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Cinema · Captura #22: 'La dialectique peut-elle casser des briques?', de René Viénet

Cinema · Captura #22: "La dialectique peut-elle casser des briques?", de René Viénet

Exemplo definidor, a par dos filmes de Guy Debord, de uma cinematografia situacionista, e das possibilidades do détournement enquanto estratégia subversiva, "La dialectique peut-elle casser des briques?" explora, com o humor cáustico a que associamos as manifestações político-artísticas deste movimento, a relação entre palavra e acção, entre um discurso hegemónico e as possibilidades de o sabotar.

Partindo do universo da Série B (neste caso, um obscuro filme de kung-fu entitulado "The Crush", de Doo Kwang Gee), trabalha-se sobre a dobragem do som, e consequentemente, sobre a capacidade de contaminar o discurso com as sementes da confusão. Carregado de referências ao contexto da época, como seja o combate entre os burocratas e aqueles que procuravam a implosão do Estado, das suas estruturas e dos mecanismos linguísticos em que assenta, em parte, o seu domínio e a sua legitimação, é um filme cuja relevância vai para além desse momento histórico.

Embora algumas destas estratégias tenham entretanto sido assimiladas e reconvertidas sob o prisma do pensamento dominante, e diluídas em inúmeras manifestações da cultura popular contemporânea, o radicalismo da sua origem, assim como a simplicidade da sua concretização, são razões mais do que suficientes para revisitarmos, e repensarmos, este clássico do underground.

> Realização: René Viénet
> Ano de lançamento: 1973
> País de realização: França

> Duração: aprox. 83 min
> Língua: francês (legendado em inglês)

> Excerto: https://www.youtube.com/watch?v=pL_re1AKc8o


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> Organização: Prisma
> Produção: Prisma, com apoio do Ateneu de Coimbra
>>> Programa: Manuel Pereira
> Materiais gráficos: Prisma, Guilh\otina
> Documentação: Prisma


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Captura
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Pretende-se um programa com propósitos bem definidos: o relacionamento com espaços de resistência, um esforço de reflexão social e estética, um cinema comprometido com o diálogo.

Cinema directo, cru e frontal, avesso ao preciosismo inconsequente ou ao refinamento supérfluo. A câmara como extensão do homem, esclarecida e corajosa.

Contra a homogeneização forçada do cinema, o resgate de obras invisíveis assume-se como acto de luta. Urgentes, cada vez mais, as estratégias para fintar estruturas e ideias dominantes tendo em vista um cinema verdadeiramente livre.

Os filmes, os autores, os públicos, sobreviverão aliando-se na construção de percursos alternativos, que a história oficial do cinema se encarrega de obscurecer.


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AGENDA (JAN-JUL 2015)


Janeiro
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17 (sáb) · 17h00 · Sede do Ateneu de Coimbra
Cinema · Captura #22: "La dialectique peut-elle casser des briques?", de René Viénet
https://www.facebook.com/events/797347693670948


Fevereiro
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1 (dom) · Teatro de Bolso do TEUC
Concerto · Live Low

21 (sáb) · 17h00 · Sede do Ateneu de Coimbra
Cinema · Captura #23: "Genèse dun répas", de Luc Moullet


Março
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21 (sáb) · 17h00 · Sede do Ateneu de Coimbra
Cinema · Captura #24: "Obyknovennyy Fashizm", de Mikhail Romm


Abril
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17 (sex) · 23h59 · Teatro de bolso do TEUC
Cinema · Sessão da Meia-Noite II

21 (ter)
Concerto · Fabrizio Testa


Maio
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15 (sex) · 23h59 · Teatro de bolso do TEUC
Cinema · Sessão da Meia-Noite III


Julho
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3 e 4 (sáb e dom)
Cinema, concertos, performances, feira · Derrube III + Feira Bastarda III
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