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¿A Terra ainda é redonda?

¿A Terra ainda é redonda?

¿A Terra ainda é redonda?

Inaugura dia 5 de Julho, às 18:30, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, a exposição individual "¿A Terra ainda é redonda?" de Cristina Ataíde, com curadoria de David Barro.

¿A Terra ainda é redonda? Esta é a questão que a artista Cristina Ataíde nos propõe em que apresenta as diferentes dimensões da alteração da matéria.

A artista entrega-se às formas a partir de uma profunda consciência do tempo e do espaço, abraçando os seus ritmos. Nesta mostra, que apresenta várias obras criadas de propósito para o espaço da exposição, a artista ilustra a transformação que tem desenvolvido no contexto de uma observação atenta e cuidada da natureza mais crua.

Cristina Ataíde conseguiu definir o seu próprio estilo e linguagem como uma necessidade interior, gerando formas que se movem entre o topológico e o psíquico, através da incontornável apreciação da paisagem.

Na Sala dos fornos do MNAC, a artista apresenta-nos cerca de 40 obras de desenho, escultura e instalação que “envolvem” o visitante, criando fortes relações entre si e permitindo ligações entre o material e o espiritual, especialmente através da sua inquestionável imagem de marca, o uso inconfundível do vermelho.

Neste percurso, é quase como se implicitamente fosse pedido ao visitante que interaja com a própria exposição, e que ao mesmo tempo se sinta parte dela, no sentido em que as grandes dimensões das suas obras nos permite envolver com a matéria presente.

Mais informação sobre a artista em http://www.cristinataide.com/

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Cristina Ataíde ausculta as diferentes dimensões da alteração da matéria. Fá-lo entregando-se às formas a partir de uma profunda consciência do tempo e do espaço, abraçando os seus ritmos, de forma concentrada e com uma vocação pictórica contida que projeta, paradoxalmente, em obras de uma marcada presença escultórica. São obras que se baseiam na transformação, capazes de poetizar o tempo e suas circunstâncias, mas também de questionar criticamente o nosso lugar no mundo.

As obras de Cristina Ataíde têm contornos esquivos. Como num poema, a proposta do enigma permanece em movimento. Por isso, poderia dizer-se que, no seu trabalho, o possível treme. O pictórico é levado a uma situação limite, no desenho e na escultura, e o olhar traduz uma espécie de abismo que se apodera da experiência. Cristina Ataíde conseguiu definir o seu próprio estilo e linguagem como uma necessidade interior, criando formas que se movem entre o topológico e o psíquico, capazes de conter a amplitude e a espessura do ar, da terra ou da água. Os seus desenhos, de inconfundível cor vermelha, baseiam-se na sua condição tátil, que a artista consegue obter através de uma forma particular de trabalhar o pigmento em seco; parecem dominados pela pátina do desgaste, pela experiência do tempo, como se tentassem convocar-nos para uma intimidade sensorial.

Temos a mesma sensação ao chegar ao espaço expositivo do Museu do Chiado, onde algumas das nossas perceções são corroídas e se vêem envoltas por uma paisagem que deixa que a matéria se manifeste concebendo um lugar próprio, gerando diferentes graus de intimidade, que também são conduzidas a uma linguagem que se conjuga com uma cor, a qual funciona, em primeiro lugar, como uma escrita pré-verbal. Enquanto espetadores, situamo-nos na fronteira da perceção e do olhar, convertidos em observadores de uma espécie de respiração em que cada imagem física é acompanhada por uma imagem mental, onde cada pequeno detalhe atua como desencadeador.

David Barro, curador da exposição

Fonte: http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/programacao/2070
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