CCB - Centro Cultural de Belém
Fundação Centro Cultural de BelémPraça do Império 1449-003 Lisboa - Lisboa Ver website
Título: Nas margens da liberdade: a vontade do impossível Sinopse: Nas margens da liberdade, onde as fronteiras se desfocam e a certeza se dissolve, encontram-se estranhos auto-encantamentos como a “liberdade livre” de Rimbaud - uma libertação anárquica ilimitada que se eleva à impotência da liberdade, poesia sem lei que abre o vazio ao excesso do desejo e ultrapassa os paradoxos da autonomia em reinos de pura potencialidade. O Universo poderia perfeitamente dispensar a Vida: é deste supérfluo que provém a sua força e atrevimento. Atirada sem rede à existência, sob o céu estrelado, é na vida que a natureza realiza o jogo de se superar a si mesma, perante a ameaça constante de ser escravizada pelo dado, esmagada pelas leis do cosmos ou reduzida ao nada (o seu irreversível destino). Aceitar plenamente a liberdade significa transformá-la no seu contrário, pois é somente na negação que a liberdade se pode ultrapassar a si própria. Abandonar o conhecido para depender somente do poder do desconhecido (valor essencial) implica nada menos que uma vontade do impossível. Bio: Investigador e artista, com trabalho no campo da new media art, performance e multimédia, esculturas sonoras, light art, instalação vídeo, improvisação e composição musical e dança contemporânea. Professor Associado na Universidade Lusófona, onde exerce os cargos de diretor da Licenciatura em Ciência e Tecnologia do Som e do Mestrado em Produção e Tecnologias do Som. O seu trabalho artístico foi apresentado no Museo Guggenheim Bilbao, 55ª e 56ª Bienal de Veneza, 798 Art District (Pequim), ARoS Aarhus Kunstmuseum, Galerie Scheffel (Frankfurt), Fundação Logos (Ghent), Museo de Arte Contemporáneo (Santiago do Chile), Théâtre de la Ville (Paris), Arnold Schoenberg Hall (Holanda), Yorkshire Sculpture Park (UK), entre outros. Licenciado em Sonologia pelo Royal Conservatory of the Hague (Holanda) e doutorado em Ciência e Tecnologia das Artes pela Universidade Católica Portuguesa. Desenvolveu o projeto individual CEEC de pós-doutoramento Sound at the Edge of Consciousness sediado na FCSH/Universidade Nova de Lisboa e foi co-investigador principal do projeto TEPe - Technologically Expanded Performance, ambos financiados pela FCT. Fundou com Jorge Lima Barreto o duo ZUL ZELUB, em 2007, para piano e música electrónica de arte. Editor, coordenador científico e co-autor do livro «O Elogio da Abertura: Ensaios e Diálogos sobre a Materialidade da Comunicação Estética» (Documenta/Sistema Solar, 2024). Em 2021, foi eleito para o Seminário Jovens Cientistas da Academia de Ciências de Lisboa. Data: 7 de Dezembro de 2024 Hora: 16h Entrada livre Local: MAC/CCB Praça do Império, Lisboa. Organização: MAC/CCB . ECATI . CICANT Website: https://www.ccb.pt/evento/ciclo-de-conferencias-outros-espacos/2024-03-09/ Facebook https://www.facebook.com/events/524891410533041 Mais informação: Esta conferência insere-se no ciclo de conferências Outros Espaços O ciclo de conferências «Outros Espaços» é uma parceria entre o Centro Cultural de Belém, a Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) e o Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT) da Universidade Lusófona — Centro Universitário de Lisboa. Apresentando-se como um espaço de diálogo plural, esta parceria procura ligar a produção académica e científica à comunidade e proporcionar a transmissão de conhecimento. A ação que cada instituição leva a cabo contempla a ativação de sinergias temáticas entre áreas como as artes visuais, o cinema, as artes cénicas e as artes sonoras, a comunicação e a cultura, a arquitetura e os novos dispositivos digitais. «As margens da liberdade», 2024 O tema para a programação do ano de 2024 centra-se no pensamento das margens da liberdade em todas as suas vertentes — das artes visuais, passando pelo cinema, à arquitetura, ao conceito do político e à cultura em geral. Num ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, sem nos querermos sobrepor a programações atinentes às celebrações, propomos pensar como, em momentos de cerceamento da liberdade, em espaços de movimento direcionado, o ser humano foi, tanto individualmente como em comunidades constituídas para o efeito, reagindo aos limites que lhe eram impostos. Dessa forma, criaram-se momentos e espaços em que a experiência individual e coletiva, de forma mais explícita ou mais sub-reptícia, soube alargar as imposições que cada instante histórico e os seus lugares iam condicionando.
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