FOTOGRAFIAS DE GEORGES DUSSAUD E EDUARDO PEREZ SANCHEZ
Movido pelo entusiasmo de quem tinha encontrado um mundo quase perdido e ainda intacto, e onde regressaria persistentemente, Georges Dussaud (Brou, França, 1934) chega pela primeira vez a Trás-os-Montes, à região do Barroso, por mero acaso, no verão de 1980. No mesmo período, concretamente entre 1983 e 1989, e não muito longe dali, também o catalão Eduardo Perez Sanchez (Barcelona, Espanha, 1950) registava pela fotografia os mesmos universos perdidos que encontrava nas suas incursões pelas aldeias do concelho de Valpaços.
Um e outro cruzavam-se com a realidade de um país que, vivendo já sem a tensão política e social dos primeiros anos da revolução de 1974, está ainda a acordar de uma longa e penosa ditadura de 40 anos. Quase cinco décadas depois, apresenta-se, em diálogo, um número significativo de fotografias a preto e branco que, de distintos modos e a partir de dois olhares exteriores, nos dão a conhecer Trás-os-Montes.
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