A Orquestra Académica Metropolitana recua ao segundo quartel do século XX para interpretar duas obras que não dissimulam a densa realidade que se vivia naquele período histórico. Compostas em momentos difíceis das biografias dos respetivos compositores, o russo Schostakovich e o húngaro Bartók não deixam de dialogar com um sorriso, ora sarcástico ora nostálgico, por entre as mais singelas sonoridades. Curiosamente, contam-se hoje entre as partituras orquestrais mais populares de ambos.
Com a 5.ª Sinfonia, Schostakovich pretendia em 1937 amenizar as opiniões adversas daqueles que o acusavam de não satisfazer os desígnios estético-políticos do regime soviético, numa altura em que via amigos seus perderem a vida por razões menores. Já em tempo de guerra, em 1943, Bartók encontrava-se em Nova Iorque numa fase em que as más condições de saúde não lhe permitiam tocar piano em público e a sua música era pouco tocada. Por fim, uma encomenda inesperada permitiu-lhe escrever este Concerto para Orquestra, uma verdadeira sinfonia em que os diferentes naipes são tratados de forma concertante.
SCHOSTAKOVICH, BARTÓK
Orquestra Académica Metropolitana
Dmitri Schostakovich Sinfonia N.º 5, Op. 47
Béla Bartók Concerto para Orquestra, BB 123
Maestro Jean-Marc Burfin e/ou Alunos do Curso de Direção de Orquestra da Metropolitana
Prçário: 5,00€
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