“Tenho gravado muito poucas vezes a solo – para ser mais específico, um único disco entre muitos que editei. Tendo em conta que faço concertos de piano com alguma regularidade, há uma pergunta, legítima, que me é feita recorrentemente: porque é que não gravo mais?
A resposta é simples e não tem apenas a ver com o enorme prazer que me dá tocar com outros músicos. A verdade é que preciso de sentir que a música que deixo registada num álbum acrescenta algo novo em relação a tudo o que fiz para trás. Isso, devo dizer, não é tão fácil assim. Essa exigência, ainda que não me paralise, acaba por dilatar o tempo necessário para me sentir satisfeito com o que tenho para dizer. A pandemia teve, ironicamente, um papel no processo. Obrigou-me a trabalhar mais sozinho a música para piano, aquela que eu quero gravar. Já não vou adiar mais. Fazer o primeiro concerto desse repertório na Casa da Música dá-me uma imensa alegria.”
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
