A intenção não é puxar dos galões. Mas quando Severino diz que o Lux Frágil é dos seus clubes favoritos, o que podemos dizer de volta que lhe faça justiça? Para começar, que o sentimento é mútuo. Ele também é dos nosso favoritos. É que a história de Severino connosco (e convosco!) já tem alguns anos e nem por isso esmorece. Pelo contrário, vai-se construindo forte. Desta vez, vem em nome próprio e não integrado no colectivo Horse Meat Disco, numa oportunidade de nos deixarmos perder a fundo naquilo que escolhe em nome próprio e faz girar nos pratos. Podemos esperar as gloriosas influências das raízes do House e do Disco, quando pistas maioritariamente gay, negras ou latinas foram o alento para um fenómeno que se tornou global. Mas esta é música inclusiva, é música que grita liberdade e hedonismo e que acolhe cada um de nós num convite à diversão, à dança desbragada e suada de sorrisos largos, muito largos, e olhares prometedores. É quente, respira groove, pega em nós por uma orelha e espeta-nos de novo na pista, se for preciso, se por algum lapso dela tentarmos escapar. E é música com os pés bem assentes em 2015, no agora e na mala de discos de Severino Panzetta, calejado que está de incendiar festas planeta fora com o estatuto de DJ de culto. Um amor assim é para cuidar. E disfrutar. - Inês Duarte \\\ We don’t mean to brag. But when Severino says Lux Frágil is one of his favourite clubs, what can we say back that does him justice? For starters, that the feeling is mutual: he’s one of our favorites, too. Fact is, our (and your!) relationship with Severino goes back a couple of years, but doesn’t seem to get any weaker. On the contrary, it keeps getting stronger. This time, he’s here alone and not with the Horse Meat Disco collective, in an opportunity for us to get lost in his own personal musical choices. To be expected are the glorious influences from the early days of House and Disco, when mainly gay, black or latino crowds fueled a phenomenon that would go global and become what we know today. But this is inclusive music, it’s music that screams freedom and hedonism and welcomes each one of us for a night of fun, reckless sweaty dancing with wide smiles and promising looks. It is warm, it breathes groove, and it’ll pick us up by the collar and stick us right back into the dancefloor if by some odd reason we try to escape it. And it also is music with both feet in 2015 and on Severino Panzetta’s record bag, him being used to rocking wild parties worldwide with his cult DJ status. A love like this, should be nurtured. And enjoyed. - Inês Duarte
