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DIÁLOGOS DO SUL: ACONTECE A SUL, SOBRE O SUL, COM PAISAGENS A SUL, com Alain Corbel, Selma Uamusse e moderação de Fernanda Almeida

DIÁLOGOS DO SUL: ACONTECE A SUL, SOBRE O SUL, COM PAISAGENS A SUL, com Alain Corbel, Selma Uamusse e moderação de Fernanda Almeida

18 de fevereiro│15h30 e 21h00 (próxima sessão 27/05)

Local: Biblioteca Municipal de Lagos
Org.: CM Lagos
Class. etária: M16
Participação gratuita, mas sujeita ao limite da lotação da sala. Inscrições previas através do telefone 282 767 816, página de Facebook da Biblioteca ou email biblioteca@cm-lagos.pt

15h30 – ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “A ÁFRICA DE ALAIN CORBEL”

Exposição de ilustrações, fotografias e trabalhos inéditos do artista bretão Alain Corbel, especialmente selecionadas para o encontro “Diálogos do Sul”. Patente ao público na Biblitoeca Municipal até 11 de março de 2023

16h00 – ÁFRICA, TONS E SONS. Selma Uamusse (artista) e Alain Corbel (ilustrador) à conversa com a jornalista Fernanda Almeida, RDP África

Neste diálogo, a harmonia acontece entre a música e as histórias oferecidas pela voz da moçambicana Selma Uamusse e as imagens e palete de cores do ilustrador e também contador de histórias bretão, Alain Corbel. Ambos encontraram em Portugal referências e recursos para iniciarem os seus percursos artísticos, percursos esses, onde a atmosfera africana não deixa de estar presente.

21h00 – SELMA UAMUSSE, TERTÚLIA MUSICAL

Um encontro artístico intimista de Selma Uamusse com a sua moçambicanidade e o património imaterial africano, cruzando tradição e modernidade. Uma música é um manifesto pela harmonia ao que nos rodeia, um olhar positivo sobre o mundo. Uma forma de luta e de esperança por uma sociedade mais livre, com mais amor.

BIOGRAFIAS:
Selma Uamusse é uma cantora moçambicana nascida em 1981, a viver em Portugal desde 1988. Estudou no Hot Clube de Portugal e criou em nome próprio os projetos Souldivers, Selma Uamusse Nu Jazz Ensemble e Tributo a Nina Simone, onde colaborou com Ana Bacalhau, Rita Redshoes, Marcia, The Legendary Tigerman, Luisa Sobral, Elisa Rodrigues, Gospel Collective, entre outros. Participou em discos e espetáculos de diversos artistas como Samuel Úria, Medeiros/Lucas, You Cant Win Charlie Brown, Joana Barra Vaz, Moullinex, Orquestra Todos entre outros. No último ano emprestou também o corpo e voz a projectos de teatro (“Ruínas” com encenação de António Pires e “Passa-Porte” de André Amálio), cinema (“Cabaret Maxime” de Bruno Almeida e “Fogo” de Pedro Costa) e nas artes visuais (instalação de Angela Ferreira). Em 2019 foi mentora e organizadora do movimento "Mão Dada a Moçambique", reunindo mais de 50 artistas e figuras políticas que contribuíram com a sua voz e presença no evento de angariação de receitas, transmitido pela RTP, para combater a catástrofe humanitária resultante da passagem do ciclone Idai, em Moçambique. Como artista musical, Selma Uamusse explora as raízes do seu país de origem, usando ritmos moçambicanos e letras em línguas nativas, com a utilização de instrumentos tradicionais como timbila e mbira, combinando tudo com eletrónica e com outras referências que espelham as suas diversas influências. O seu álbum de estreia, “Mati” (2018), que significa "água" em Changana (uma das três línguas mais faladas em Moçambique), produzido por Jori Collignon (dos Skip & Die), foi amplamente elogiado pela crítica nacional, tendo sido apresentado em diversos e prestigiados palcos nacionais e internacionais, num tour com mais de 60 concertos. O seu segundo disco, “Liwoningo” (2020), que significa luz em Chope (uma língua tradicional de Moçambique), produzido por Guilherme Kastrup, produtor premiado com um Grammy pelos álbuns “A Mulher do Fim do Mundo” e “Deus é mulher” da aclamada e também premiada Elza Soares, é um disco que acentua o património imaterial africano, de Moçambique, uma africanidade que continua a inspirar letras e melodias, mas que se mistura por esse mundo fora, em temas e arranjos, uns mais próximos da tradição do folclore, outros que vagueiam entre o eletrónico, o rock, o afro-beat e o experimental, mantendo sempre como lugar comum a potência do ritmo, da língua ou das sonoridades africanas, abrindo espaço para outras influências, da música portuguesa e brasileira.

Alain Corbel: Nasci na Bretanha e a minha relação com África começou realmente em 2001 com uma colaboração com o Pedro Rosa Mendes para o livro “Ilhas de Fogo”, a convite da ONG ACEP - Associação para a Cooperação Entre os Povos. A partir daí a minha relação com África foi-se aprofundando, e fui-me envolvendo em vários projetos artísticos e sociais nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Colaboro regulamente com a ACEP, uma ONG que edita livros, ensaios e uma revista, “Mundo Crítico”, para a qual fiz a primeira capa, encontrando-me agora a realizar um retrato do Amílcar Cabral para a capa do próximo número. Colaboro, também, há muitos anos, com várias entidades dos PALOPS, coordenando ateliês de Ilustração na Escola Nacional de Artes Visuais e Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, e na FONG- STP - Federação de Organizações Não Governamentais em São Tomé e Príncipe. Entre 2011 e 2014, organizei e coordenei “Unspoiled África”, um programa de estudos para levar jovens americanos para Cabo-Verde e São Tomé, e recentemente tive o prazer de ter a exposição, “O jardim dos Kongolotes”, na Casa da Cultura em Setúbal, cujo conteúdo tem a ver com África: obras 3D feitas em África e ilustrações para um livro de poemas do poeta cabo-verdiano José Luís Tavares. Ao nível da ilustração, coordenei o livro Notícias do Quelele, Bairro de Bissau” (2007); entre 2010 e 2012, coordenei e ilustrei os 2 livros do projeto de meninos de rua “Vozes de Nós”, os livros “Coup de theatre a São Tomé" e "Les poissons viennent de la foret", de Jean-Yves Loude, o livro "Lenin Oil", de Pedro Rosa Mendes, a revista Granta África”, e escrevi em 2003 o livro “A viagem de Djuku” ilustrado pelo Eric Lambé. A minha paixão de sempre pelos artistas "populares" proporcionou-me o encontro, em S. Tomé, com o Senhor Mascarenhas, mecânico já reformado, e tenho o plano de editar um pequeno livro com o seu trabalho. Apresentá-lo neste “Diálogos do Sul” será um dos meus desafios.

Fernanda Almeida, portuguesa, nasceu em Moçambique, em 1968. Licenciada em Ciências da Comunicação, pela Universidade Autónoma de Lisboa, é Jornalista da RDP África há vinte e seis anos, sempre na área cultural, e responsável e orientadora, na RDP África, dos estágios Curriculares do 1.º Ciclo da Licenciatura em Estudos Africanos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Atualmente produz, realiza e apresenta na RDP África os programas “Manual de Instruções” (programa semanal de entrevistas na área do voluntariado);“Escrever na água” (programa semanal sobre literatura Lusófona) e “Avenida Marginal” (conversas sobre questões fraturantes da nossa sociedade). Na Antena 1, modera o programa literário “Biblioteca Pública”, com os escritores Afonso Reis Cabral, Dulce Maria Cardoso e Richard Zimler e, de 2018 a 2021, moderou o programa “A Páginas Tantas”, com as escritoras Inês Pedrosa, Patrícia Reis e Rita Ferro. Extra Rádio, coordenou, de 2012 a 2015, o jornal cultural angolano “O Chá”, trabalhou na revista “Visão” (1993-96), colaborou em várias publicações e editoras, apresentou diversos eventos musicais e colaborou na peça de teatro “Os vivos, o morto e o peixe frito” do escritor angolano Ondjaki. Em 2022 foi distinguida com uma Menção Honrosa no Prémio de Jornalismo “Os Direitos da Criança em Notícia” pelas suas reportagens na RDP África “Uma escola, um novo futuro” e “Somos o que fazemos”.

Fonte: https://www.cm-lagos.pt/municipio/eventos/10641-dialogos-do-sul-acontece-a-sul-sobre-o-sul-com-paisagens-a-sul-com-alain-corbel-selma-uamusse-e-moderacao-de-fernanda-almeida
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