16:00 até às 19:00
Identidade e Circunstância /Identity and Circumstance

Identidade e Circunstância /Identity and Circumstance

Identidade e Circunstância

Exposições Individuais de Joao Vilhena, Natércia Caneira e João Bacelar
Primeiras obras site specifc criadas por Artistas para o espaço do Palácio Nacional de Mafra desde a implantação da república em Portugal. 

Pela primeira vez desde 1910 o Palácio de Mafra irá receber simultaneamente três exposições individuais criadas propositadamente e na sua totalidade para o espaço do Palácio sobre o tema, que dá nome às exposições, “Identidade e Circunstância”. 

Esta mostra percorre de forma multidisciplinar leituras, relações e sinergias entre as artes visuais e o público sendo uma reflexão sobre a Arte Contemporânea visando o grande público que visita o Palácio.

Os artistas João Bacelar, Natercia Caneira e Joao Vilhena aceitaram o desafio de criar obras especificamente para o espaço do Palácio Nacional de Mafra. Irão ser apresentadas obras de escultura, fotografia e instalação. O Palácio de Mafra ganha assim três boas razões adicionais para ser visitado entre os dias 09 de Maio e 28 de Junho de 2015.


Joao Vilhena criou para esta iniciativa uma série composta por 12 esculturas, uma peça por década desde 1910, como se Joao Vilhena tivesse viajado no tempo e feito cada peça em cada década até ao momento. O artista apresenta-se assim como um viajante no tempo nesta ocupação espalhada por diversos locais do palácio privilegiando locais de passagem. 

Natercia Caneira ocupa com as suas instalações site-specific, três espaços de características muito próprias: a Capela do Campo Santo, a Enfermaria e o Torreão da Rainha. Apresenta duas esculturas de grande formato e uma série de desenhos à escala humana.
 
João Bacelar propõe um conjunto de obras onde os corpos fotografados de diversos modelos são convidados a visitar o espaço do Palácio Nacional de Mafra, onde as obras se vão integrar. A sala de caça é um dos locais de eleição de João Bacelar, para criar um dispositivo entre as imagens e os visitantes.

Notas adicionais sobre os artistas: 

João Bacelar

João Bettencourt Bacelar começou a desenhar muito cedo em pranchas de surf e bodyboard, que o levaram a estudar design no IADE. Cedo a ilustração e fotografia para publicidade e moda o fizeram catapultar para a ribalta tendo trabalhado para Novo Design (Brandia) e criado em 1995 a RMAC com Ricardo Mealha (que se tornou numa das maiores gráficas de design Portuguesa). Passou ainda nos anos 90 pela Young & Rubicam, BMZ/PARK até ir em 2000 para a BBDO e mais tarde Saatchi e Ogilvy & Matter. Foi ainda durante esssa década que começou a colecionar prémios que os seus trabalhos foram ganhando tendo já mais de 30 prémios de técnicos, de design ou comunicação acumulados até à actualidade ( vários European Regional Design Award, Prisma Awards, Eurobest, Fiap, Cannes Festival, Clio Awards, Cresta Awards, The New York Festivals, EMEA, Troféu Diário de Notícias, entre tantos outros) com trabalhos que fez em vários formatos de publicidade para instituições como Portugal Telecom, Sonae, Nissan, Ford, ICEP, Revista Cais, Amnistia Internacional, Sindicato de Jornalistas, Fundação Calouste Gulbenkian (entre muitos outros) que ganharam reconhecimento. Mas o seu trabalho vai muito além da ilustração e fotografia. João Bacelar faz também design gráfico, vídeo, animação multimedia, direção de arte, e várias vertentes da fotografia (fotografia documental e fotografia criativa onde que se inclui a fotografia de arte).
Ilustrou o livro para crianças "101 Coisas e Meia para fazer antes de crescer" e em 2011 foi lançado na Moda Lisboa o seu livro de fotografias "Water Closet" com fotografias tiradas a quem passava pela casa de banho (a meio do trabalho) na Fashion Week no Estoril em 2009. Foram fotografadas 100 pessoas, desde modelos, designers de moda, jornalistas ou até senhoras da limpeza a interagir com a frase non-sense "Apague as... feche as torneiras".
Um outro trabalho interessante e curioso no percurso de João Bacelar foi ter sido responsável de imagem (tendo feito todo o design e identidade gráfica dos livros de oração, decoração, objectos e merchandising) da visita de Da Lai Lama a Portugal.
É o fotografo oficial de backstage e still life da Moda Lisboa desde 2004 até ao presente. Também é o fotografo oficial backstage do festival Optimus Alive. Responsável por inúmeras produções como capas e produções para  a revista "DIF Magazine" (16 números desta revista mensal tiveram a capa com a sua assinatura ao longo dos quase 9 anos de existência) ou a revista "Umbigo". Também outras publicações como "Neo2", "Diário de Notícias",  "Cosmopolitan" em Portugal ou "Edit Mag" e "Mag" no Reino Unido tiveram várias capas e editoriais com fotografias e produções de João Bacelar.
João Bacelar também tem um extenso trabalho em vídeo tendo efectuado trabalhos para a RTP1, RTP2, SIC, Telecine e edições de DVDs. De destacar a realização de um filme sobre a Temporada de Música e Dança Gulbenkian 99/00 para a RTP2. Importante também mencionar ter sido o  único português a ter material de vídeo selecionado para entrar no "life in a day" produzido por Ridley Scott  entre milhões de vídeos que foram submetidos em todo o mundo.
Ao longo do seu percurso também realizou workshops de criatividade e fotografia para que jovens fotografos pudessem partilhar um pouco da sua experiência. Recentemente foi convidado a participar com uma instalação na exposição Fitting Room em Bilbao.
A diversidade de trabalho de João Bacelar surpreende pela positiva (até modelo das suas fotografias também chegou a ser), ainda mais ao verificar-se a elevada qualidade do trabalho que entrega. Este ano (2014) apresentou uma antológica na Galeria Luís Serpa Projectos comissariada por António Cerveira Pinto, integrada na comemoração dos 30 anos da mais internacional galeria Portuguesa. 

Natércia Caneira

Em 2001 completou o curso Avançado de Artes plásticas no Ar.Co em Lisboa com tutoria de Rui Sanches e Manuel Castro Caldas. Após vários cursos temáticos centrados na Arte Conceptual, Minimalismo e Land Art leccionados por Delfim Sardo e Arte Povera por Francisco Vaz Fernandes, participou no curso “Desenho da Paisagem Urbana” na Escola do Museu de Belas Artes em Boston (SMFA) com o professor John Ellis, e concluiu em 2004 o curso “Monumentos enquanto Símbolos Culturais e Emblemas de Poder” na Universidade de Harvard também em Boston, Estados Unidos da América. Para além dos EUA Natércia Caneira também esteve uns anos a viver em Marrocos.
Com um interesse particular na relação entre o individuo e o espaço que o rodeia, o seu trabalho tem-se desenrolado em torno das questões do corpo e da paisagem, assim como da importância que a deslocação geográfica tem no desenvolvimento do processo criativo de um artista. Desde 2006 que os projectos que realizados estão directamente relacionados com os seus momentos de vivência entre outras culturas, onde explora os limites da sua capacidade de adaptação física e psicológica, resultando posteriormente em trabalhos de instalações site specific, fotografia, desenho, pintura e mais recentemente vido-arte. Ultimamente Natercia Caneira tem vindo a abordar o corpo biológico e as suas limitações, concentrando-se na morfogénese e nos avanços científico-tecnológicos como catalisadores de ideais supra-humanos.
É a partir de um conjunto de vivências da artista e dos olhares que lança sobre um passado que remonta à sua infância, que nasce o seu mais recente projecto, Morphogenesis - Placebo Effect and Binary Oppositions. Esta Exposição move-se entre uma dualidade - que a artista designa como "oposição binária", representada em duas salas, entre o Artificial e o Natural, entre aquilo que é Mecânico e o que é Orgânico.
A ideia materializa-se em duas estruturas autónomas que se configuram em diferentes planos e jogos de luz e som, utilizando objectos e materiais de carácter médico-laboratorial com componentes hospitalares e com elementos naturais. Entre estes dois espaços, numa tensão permanente, pretende criar-se simultaneamente uma interacção pelo que as duas salas confluem de modo a provocar emoções pessoais no visitante.
Desde 1999 que participa em exposições colectivas, das quais se destacam o Prémio Celpa, Museu Arpad Szenes / Vieira da Silva, em Lisboa e The Line Show  na Galeria Genovese / Sullivan, Boston ambos em 2004. Participou também no Sines Local, Verão de Arte Contemporânea, Centro Cultural Emerico Nunes, em 2007. Em 2008 participou na exposição Alternativa 1, no Pavilhão 28, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Por fim, e já em 2013, esteve na exposição Open House que resultou da residência para artistas Pedra Sina no Funchal, Madeira. 
Das exposições individuais evidenciam-se a sua primeira exposição nos Estados Unidos, intitulada Limits of Softness, que decorreu em 2004 na Genovese/Sullivan Gallery, em Boston, Fibra de Luz, em 2006 no Museu Nacional do Traje em Lisboa, No Limits em 2007 no Centro Cultural de Odivelas; Détais Du Maroc, no Instituto Camões - Centro Cultural Português em Rabat, Marrocos e em 2009 Skyline Connect, na Fundação D. Luis I - Centro Cultural de Cascais. Em 2010 a instalação Random no Museu Bernardo das Caldas da Rainha e em 2014 Morphogenesis - Placebo Effect and Binary Oppositions, na Plataforma Revólver, Lisboa e Systemic Observations, no Flutter_Space, Londres.




Joao Vilhena

Joao Vilhena é um dos mais notados jovens artistas portugueses deste século sendo considerado por muitos criticos nacionais e internacionais um dos mais importantes artistas a aparecer em Portugal nas últimas décadas. Estudou escultura e pintura na escola de arte de Lisboa AR.CO tendo iniciado a sua carreira ainda como estudante tendo vivido para além de Portugal também nos EUA, Inglaterra e Itália.
A maioria do trabalho de Vilhena está relacionado com o cinema, a literatura e as artes visuais, recorrendo a uma grande variedade de meios, como a pintura, a escultura, a fotografia e o vídeo. Em 2005, publicou uma biografia não autorizada onde é anunciada a sua morte, e onde encena uma narrativa em volta de temas públicos e privados. 
A obra escultórica de Joao Vilhena ironiza sobre a condição humana e o que é o contemporâneo numa lógica de sobreposição de realidades. Exemplo disso foi a colocação de um Monolito (a partir de 2001 “Odisseia no Espaço” de Arthur C. Clarke) num antigo mercado de carne Holandês do século 17 para uma exposição pensada a partir do futuro numa iniciativa juntamente com o Whitney Museum of American Art. 
Na obra de vídeo o autor recorre de forma sistemática à dilatação ou compressão do tempo filmico de forma a condensar ou extender a acção daquilo que tenciona mostrar. Este recurso é visível em obras como "I Just Don’t Know What To Do With Myself -Kate Moss Flipped and Inverted", “Misfitting” e nos dez vídeos produzidos para o projecto Art Protesters 
Joao Vilhena tem vindo a fazer auto-retratos desde 2003, utilizando principalmente a fotografia como meio de representação. Em 2013, usou seu i-Phone e o Instagram para a criação sucessiva de “Selfies” fazendo-se passar por vários personagens de obras de arte clássicas e modernas bem conhecidas, cujas reproduções são do domínio público. Para se substituir às personagens originais utilizou a técnica de auto-expressão de Stanford Meisner, aprendida com o encenador John Frey. O resultado destes “Selfies” peculiares é a sua 18ª exposição individual em 2014 na Galeria Luís Serpa Projectos intitulada "E / O" (“I/O” ao nível internacional) integrada na comemoração dos 30 anos da Galeria Luís Serpa Projectos (a mais internacional galeria Portuguesa) e com a curadoria de António Cerveira Pinto (crítico de arte e artista plástico).
O trabalho de Joao Vilhena tem tido críticas muito positivas em revistas e jornais nacionais e internacionais, tendo participado também em dezenas de livros editados. Colabora frequentemente com as conceituadas revistas "Egoísta" e "Umbigo" sendo que a sua obra encontra-se representada em importantes colecções nacionais e internacionais como Fundação Calouste Gulbenkian, Banco Privado para Serralves, Museu de Arte Contemporânea Fortaleza de Santiago (Funchal), MACUF-Museu de Arte Contemporaneo Unión Fenosa (Galiza), Colecção Portugal Telecom, Colecção Banco Espírito Santo, Banque Privée Edmond de Rothschild Europe, Barbara and Aaron Levine Collection, National Arts Club New York, Fundação PLMJ, Fundação Carmona e Costa, entre outras. O jovem artista, que conta já com mais de 40 exposições colectivas e 18 exposições individuais, recebeu diversos prémios (como prémio de pintura - Banque Privée Edmond de Rothschild Europe em 2004) e bolsas de várias instituições (como Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento ou Centro Nacional da Cultura) ao longo da sua carreira destaca-se entre outras exposições a representação de Portugal na Bienal de Praga em 2003.

Notas adicionais sobre o Palácio Nacional de Mafra, Portugal: 
Situado a cerca de 25 kms de Lisboa este foi o palácio onde o último Rei de Portugal passou a noite imediatamente antes da implatação da república e é também um dos mais grandiosos Monumentos Nacionais e um dos mais visitados (esperam-se que os números de 2014 fiquem perto dos 300 mil visitantes). O público é variado composto por muitos turistas e muitas visitas de estudo de escolas de todo o país (desde pré-escolar a universitários) e algumas mesmo internacionais.

Tem o maior corredor palaciano da Europa com 232 metros (igualmente a largura da sua fachada) e possui dois carrilhões (mandados fabricar em Antuérpia para a torre sul e em Liège para a torre norte por D. João V) com um total de 98 sinos que pesam 217 toneladas e constituem os maiores carrilhões históricos do mundo sendo também considerados os melhores (tocam valsas e contra-valsas). A Biblioteca é uma das melhores de Portugal (cerca de 40.000 volumes) onde se incluem algumas obras raras impressas antes de 1500 (incluindo uma das primeiras edições de “Os Lusíadas” de Camões. O edificio ocupa cerca de 40.000 m2 e tem 880 salas, mais de 300 celas, 154 escadarias euma basílica.

Em 2010 o restauro dos 6 órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra valeu-lhe o prémio Europa Nostra. Em 2014 recebeu o prémio Trip Advisor como um melhores locais do mundo a visitar não só pelo local mas também pela hospitalidade. Fizeram recentemente obras para efectuar uma Candidatura a Património mundial à Unesco.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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