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“Nuno Gonçalves, Novos Documentos: O visível e o invisível na arte portuguesa do séc. XV”

“Nuno Gonçalves, Novos Documentos: O visível e o invisível na arte portuguesa do séc. XV”

Uma viagem no tempo, a intimidade com o processo criativo, a surpresa de descobrir novas figuras, são as propostas do Museu de Lamego para o próximo dia 18 de outubro. “Nuno Gonçalves, Novos Documentos: O visível e o invisível na arte portuguesa do séc. XV” é o título da conferência de José Pessoa que, a partir das 15h30, promete desvendar as diversas fases de execução do Políptico de S. Vicente, obra maior da arte portuguesa do séc. XV, cuja leitura vem provocando polémica desde sempre.

“Há mais de 100 anos que o Políptico de S. Vicente, obra maior da arte portuguesa do séc. XV, vem provocando intensas polémicas, arrastando não só historiadores de arte mas também quem, sem qualquer conhecimento nesta área, se deixou possuir por uma verdadeira febre, permitindo-se propor interpretações completamente fantasiosas. Agressões verbais e não só, revistas de Parque Mayer, falsificações e até, tristemente, um suicídio, tudo valeu no panorama de uma extensíssima bibliografia sobre a interpretação deste conjunto de painéis”, assinala o Técnico de Fotografia e Radiografia para a conservação de obras de arte do Museu de Lamego.

De facto, e apesar de algumas sondagens em radiografia no princípio dos anos 40, apenas em 1991 o então recém-criado Instituto Português de Museus decidiu criar um Grupo de Trabalho para o Estudo da Pintura Portuguesa do séc. XV, que veio, após dois anos de pesquisa, apresentar publicamente os resultados em exposição, em relatório publicado “Nuno Gonçalves, novos documentos” e em Congresso Internacional no Museu Nacional de Arte Antiga.

Este profundo exame científico, com o integral levantamento radiográfico, refletográfico, IR convencional, fluorescência do ultravioleta, entre outros, veio proporcionar aos investigadores muita e nova informação, constituindo um marco histórico na evolução da História de Arte em Portugal.

“Estes meios técnicos permitiram-nos surpreender o pintor nas diversas fases de execução, ver o que desenhou e pintou, que quis (ou foi forçado) alterar, e que nunca sonhou que algum dia seria tornado visível”, destaca José Pessoa.

É durante esta viagem no tempo, que terá lugar no próximo sábado, que serão analisadas quatro questões fundamentais: o autor, a leitura iconográfica e o tema, a identificação dos personagens e a datação, numa comunicação dirigida não só a especialistas, mas também a todos os que se interessam por arte e cultura portuguesa. A entrada é livre.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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