENTRADA LIVRE SUJEITA À LOTAÇÃO DA SALA

+ INFORMAÇÕES Entrada livre sujeita à lotação da sala. Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30’ antes do início dos concertos.

A voz de uma narrativa, uma canção antiga mas familiar. Um pequeno conto, um convite a adormecer.

As possibilidades da voz humana para contar e evocar histórias são praticamente infinitas.
A necessidade de comunicar, através da voz, as emoções e os aspectos multifacetados da nossa alma está na natureza de cada um. O riso, o choro, a dor ou a alegria são sentimentos que associamos muitas vezes à palavra amor e temos, ao nosso dispôr muitas soluções para a desenhar, para desenhar todos os sentidos, todos os sentimentos e com eles partilhar experiências pessoais.
O Conto da Meia-Noite gira em torno deste conceito de narração – por vezes recitada, por vezes cantada -, criando um conceito de concerto mais intimista no qual não existe, realmente, uma verdadeira separação entre o contador de histórias e o público. Viver aquelas histórias promove a partilha de um momento de grande intensidade.
Sempre considerei o público como uma entidade composta de indivíduos onde a sensibilidade de cada um contribui para a criação não de uma, mas de mil histórias onde o denominador comum é o acto de ouvir e a própria construção pessoal de cada pessoa. As nossas experiências fazem parte da história que ouvimos e, com elas, fazemos dessa história… nossa.
O mesmo se passa com quem conta ou canta a história. A cada dia esta é nova, diferente de ontem, embora seja essencialmente a mesma.
Mas o que faz uma história contada por uma só voz diferente daquela que é cantada por muitas vozes e instrumentos?
A resposta está na liberdade com que uma voz se pode expressar, de cada vez, sem qualquer tipo de código a cumprir, deixando-se invadir pela escolha pessoal, emocional, repentina de seguir por um caminho inesperado ou deixar-se ocupar por ele, aproveitando uma janela aberta ou mesmo avidamente à sua procura.
E está também no desejo de ouvir o silêncio, como se de um acto de meditação se tratasse. Um momento privado que, na sua essência, dá cor aos nossos pensamentos.
A voz torna-se o veículo de tudo isto – uma voz ora delicada a sonhar, ora enérgica e determinada, ora silenciosa… à espera, mas sempre viva, natural, próxima.
A voz n’O Conto da Meia-Noite regressa ao seu amor ancestral… contar histórias. Um amor que vem de longe, do antigo prazer de… ouvi-las. Tudo acontece na mágica passagem do dia para a noite, quando tudo, mesmo o tempo, agora e depois, está suspenso….
© 2013 Marco Beasley
Trad. Filipe Faria

No fim do dia cansado, todos se reuniam em torno da lareira para contar e ouvir histórias. E essas histórias – de amor, de morte, de injustiças ou de alegrias, de sóis que iluminam mundos distantes de donzelas e cavaleiros, de armas e de amores (nas palavras de Ariosto) – evocavam mundos que, embora cheios de fantasia , não eram menos reais. Histórias e contos têm sido sempre uma parte essencial da imaginação do homem e alimento para a mente.
O Conto da Meia Noite propõe este elemento de intimidade, de relação com a palavra: a música torna-se o som de uma narrativa, algo antigo e ainda familiar.
Uma voz solo, um monólogo cantado e falado, ao pôr do sol ou na última hora do dia, naquele lugar no coração onde tudo é mistério; um conto de visões, de emoções atemporais; histórias contadas, histórias cantadas para aqueles que se lembram que já foram crianças.
Da música antiga a canções folclóricas ancestrais, das experiências do trabalho diário, que, muitas veze,s não deixa espaço para pensar, à necessidade de estar sozinho capaz de procurar dentro de si mesmo a humanidade do que é viver.
Uma pessoa, uma voz: um breve conto, um convite ao sonho.

MARCO BEASLEY
Voz

PROGRAMA

• Pígliate l’alma mia Severino Corneti (1530-1582)
in Canzonette alla napolitana, Antwerp, 1563
• Le sette galere Anónimo (Trad. Córsega)
• Pizzica Tarantata Anónimo (Trad. Apulia)
• Nycholay sollempnia Anónimo
in Ms. Cividale, cod. LVI, início séc. XIV
• Deus te salvet Maria Anónimo (Trad. Sardenha)
• Vergine bella Guillaume Dufay (1397-1474)
in Ms. GB-Ob, Canonici misc. 213, n. d.
• Cori miu, ste… Marco Beasley (n.1957)
• Lamentu a Ghjesu N. Acquaviva/T. Casalonga
texto de Roccu Mambrini (Corsica)
• Eufrosina Anónimo (Trad. Córsega)
in Filius Getronis, Orleans, Ms 201
• Signora mia Severino Corneti (1530-1582)
in Canzonette alla napolitana, Antwerpen, 1563
• Magnificat Anónimo (Paráfrase gregoriana)
• Tu dormi Marco Beasley
sobre frottola de B. Tromboncino (1470-1535)
• Jesce Sole! Anónimo (Invocação de uma canção de embalar napolitana)

+ INFORMAÇÕES Entrada livre sujeita à lotação da sala. Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30’ antes do início dos concertos.
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