23:45
NOITE BEACHCOMA com FAIRMONT [live] • SID LE ROCK [live] • UNDO • SWITCHST(d)ANCE

NOITE BEACHCOMA com FAIRMONT [live] • SID LE ROCK [live] • UNDO • SWITCHST(d)ANCE

• Fairmont | live
• Sid Le Rock | live
• Undo
• SwitchSt(d)ance

“Atenção, aviso à população!”
Uma noite destas merece, sim, anúncio e trombeta. Faça se barulho nas ruas e abram alas que aqui vem uma respeitada editora, a saborear devagar à sua passagem.

Esta é música electrónica em tons de vinho: madura, envolvente e excitante. Musculada e desafiante  adjectivos que assentam mas não bastam para a  experiência sorvida a cada eco de introspecção batida nas paredes, rasgada nas colunas, com rótulo de techno que não o é só. E a coisa particularmente apimentada ao falar-se da Beachcoma é que sabemos vir daqui mais do que um pézinho a abanar e mão no ar, mas uma cabeça a pensar e um ouvido a agradecer. Antes de abanar a  cabeça, sentimo-la vulnerável ao que aqui de profundamente bom nos toca, além do ouvido e além do  que o analógico possa trazer aos remates melódicos e progressivos, crescentes numa pista que se quer preparada para a elevação.

Estas serão, aliás, algumas das premissas da editora que se comprometeu a trazer algo mais do que o “cardio techno”, o de batida pulsada, como lhe chama Jake Farley (Fairmont), acrescentando à cena electrónica uma camada de complexidade e de surpresa para os sentidos, de subtileza – essa que fará o corpo falar mais alto, na língua da dança e seu terreiro.  

Deixem passar a santíssima trindade [Sid Le Rock (Pan/Tone) + Fairmont + Metope], que aqui o reino promete não ser o mesmo... como se o futuro chegasse esta noite.


Fairmont

Do Canadá para Berlim, de Berlim para Barcelona; do skate e do indie rock de Toronto para compulsões minimais, intensas (quase performativas) que fazem dele  um complexo e apaixonante cabeça da editora. Jake Fairley é uma das figuras chave da música electrónica dos dias de hoje, tendo passado diferentes nomes artísticos e por labels como a Traum, Kompakt ou My Favorite Robot, mas despertado verdadeiras paixões desde o seu segundo álbum, Coloured In Memory – editado pela Border Community, de James Holden. Imparável desde então, Fairmont salteia álbuns, singles,  remisturas e pistas. Salteia as grandes, quase todas elas: as ansiadas que, como ele, garantem uma noite de dança para não esquecer.


Sid Le Rock

Chamem-lhe Sid. Chamem-lhe Pan/tone. Chamem-lhe Gringo Grinder. Chamem-lhe grande, que grande bastará. Poderia ter saído madeireiro ou mineiro, como a família esperava no Canadá, mas saiu antes engenheiro na vertente musical que o fez derrubar portas, sim, e explorar minério underground nas festas techno da cena de Toronto. Daqui para a Colónia foi uma aventura que tem quase dez anos de carreira aprofundada em terreno europeu e que lhe soma, hoje, 6 álbuns e mais de 50 singles às costas que pedem apenas por mais: mais do que transformou, do electro ao tech-house explorado, por exemplo, com DJ Koze, chegando ao delicioso atmosférico das suas mais recente release: o EP Mount Hope, ou a mixtape de primavera Waldeinsamkeit. Chamem-lhe techno, ou chamem-lhe grande à música continuará a servir. 

Undo 

Just undo it: é assinatura que faz a marca do músico Gabriel Berlanga. Ele que desde o princípio dos anos 2000 tem dado cartas fundamentais em Barcelona, tendo corrido atrás de esfera electrónica emergente no país nos anos 90 e propulsionada com o desaparecido NITSA, que a toda uma geração afectou. Ele que em tempos tocava ora guitarra ora baixo, nas vezes de compositor ou vocalista em bandas rock, usou as bases como cimento ao qual veio acrescentar fundações e estruturas electrónicas, intercalando sintetizadores e samplers para fazer crescer a fusão entre o indie e a electrónica até a um tech-house complexo, de dança bem conduzida, fazendo o produtor e o DJ reconhecido que conhecemos hoje.  

Switchst(d)ance

Abriu nesta mesma casa para Fairmont, editado de James Holden na altura (para quem também já abriu e já deu continuidade magistral), mal se havia formado a editora Beachcoma que hoje o acolhe. Já lá vão 5 anos. Na altura, como agora, o nome poderia não ser fácil, mas também não o é a manobra de skate que o inspirou: switch stance, em cima da tábua a rolar com o pé que não o habitual, a trocar de posição e seguir. Pois, talvez, para fora de pé se tenha mandado Marco Antão muito cedo, experimentando os loops como as rodas, trocando as vertentes e manobrando ao desafio que o levou longe no caminho já feito, no bom crescer que já lhe vimos: é da casa, e é do desassossego; é de dentro e do lado bom. Porque ouvi-lo é partir deixar rolar sobre a tábua, ainda, numa cadência que se torna hipnótica, cheia ao corpo, intensa para na pista feita para saltar em câmara lenta. É o que garante a escuta do mais recente No Man’s Land, pela Areal Records, que nos põe em pontas para escutar, sem cair.

Textos Ana Sofia Castanho

\\\ 

"Let the people be warned!"
A line-up like this deserves a proper announcement, trumpets and open wards, for here comes such a respected label – one to enjoy with subtlety for the night, for sure. This is electronic music in wine tones: mature, engaging and exciting. Muscular and defying music – all challenging adjectives that suit the genre but are not even enough to describe the experience Beachcoma provides under a techno labeling that just doesn’t makes’ up to its whole profoundness. 

And what’s particularly exciting about Beachcoma is that we know where are handling an intelligent music label, that wont’ provide you either shallow entertainment nor superficial contexts for the sake of taking hands up in the air on the dance floor. Beachcoma will assure you a melodic yet futuristic background, soundscapes that will lead you further than the “cardio-techno” does: Body + Mind experience, that is. 

These are indeed some of the premises that the holy trinity (Sid Le Rock + Fairmont + Metope) has pledged for the label’s foundation, wanting to add a layer of complexity to the electronic scene, pushing the body to speak up through dance and elevation. 

Well, let’s welcome them… for the future here starts with their passing. 

Fairmont

From Canada to Berlin, and from Berlin to Barcelona: from skating and indie rock labeling in Toronto, to minimal compulsions in Europe, some intense and almost performative live acts and DJ sets that make him one of the complex and passionate heads of the Beachcoma, living in Barcelona now. Jake Fairley is one of the key figures of the electronic music of today, having passed different artistic names and labels and like Traum, Kompakt or My Favorite Robot, but true passions aroused around him with the release of his second album, Coloured In Memory – edited by James Holden’s Border Community. Unstoppable since then, Fairmont sautés from albums to singles, from remixes to singles that can assure you from afar a night of dancing not to forget.

Sid Le Rock

Call him Sid. Call him Pan/tone. Call him Gringo Grinder. Call him Great: great will suffice the description. He could have come to be a lumberjack or a miner, as the family would expect back in Canada, but he came to be a music engineer and the only mining he did back home would involve the underground techno scene of Toronto. From there to Cologne, in Germany, almost has ten years have passed, 10 years to build up a solid career in European territory, summing up today 6 albums and over 50 singles on his belt. His latest EP Mount Hope is one masterpiece to keep listening to.

Undo

Just undo it: that’s the claim for the musician Gabriel Berlanga. He who has been rising in Barcelona since the early 2000’s – running towards an emerging electronic scene in the country since the 90s. He who once played bass and guitar, and filled in as composer or singer in rock bands, and used these basis as cement… to which he added electronic foundations, structured with synthesizers and samplers that made him grow to be the recognized producer and DJ we know today.

Switchst (d) ance

Switchst(d)ance opened in this same venue for Fairmont, edited by James Holden at the time. It's been five years now. His name is still not so easy to pronounce, but the ride with him makes it smoother, just like the skateboarding move that inspired the naming: “switch stance”, that means you’re skateboarding with the unusual foot, switching foot positions and rolling with it. That’s what Marco did in a very early age, testing loops just as his skate wheels, changing sheds and manoeuvring the challenge that led him down to the path we already know, of growth and admirable complexity. Just like skating, his cadence becomes hypnotic, full to the body, intense to the track that makes you jump in slow motion. This is what you  one out of multiple feelings you can extract from his latest “No Man's Land”, from Areal Records, that puts you in tips toes… to keep listening without falling.

Words Ana Sofia Castanho
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android