"O infinito estrangeiro"
Se o estrangeiro é o Outro, o fora de mim, fora da norma e da tradição, o indiferente às minhas convenções (não necessariamente convicções), será o Eu diferente para ele? Num tempo diabolizado e totalitário, dividido entre os de bem e os outros, assim pornograficamente explícito nas redes sociais e nas ruas, com respaldo político, inclusive!, que espaço sobra para o Humanismo, aquele que se manifesta pelo infinito desconhecido? Num turbilhão de juízos rápidos sobre culpa e inocência, haverá lugar para o Eu não vitimizado e descrente na existência, esse fabuloso e tão absurdo castelo de areia? Pode o Teatro, finito a cada dia, ser lugar de encontro?
Com Alice Libório, Ana Brum, Luís Lobo Pimenta e Marcio Faria. Grafismo de Sérgio Brito Foto de Andrew Kemp Coprodução Teatro Municipal Baltazar Dias Projecto financiado por Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal do Funchal