23:00
GREEN RAY*15 | Lux curated by MAGDA

GREEN RAY*15 | Lux curated by MAGDA

* As entradas estarão à venda apenas na nossa bilheteira na noite do evento. 

O LuxFrágil e a Heineken têm o prazer de anunciar as escolhas de Magda, a curadora da próxima festa GREEN RAY:

☄ Magda

A curadora desta Green Ray é uma firme favorita de clubbers um pouco por todo o mundo e a próprio programação que engendrou para a noite atesta à sua sensibilidade e ecletismo. Seria fácil para os mais desatentos ceder à tentação de a prender nos tempos em que pertencia à trupe da M_nus de Richie Hawtin, mas o facto é que Magda é inimitável e impossível de prender a um ou outro termo. Quando em 2011 fundou a editora Items & Things, juntamente com Troy Pearce e Marc Houle, quis ter o controlo criativo que a sua música exige. Não só a sua, como aquela que quer divulgar e apoiar. A editora vai de vento em popa, e a jornada de Magda também. Uma jornada que é global – nascida na Polónia e criada em Detroit, acabaria por contribuir para explosão da faceta mais minimal do Techno nos anos 2000. O caminho desde aí foi sempre em diante e em constante ascensão, embrenhada em projectos que não a deixam estagnar (não que ela própria o quisesse!). Com uma compilação / mistura lançada este ano para a lendária Balance Series, onde figuram nomes tão díspares mas tão perfeitamente alinhados como XDB, Brett Johnson ou Marcel Dettmann, é normal o burburinho que se faz sentir em torno deste seu regresso ao Lux. Já falta pouco e é pela manhã, quando se abrirem as portas e se vislumbrar o rio, que tudo isto fará ainda mais sentido. Há que vivê-lo.

☄ Sonja Moonear

Saltos. Da janela, para as pistas. Das pistas para as cabines. Uma rota esperada, talvez, de alguém que na adolescência fugia aos pais para ir às festas, procurar a Música onde ela mais faz sentido. Queria dançar, dançar com centenas de pessoas que não conhecia, mas com quem se sentia bem. Como nós, deste lado, fazemos quando também buscamos a Sonja numa cabine. Lembra-se de bailar em festas intimistas com Juan Atkins ou Herbert, nas suas residências Weetamix, na Suíça natal. Memórias que marcam, sem dúvida. Tal como fica marcada a memória de quem se rende aos seus sets pelo menos uma vez na vida. É que Sonja Moonear não ganhou o estatuto de culto de que goza, por meros acasos da carreira artística. Não. É-lhe conhecida a avidez da procura, a subtileza, a vontade dos sets longos e de assumir como contadora de histórias, sem medo de encarar reviravoltas a meio das noites. Natural assim que a encontremos tantas vezes como comparsa de aventuras com Ricardo Villalobos ou Zip, ou a orquestrar os desígnios da sua própria label, Ruta 5, ela que também não se esconde do estúdio. Grooves etéreos que nasceram para as pistas. Contradição? Deem o salto e venham descobrir.

☄ San Proper

Apaixonar-se. Talvez a expressão inglesa “to fall in love” seja bonita de ser analisada: cai-se, literalmente – sim, literalmente!, ao amor. E depois, bem, depois existem uma data de possibilidades, mas há amores que ficam sempre, amores dos quais não queremos sair, nem podemos. Para San Proper, a música foi descoberta ao mesmo tempo que descobriu o amor. E confundiram-se as coisas, e com os dias, com os anos, uma delas tornou-se para a vida. Dos pequenos bares para os grandes palcos do mundo, do pequeno apartamento onde compunha música quase em cima do fogão, para as gigantes editoras Perlon ou Rush Hour (sem esquecer que criou a sua própria Proper’s Cult), esta paixão do holandês perdura. E as bênçãos, essas, são a dividir connosco. Irrequieto tanto na mesa de mistura como na selecção de temas, incapaz de se definir entre o House, o Techno ou outra coisa qualquer, alvo de elogios de (ainda mais) veteranos como Laurent Garnier ou Anthony “Shake” Shakir, San Proper é uma força a ter em conta nas novas direcções da música de dança, aquelas que não esquecem as raízes. E se há alguns anos o seu edit de “Disco2Disco” abalava sem falhar Santa Apolónia, agora é ele que vem, de disco a disco, abalar-nos. Há quanto tempo não se apaixonam?

☄ The Mole

Colin de la Plante apresenta-nos um conceito interessante quando lhe perguntam em que género musical gosta de se encaixar: fala-nos do tempo. Mais do que constrito por géneros, The Mole liga-se ao tempo presente e pergunta: pode uma época ser um género? Não temos exactamente resposta, mas a certeza é que ele está a contribuir para quebrar barreiras e marcar o presente. Desde 2001 a editar música, já não chegam os dedos de uma mão para enumerar todas os icónicos selos discográficos onde The Mole já encontrou poiso para os ritmos que lhe saem da cabeça, mas podem-se mencionar a Kompakt, a Perlon, a Wagon Repair ou a Ostgut Ton. Não contente, criou a Maybe Tomorrow em conjunto com Jon Berry, onde até já um longa-duração materializou. Canadense agora residente em Berlim, diz que quer dar de volta a um mundo de onde aprendeu tanto. Estamos a postos para o receber, e aos seus discos investigados como uma verdadeira toupeira.

☄ Etcher | live

Não se sabe muito de Etcher o que, por si só, devia fazer aguçar a curiosidade de todos os auto proclamados amantes da música electrónica de dança. Afinal, programados que estão os nossos cérebros para responder positivamente às surpresas musicais, porque não haveria de assim ser? Felizmente, e para contagiar os mais relutantes, as noites Green Ray são perfeitas para descobertas felizes e este prodígio do acid sueco não será diferente.
Acid House – é assim que ele próprio descreve o que faz – criada a partir de Estocolmo. O ácido é bom para nós, diz-nos. E não há razão para duvidar da fórmula que nunca se gasta: um sintetizador TB303, mais uns quantos sons caixas de ritmos clássicas, umas unidades de efeitos e a tremenda criatividade de alguém. Esse alguém é Etcher, pronto a montar a maquinaria em Lisboa e trazer uma actuação ao vivo daquelas que mostra que não é preciso inventar muito para ser actual e relevante – como aliás comprova a inclusão do seu tema “They Are Us” na recente compilação “Balance 027” de Magda, esta mesma que fez questão de o fazer alinhar nesta noite. PH baixo, acidez elevada.

☄ Hamid 

Hamid é o tipo de DJ que parece não querer ser muito falado. Parco em fotografias ou materiais de promoção online, uma biografia que é um simples copiar-e-colar de um artigo científico sobre a aleatoriedade intrínseca num mundo quântico. Será adequado, então, contornar os seus aparentes desejos e tentar passar a sua música para a linguagem textual? Talvez não. Mas há que fazê-lo. De Hamid Benmessaoud conhece-se mais, por via do palpável – ou audível, neste caso – a faceta de produtor musical. Com edições na Kindisch (sub-label da Kompakt), Minibar ou Murmur Records, leva-nos numa excursão a um minimalismo reinventado, melodias ponderadas, samples de voz cortados até à dimensão do irreconhecível, meditações inesgotáveis à volta de temas hipnotizantes com o corte ocasional de notas de um qualquer doce instrumento. Não se obtém muita justiça a tentar reduzi-lo a palavras, e, tendo em conta que chega como DJ, o mote é deixar de lado as conversas e ter os ouvidos bem abertos – a vontade de nos fazer dançar, trá-la Hamid.

☄ Baby Vulture 

Daniela Huerta nasce em 1982 no México e abraça o audiovisual como carreira de vida, licenciando-se em Artes em Londres. Como artista multimédia, foi percorrendo exposições e mostrando o seu trabalho um pouco por todo o globo, mas é como DJ, essa outra faceta, que chega ao Lux. Ela é Baby Vulture. As suas influências, assentes nos mestres da música concreta ou experimental como John Cage ou Terry Riley, fazem adivinhar uma selecção musical pronta a desafiar. E quem não gosta de um bom desafio? Esta capacidade de se destacar pela diferença não passou despercebida a Magda, que a escolheu não só para esta noite como também para integrar a dupla Cornerbred. Fruto da colaboração é o fresquíssimo tema “Riding High”, de elevado factor diversão e a piscar o olho a tempos áureos dos caminhos mais electro e minimais que saíram da Alemanha nas últimas décadas. A experimentar sem preconceitos.

Textos: Inês Duarte

\\

* There are no advance tickets for this event. Tickets are available at the door.

☄ Magda

This Green Ray’s curator is a firm favourite of clubbers around the world and the very own programming she came up with for the night stands as proof of her sensibility and eclecticism. It would be easy for the most distracted to think she’s still in the M_nus era, but fact is Magda is inimitable and impossible to clump together with any term or definition. When, back in 2011, she created the label Items & Things together with Troy Pearce and Marc Houle, she wanted to have creative control not only for her music, but for the music she wanted to support and divulge as well. The label is going strong, and so is Magda’s journey, a journey that is global in essence – she was born in Poland, raised in Detroit, and would end up contributing to the explosion of more minimal side of Techno in the 2000s. From then on, it was upwards and onwards for her, constantly embracing projects that kept her from stagnating (not that she would want to herself!). With a mix compilation released this year for the legendary Balance Series, featuring artists as diverse as XDB, Brett Johnson or Marcell Dettmann, it’s easy to understand all the talk going around about her return to Lux. It won’t be long now, and when morning comes, when the doors open up and let us see the first light on the Tagus river, all this will make even more sense. It must be experienced.

☄ Sonja Moonear

Hoops. Jumping. Through the window, to the dancefloors. From the dancefloors, to the DJ booths. A route to be expected, maybe, from someone who spent her adolescence escaping from her parents to go to parties, looking for Music where it made most sense. She wanted to dance, dance with hundreds of people who she didn’t know, but with whom she felt good. Like we do, when we look for Sonja behind the decks. She remembers dancing in small parties with Juan Atkins or Herbert, in her Weetamix residency in Switzerland. Memories that last, certainly. Just like the memory of listening to her at least once in a lifetime does. Sonja Moonear hasn’t earned cult status just through any artist life coincidence. Nope. She’s known for her avid searching, her subtlety, the desire to play long sets and assuming herself as a storyteller, unafraid of plot twists throughout the night. It’s therefore natural that she should be found as a companion of Ricardo Villalobos or Zip’s shenanigans, as well as orchestrating her own label, Ruta 5 (did we mention she doesn’t shy away from the studio, either?). Ethereal beats built for the dancefloor. Does this notion sound like a contradiction? Skip to Sonja’s groove and come find out.

☄ San Proper

To fall in love. Perhaps this expression is so beautiful that it deserves analysis in itself: you fall, literally – yes, literally!, - into love. And then, well, there’s a lot of possibilities, but there are loves who stay forever, loves from which we cannot, and do not want to escape from. For San Proper, music was discovered at the same time he discovered love. The two got intertwined, and as days and years went by, one love stayed for life. Music. From small bars to the big stages of the world, from his small apartment where he composed music almost in his kitchen, to big record labels such as Perlon or Rush (let’s not forget he also created his own, Proper’s Cult), this dutchman’s passion lives strong. And the blessings, well, are shared with the audience. Restless on the mixer as well as in his record selection, unable to define himself as playing House, Techno, or something else, object of praise from legends such as Laurent Garnier or Anthony Shakir, San Proper is a force to be reckoned with when it comes to the new directions of dance music, those deeply well-rooted directions he’s pointing at. When was the last time you fell in love?

☄ The Mole

Colin de la Plante presents us an interesting concept when asked about which musical genre he thinks describes him best: he answers “time”. More than being constricted by genres, The Mole connects with present time and asks: can an époque be a genre? We don’t exactly have an answer to that, but we’re sure he’s contributing to the abolishment of sonic barriers right here and now. Releasing music since 2001, we’re out of fingers to count all the iconic labels where his music found its way into, but let’s at least mention Kompakt, Perlon, Wagon Repair or Ostgut Ton. Not withstanding, he also criated, along with Jon Berry, Maybe Tomorrow, where he’s even released an album. Canadian-born and now living in Berlin, Colin says he wants to give back to a scene from where he’s learned too much. We’re ready for him, and for his well dug records. Like a true mole.

☄ Etcher | live

Not much is known about Etcher which, by itself, should make any self-proclaimed electronic music lover even more curious. After all, with the human brain programmed to respond positively to musical surprises, why shouldn’t it? Fortunately, and to convince even the most reluctant ones, Green Ray nights are perfect for happy discoveries and this Swedish acid prodigy won’t be an exception to the rule.
Acid House – that’s how he describes what he does – made in Stockholm. Acid is good for you, he tells us. And there’s no reason to doubt a formula that never gets old: a TB303 bass synthesizer, a couple of sounds from classic drum machines, some effects, and someone’s notable creativity. That someone is Etcher, ready to set up shop in Lisbon and show us a live act proving that you don’t need anything too dancy to stay fresh and relevant – a fact backed up by the inclusion of his tune “They Are Us” on Magda’s “Balance 027”. Low PH, high acidity.

☄ Hamid

Hamid is the kind of DJ who doesn’t seem like he wants to be talked about much. You can’t really find many photos or any kind of promotional material online, and his biography is a simple copy-paste of a paper on the intrinsic randomness in a quantic world. Is it adequate, then, that we go against his apparent wishes and try to describe his musical outings in text? Maybe not. But it has to be done. We have to therefore know Hamid Benmessaoud through his palpable – well, audible – work as a music producer. With releases on Kindisch (a sub-label of Kompakt), Minibar or Murmur Records, he takes us on an excursion to reinvented minimalism, filled with pondered melodies, unrecognizable chopped up vocal samples, inexhaustible meditations around hypnotic themes that snap us back to reality with the occasional sugary instrument playing a few notes. There’s not much justice to be had in this description and, considering he’ll be DJing, it’s best to leave aside words and keep our ears wide open – Hamid will for sure bring the drive to make us dance.

☄ Baby Vulture

Daniela Huerta was born in 1982 in Mexico and embraced audio-visual work as a life career, graduating in Fine Arts in London. As a multimedia artist, she had exhibitions throughout the world but it is as a DJ, that other facet of hers, that she’ll be performing at Lux. She is Baby Vulture. Her influences, set on musique concrete and experimental masters such as John Cage or Terry Riley, hint on a musical selection ready to challenge crowds. And who doesn’t like a good challenge? This ability to shine with a difference struck a chord with Magda, who invited her to form the duo Cornerbred. Out of this collaboration came “Riding High”, a tune featuring an elevated fun factor and a nod towards golden electro & minimal inspirations.  A set to be enjoyed without presumptions.

Words: Inês Duarte
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android