"O meu pai bateu na minha mãe. A minha mãe caiu para cima da cama. O meu pai, cheio de remorsos, saltou para cima da minha mãe. E fizeram-me. Era de manhã. Ao cantar do galo. Chamaram-me Branca. Juntaram-lhe Aurora. E acrescentaram Celeste. Cheguei ao mesmo tempo que a chuvada contra a janela. Desde então, as coisas vão e vêm, como as noites sucedendo-se aos dias. De noite, dedico-me aos sonhos.”
Branca sabe o que vale a sua vida. A sua lucidez é assustadora.
Branca fala-nos da sua vida. Uma vida tão cheia de encontros como de abandonos.
Fala-nos também da sua pobreza, a banalidade do quotidiano, do quotidiano que é o seu. O vazio da sua existência.
Se Branca tivesse gostado de grandes aventuras, a vida não lhas teria dado.
A sua vida está cheia desta violência particular não já trágica.
História de amor de mil cores, entre reencontros, rupturas e situações rocambolescas.
Entre memórias e imaginário, com humor, esta história de mulher que nos fala de outras mulheres.
Um pedaço de vida.
Tradução de Joana Caspurro
Cenografia e figurino de Pedro Fazenda
Encenação de Figueira Cid
Interpretação de Carolina Zeferino Arruda
15 a 18 Abril | 21:30H
Bilhetes: 5,00 € (2,50 € jovens, estudantes e reformados; desempregados, entrada livre)
Reserva: 266 747 047 | abruxateatro@gmail.com
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