Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
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O último filme de António Reis, concluído cerca de dois anos antes da sua morte, foi, mais uma vez, um trabalho co-assinado com Margarida Cordeiro. Mais uma vez é uma peregrinação por Portugal, como lugar de mito e como lugar mítico. Peregrinação também entre o "crepúsculo inicial da História" e a "aurora final", num círculo que é, como a rosa de areia, uma das metáforas mais constantes dele. Peregrinação ainda entre visões medievais (a mais inesquecível é a do julgamento e da execução de um porco, baseada num facto real) e as visões do futuro de Carl Sagan. "Rosa de Areia", filme ainda por descobrir, filme ainda por descerrar, é uma figura perfeita, carregando o simbolismo mágico de todas as formas perfeitas. A história de um homem perseguido por um tigre que caiu num poço onde outro tigre o esperava. Ou a história de um pai ressuscitado dos mortos para dar de beber à filha um vinho feito de sol, de poeiras e de chuva. Agora, nunca mais haverá no cinema português um imaginário assim. Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Título original: Rosa de Areia (Portugal, 1989, 85 min)
Realização: António Reis, Margarida Cordeiro
Interpretação: Ana Umbelina, Balbina Ferro, Cristina de Jesús, Lia Nascimento, Maria Olinda Nascimento, Alberto Mendes, Alcino da Costa, António Reis e Artur Semedo
Classificação: M/12
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