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Cinema · Captura #26: 'Attilas '74' (ou 'Attila 74: the rape of Cyprus'), de Mihalis Kakogiannis

Cinema · Captura #26: "Attilas '74" (ou "Attila 74: the rape of Cyprus"), de Mihalis Kakogiannis

Filmado imediatamente a seguir à invasão de Chipre pelos turcos em 1974, "Attilas '74" é um documento histórico fundamental, com imagens raramente vistas sobre um conflito duradouro, de sequelas indeléveis que se arrastam até aos dias de hoje. Mesmo posicionando-se claramente próximo dos gregos perante este problema, trata-se de uma reflexão actual sobre as raízes dos nacionalismos, e suas ramificações territoriais e espirituais.

Procurar nas raízes da História a justificação das convulsões do presente, e procurar alinhar sangue e território sob um mesmo denominador comum com que compreender o mundo e as suas contínuas metamorfoses – é este o desafio definidor de "Attilas '74".

Apontando para o vector em que se cruzam, e misturam, política e religião, e em que se invoca a legitimação divina para a resolução de disputas ancestrais em terrenos divididos à partida, "Attilas '74" procura descodificar a experiência dessa intensidade, através de uma recolha fragmentária, também porque captada no calor do conflito.

Inevitavelmente inflamatório, e inevitavelmente lacunar, este é, mais do que tudo, um filme que evidencia a manta de retalhos de que se compõem as identidades, as fronteiras e as nações, e que torna claro que a sobrevivência reside na absoluta necessidade da articulação entre coexistência pacífica e preservação cultural.

> Realização: Mihalis Kakogiannis
> Ano de lançamento: 1975
> País de realização: Chipre

> Duração: aprox. 100 min
> Língua: grego (legendado em inglês)

> Excerto: https://www.youtube.com/watch?v=X82a0LiOWB8


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> Organização: Prisma
> Produção: Prisma, com apoio do Ateneu de Coimbra
>>> Conteúdos: Manuel Pereira
> Materiais gráficos: Prisma, Guilh\otina
> Documentação: Prisma


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Captura
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Pretende-se um programa com propósitos bem definidos: o relacionamento com espaços de resistência, um esforço de reflexão social e estética, um cinema comprometido com o diálogo.

Cinema directo, cru e frontal, avesso ao preciosismo inconsequente ou ao refinamento supérfluo. A câmara como extensão do homem, esclarecida e corajosa.

Contra a homogeneização forçada do cinema, o resgate de obras invisíveis assume-se como acto de luta. Urgentes, cada vez mais, as estratégias para fintar estruturas e ideias dominantes tendo em vista um cinema verdadeiramente livre.

Os filmes, os autores, os públicos, sobreviverão aliando-se na construção de percursos alternativos, que a história oficial do cinema se encarrega de obscurecer.
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