Na fronteira do teatro de objetos e do circo em miniatura, Vue coloca em cena uma mulher meticulosa, obsessiva, delicada e excessivamente aplicada, que tenta fazer uma chávena de chá perfeita. Na sua pequena mesa ocupa-se com coisas irrisórias e triviais, mas sempre essenciais e indispensáveis aos seus olhos. Analisa as suas qualidades, o peso, e revela a sua insuspeitada agilidade. Retira-lhes a sua utilidade e afasta-os da sua função original: um copo, uma chaleira ou alguns pedaços de açúcar começam a ganhar uma nova vida nas suas mãos. Tudo está no seu lugar, cada gesto é calculado ao milímetro e causa uma reação em cadeia de precisão espetacular.
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