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115x17- FOTOGRAFIA A METRO- Exposição de Rui Cambraia- Sexta 27 Fev às 21h30

115x17- FOTOGRAFIA A METRO- Exposição de Rui Cambraia- Sexta 27 Fev às 21h30

A próxima exposição aqui na FICAR será inaugurada na próxima sexta feira 27 de Fevereiro pelas 21h30 e irá dar inicio à 3ª edição do FICAR na FOTOGRAFIA, um ciclo de eventos dedicados à fotografia. A não perder esta exposição do Rui Cambraia com 17 metros preenchidos com 115 fotografias suspensos e formando assim uma original estrutura. 
Das palavras do Rui “115 fotografias em 17 metros” é uma instalação numa não-exposição de Fotografia, do mesmo modo que eu sou um não-fotógrafo. Estas imagens constituem o meu lixo/resíduo/sedimentação fotográfico impresso, como no computador tenho milhares de imagens que, constituindo apenas parte de um processo, não serão jamais utilizadas e pouco ou nada revisitadas. A Internet, a cultura social e os mass-media, em geral estão saturados de imagens e informação, num ponto de saturação que implica já o meu recuo.
Penso uma forma de reciclar olhares passados e inconsequentes, mas, sobretudo, penso uma forma de evitar fazer mais contribuições para a poluição cognitiva, informativa e expressiva – mesmo da mais qualitativa – que devasta o lugar do sagrado, que é, primordialmente, o lugar da arte.
As imagens impressas estão dispostas de forma linear como uma película de negativos fotográficos ou uma película cinematográfica, suspensas por fios. Não há narratividade, apesar de haver continuidade, não há ordem semântica apesar de haver ordem formal. A suspensão de objectos pretende, precisamente, constituir as coisas suspensas como objectos que são, nas suas transparências ou opacidades, mas descontextualizados na relação com o espaço, formando uma unidade em extensão imersa num simulacro de leveza.
Os fios são elementos técnicos e estruturais, mas também elementos formais e estéticos. Frágeis na aparência e fundamentais na sua essência funcional de suporte. Um invisível que se faz visível, que contribui para a vibração visual de linhas cruzadas, ritmos, tensões e texturas etéreas.
Há um percurso de sentido aberto a percorrer. Não há direcções, nem ligações, não há razões, e como em qualquer discurso descuidado, percebem-se redundâncias, repetições, ruídos, falhas, os convexos e os côncavos, as fachadas e as suas traseiras, num turbilhão envolvente que nunca perde a sua ordem intrínseca. As fotografias perdem a sua opacidade e deixam ver, como que através – de umas para as outras, entre curvas e planos distintos –, já não uma representação ou simulacro do mundo, mas os seus vultos, indícios reminiscentes, luzes e sombras, profundidades, cores, elementos primordias, mónadas."
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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