21:30 até às 00:30
Ciclo de Concertos para Salas Vazias#12 | Van Der | Serpente | Margarida Albino

Ciclo de Concertos para Salas Vazias#12 | Van Der | Serpente | Margarida Albino

Ciclo de Concertos para Salas Vazias#12, no primeiro dia de Setembro. Avesso a rentrées e conceitos que fomentam todas as lógicas binárias: produz – descansa – produz – produz - produz. Descansar não como meio potenciador de conformidades contrárias à sua congruência originária, mas muito mais próximo de umas ‘Férias Permanentes’ no seu espírito, também ele, duradouro – o de descoberta, da procura de outros trilhos. Óbvio, que teria como corolário o convite a Van Der, jamais esquecer a pesquisa sonora que tem encetado nos últimos tempos, cujos exemplos mais recentes nos convocam para noites no Desterro e Damas, e Serpente, um dos múltiplos desdobramentos de Bruno Silva, num sempre excitante exercício de equilíbrio e desequilíbrio, tão transitório como a nossa existência. Referência especial para o filme de Margarida Albino - ‘Depth Wish’ - que como tão bem descreve João Eça – ‘Um poema sensorial’.

VAN DER | Van der é Vanderley Neves. Nascido em São Tomé e Príncipe e residente em Portugal desde o início dos anos 90, na Quinta da Victória, um bairro de "lata" na Portela de Sacavém, onde teve os seus primeiros contactos com a música de dança electrónica, nomeadamente o ‘Kuduro’. O interesse pela produção começou em 2009, sendo que no ano seguinte foi incentivado por um amigo a misturar por diversão, até que decidiu levar mais a sério em 2011, ano em que surgiu o primeiro convite para tocar ao vivo na antiga discoteca ‘Quanto Baste’ em Santarém e em seguida no também já extinto ‘Op Art’, em Lisboa. Desde então, está envolvido na cena local. É cofundador do coletivo Escuro, projeto lançado em abril de 2017 com o objetivo de contribuir com a cena techno local na cidade. O coletivo organiza seus próprios eventos e tem e colaborado com outros coletivos, promotores e clubes locais. Como DJ, Vanderley Neves é versátil tendo outros dois alter-egos(O-Drone e DJ Ôbo), sendo que como Van Der, frequentemente toca techno, explorando várias texturas dentro do género.

https://soundcloud.com/van-der | https://instagram.com/van.der17 | https://www.facebook.com/Vanderescuro | https://www.facebook.com/escurosound

SERPENTE | ‘Do já tio-desta-malta-toda Bruno Silva, que persiste em emergir, baralhar e voltar a dar a sublimação da batida - será também a sua primeira aparição neste formato em terras lusas, em 2023.’

http://serpente101.bandcamp.com/ | http://serpente101.bandcamp.com/album/parada-2

MARGARIDA ALBINO DEPHT WISH um filme de MARGARIDA ALBINO. 2021, PT, 11 min ‘O filme ‘Depth Wish’ - que é uma espécie de poema sensorial sobre a descoberta lúdica de um determinado espaço-tempo: uma praia, o mar - esquiva-se às significações discursivas, aos sentidos fechados, às determinações ontológicas e ideológicas precisas. É como se fosse um filme feito por alguém (e para alguém) que descobre o mundo pela primeira vez, que aprende a ouvir e a ver pela primeira vez. É esse lado alucinatório do seu filme que tanto me seduziu e que me deu vontade de escrever este texto que é mais uma tentativa de determinar e compreender os efeitos - estéticos, políticos, epistemológicos (e subjectivos ou intersubjectivos, se quiserem) - produzidos pelo próprio filme, enquanto gesto ou movimento que nasce do e se dirige ao próprio real através de um processo de desconstrução-reconstrução. Portanto, mais do que uma análise formal rigorosa do filme (que me pareceria um exercício demasiado ergonómico e enxuto para um filme dotado de tamanha liberdade imaginativa) pretendi pensar a importância de um cinema que nos faz reaprender a olhar e escutar o mundo, quebrando a normatividade da própria linguagem cinematográfica no sentido em que essa linguagem determina (e bem) os próprios modelos sensoriais e cognitivos do humano, funcionando cada vez mais (segundo a óptica do capital e do cinema dominante) como ferramenta de normalização e homogeneização. A dimensão lúdica deste filme remete-nos, pois, para um olhar exploratório, para o olhar de uma criança, em tudo o que as crianças se distinguem ainda do olhar funcional e mecânico - ou automatizado - do mundo "já-visto" dxs adultxs. Façam então um favor ao mundo e vejam este filme! [texto por Horácio Boavida]

Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android