HONEY DIJON

Para Honey Dijon, o House é mais do que ser DJ ou fazer música. É a possibilidade de uma vida mais bonita. Assim mesmo: bonita. Uma palavra pouco usada para adjectivar a música de dança, e cada vez menos no panorama actual em que se parece gravitar para o pesado, rápido, e abstracto. Felizmente a luz não se apagou de todo para os que carregam consigo uma herança mais melódica e carregada de alma, e encontram a beleza na vida a passá-­la a outros. Comecemos pelo princípio: aos 12 anos, já Honey se esgueirava para clubes e ouvia em primeira mão o trabalho de Frankie Knuckles – o “Grandfather of House”, infelizmente desaparecido o ano passado. Juntem­-se as influências Motown e a infância passada em Chicago e ela parece ter sido embalada direitinha para uma carreira nas cabines. Coleccionando lugares de DJ favorita de figuras­-chave como Derrick Carter, e aventurando­-se no estúdio com edições nas temidas Toolroom Trax, Classic ou Nervous Records, chegou a hora deste segredo ser deslindado com uma estreia que tardou, mas promete compensar todo o tempo perdido. Uma sexta-­feira com o piso cimeiro a absorver a beleza de cada poro da música de Honey Dijon. 
- Inês Duarte

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For Honey Dijon, House is more than just DJing or making records. It’s the possibility of leading a more beautiful life. Yes: beauty. A word seldom used as an adjective when it comes to dance music, and even less so in today’s trend of going into heavier, faster and more abstract territories. Fortunately, there’s still plenty of room for those who carry with them a heritage of soul­filled melodies and funky grooves, and find beauty in life when passing it on to others. 
Let’s start at the beginning: at only 12 years old, Honey would already sneak out into clubs to hear the great late Frankie Knuckles, the Grandfather of House. Coupled with Motown influences and a childhood spent in Detroit, she seemed destined for a career behind the decks. A strong favourite of the likes of Derrick Carter, and a proficient producer as well (having released on legendary labels such as Toolroom Trax, Classic or Nervous Records), it’s time for a well­awaited debut in Portugal that promises to make up for lost time. The perfect Friday for our upstairs floor to bash in the sheer beauty coming out of every pore of Honey Dijon’s music.
- Inês Duarte