Wolfgang Amadeus #Mozart compôs vinte e seis quartetos de cordas ao longo da vida. Os mais conhecidos são os seis que escreveu em 1785, poucos anos depois de se mudar para Viena.
São conhecidos por «Quartetos #Haydn» porque resultaram da influência dos quartetos Op. 33 do velho mestre. Mas já antes havia escrito um outro conjunto de seis, aquando da sua terceira viagem a Itália, entre o outono de 1782 e a primavera de 1783. Chamam-se hoje «Quartetos Milaneses».
Neste programa, os Solistas da #Metropolitana interpretão dois quartetos que espelham bem a diferença entre estes dois cadernos. O KV 156 foi pensado para o mercado italiano, desde logo porque só tem três andamentos e encerra com um Minueto. Não tem maiores pretensões do que proporcionar momentos de puro #entretenimento; e consegue fazê-lo de maneira #admirável.
Já no KV 465 distingue-se uma escrita #laboriosa, filtrada por sucessivas revisões. Por momentos, leva-nos a esquecer a espontaneidade que ouvimos anteriormente e que estamos mais habituados a associar a este #compositor. O início, #tenebroso e #angustiante, terá impressionado bastante os ouvintes da época e deu origem ao nome por que se tornou conhecido, «#Dissonância». Durante cerca de dois minutos sucedem-se intervalos inconclusivos, carregados de dramatismo. Paradoxalmente, abrem caminho a quatro andamentos plenos de vivacidade e fulgor. Quase apetece dizer que celebram a Consonância.
QUARTETOS DE MOZART Solistas da Metropolitana
W. A. Mozart - Quarteto de Cordas N.º 3, KV 156 W. A. Mozart - Quarteto de Cordas N.º 19, KV 465, Dissonância
Anzhela Akopyan, violino Daniela Radu, violino Sérgio Sousa, viola Ana Cláudia Serrão, violoncelo
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