Falar de Sílvia Pérez Cruz é falar de uma das vozes mais profundas e comoventes da nossa era. A cantora e compositora catalã, cuja música cruza elementos do flamenco, do jazz, da folk e da clássica, está de volta para percorrer os temas do seu último álbum, Toda la vida, un día, um trabalho que, diz a própria, “nasce da saudade com vontade de unir saudades”. Daí contrapor a intimidade de uma voz e uma guitarra, as suas, a um coro. É “o canto partilhado, a dissolução do eu, a salvação”, explica, terminando com um apelo ao público: “Gosto de imaginar que o coro são todos vocês. Cantemos”.
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