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Luís Vicente & Andrew Lisle ⟡ José Lencastre & Nuno Rebelo
Luís Vicente

Luís Vicente & Andrew Lisle ⟡ José Lencastre & Nuno Rebelo

Trompetista de referência para a composição do bonito mosaico jazzístico deste país, Luís Vicente tem trabalhado contínua e corajosamente faz mais de uma década a sua abordagem ao instrumento num processo público de inegável e merecido reconhecimento. Num crescendo de actividade, foi traçando o seu caminho com paciência, forjando alianças, acolhendo ensinamentos e nesse acto forjando uma linguagem múltipla de direções e formas, onde a capacidade técnica, escolar e vivida no terreno, se deixa contaminar pelo lirismo, pela exploração e técnicas mais ou menos extendidas, mais ou menos tradicionais, mas cada vez mais articuladas e suas. O périplo constante que o tem levado a tocar por toda a Europa e a crescente discografia são disso marca, numa rede de ligações que o levou a tocar com luminários como Hamid Drake ou William Parker e a estabelecer cumplicidades com músicos como John Dikeman, Vasco Trilla ou Onno Govaert e a erigir o seu próprio trio e quarteto, além de inúmeras formações mais ou menos estáveis com registos em editoras como a Clean Feed, NoBusiness, JACC Records ou Multikulti Project.

Com um percurso em sintonia com o de Vicente, o baterista Andrew Lisle vai calcando o seu lugar no legado do jazz e da música improvisada de Inglaterra. Antigo residente em Lisboa, foi aqui mesmo que arrancou com maior foco para uma trajectória de crescente cartografia, após conclusão do curso no conservatório de Leeds. Por cá, foi tomando pulso à cena improvisada e jazzística, com epicentro criativo vital na antiga loja da Clean Feed, amigando e tocando com várias das figuras que lhe dão valor e criando ligações que ainda hoje se mantém. Entretanto regressado ao seu país de origem por lá tem explorado a bateria enquanto instrumento de expressão rítmica e harmónica total, capaz de se entregar ao fogo libertador da fire music num vortex de rufos de tarola, batidas quebradas e uma noção de movimento contínuo tão livre quanto contemplada. Léxico rico e informado que o tem levado a tocar continuamente no Kodian Trio com Colin Webster e Dirk Serries, com John Edwards ou em diversas formações de John Dikeman. Encontra-se aqui com Vicente a marcar novo ponto de referência para o percurso de ambos. BS

José Lencastre é um saxofonista, improvisador,e compositor de Lisboa. Reconhecido músico versátil, tem tocado vários géneros musicais ao longo dos anos. Colaborações em palco ou gravação com Sei Miguel, Carlos Zingaro, Gonçalo Almeida, Albert Cirera, Rodrigo Amado,Pedro Branco Luís Lopes, Flak, Peter Evans, Susan Alcorn, John Dikeman, Bart Maris, Oriol Roca, Giovanni Di Domenico, Helena Espvall, Maria da Rocha, João Carreiro, Ziv Taubenfeld, Ernesto Rodrigues, Maria do Mar, Carla Santana, Zbigniew Kozera, Vasco Trilla, entre muitos outros. Entre 2012 e 2016 viveu no Brasil, onde teve a oportunidade de desenvolver o seu interesse pela vasta e rica cultura rítmica, melódica e harmónica de diferentes tradições, tais como o Choro, o Frevo, a Ciranda, etc. Durante a sua estadia em Pernambuco criou o grupo Inconsciente Colectivo, um trio de sax, teclas, e bateria, que tocava sobretudo composições originais. De volta a Portugal, forma o Nau Quartet com Rodrigo Pinheiro, Hernâni Faustino, e João Lencastre. Este grupo tem quatro discos editados até à data, todos eles muito bem recebidos pela crítica e pelo público, tanto em Portugal como fora. Em Novembro de 2019 é editado pela Clean Feed, “Live in Moscow” – registo de um dos concertos da tour que o grupo fez na Rússia no ano anterior. Tem tido a oportunidade de se apresentar ao vivo em vários países, tais como França, Alemanha, Inglaterra, Eslovénia, Sérvia, Rússia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Marrocos, Itália, Bélgica, e Espanha. Desde 2017, tem ido várias vezes à Holanda, e fruto desse encontro com músicos da cena free e improv de Amesterdão lançou juntamente com Raoul van Der Weide e Onno Govaert o album Spirit in Spirit – Live at Zaal 100. Um outro grupo fruto destas viagens é o trio SPOS com Miguel Petruccelli e Aleksandar Scoric. O album “Now…Spos!” Foi recentemente editado pela Phonogram Unit, editora que fundou em 2020 com outros amigos músicos. Em 2020 lançou Anthropic Neglect com Jorge Nuno, Felipe Zenícola e João Valinho. Este grupo tocou no ano seguinte no festival Jazz em Agosto, para uma lotação esgotada no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian. Em Setembro de 2021 é lançado pela Phonogram Unit o álbum “Thoughts are Things” onde o Nau Quartet convida Pedro Carneiro. Em Abril de 2022 apresenta o seu grupo Common Ground em estreia discográfica. O quinteto conta com a participação de Carlos Zingaro no violino, da pianista Clara Lai, contrabaixista Gonçalo Almeida,e do João Sousa na bateria. O album solo “Inner Voices” é lançado pela editora americana Burning Ambulance em Agosto de 2022.

Nuno Rebelo é um músico português que vem de um passado a tocar em bandas de pop-rock nos anos 80 como Mler Ife Dada, mas desde então virou-se para a música improvisada e experimental. Tocou com todo o tipo de artistas, tais como Peter Kowald, Kato Hideki, Shelley Hirsch, Gianni Gebia, Paolo Angeli, Massimo Zu, Damo Suzuki, Le Quan Ninh, Eric M, John Bisset, Philippe Aubry, Carlos Zingaro, Jean-Marc Montera, DJ Olive, Audrey Chen, Joan Saura, Agusti Fernandez, Xavier Maristany, Liba Vilavechia, Rodrigo Amado, Americo Rodrigues, Carlos Bechegas, Ernesto Rodrigues, John Zorn.

Fonte: https://zedosbois.org/programa/luis-vicente-andrew-lisle-jose-lencastre-nuno-rebelo/
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