Dia 13 de Janeiro às 21h30 Entrada: 6€ (4€ sócios) Bilhetes disponíveis em: http://www.seetickets.com/
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Yaw Tembe: trompete e voz Sebastião Bergmann: bateria André David: guitarra Pedro Monteiro: contrabaixo David Menezes: percussão Francisco Menezes: saxofones André Murraças: saxofone tenor
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Continuando a exploração da síncope, da palavra e da melodia em diálogo com a cultura urbana e as tradições rítmicas originárias de África e da sua diáspora, Gume regressa às edições com o novo disco intitulado Dobra.
O conjunto de músicos sediados em Lisboa manifesta aqui uma relação entre o real e o simbólico, balançando em direção a uma mitologia sonora em temas que ressoam os axiomas lançados por Sun Ra: “I do not come to you as a reality; I come to you as the myth!”
A trama resultante de motivos melódicos e células rítmicas entrelaçadas por improvisações, estabelecem material fértil para a criação de novas narrativas que se intersectam através da revisitação de formas tradicionais como a rumba cubana, o maracatu brasileiro, o rara haitiano, o jazz e o rap norte-americanos.
Com o trabalho iniciado em Pedra Papel, álbum de estreia de 2017, onde o groove se posiciona num balanço entre uma cosmologia particular, o psicodelismo e a tradição, seguimos com Dobra num exercício de constante posicionamento e observação, colocando lado a lado as tradições folclóricas rítmicas e orais e suas atualizações em múltiplas ramificações e transformações.
Ao longo deste novo disco somos confrontados com a dualidade e com sistemas de oposição entre o movimento frenético dos ritmos e as formas voluptuosas das melodias ou de arranjos lentos que seguem harmonias tonais e dissonantes na busca de um delírio comum através dos opostos.
Dobra é uma ode ao paradoxo, à multiplicidade, à simultaneidade, à pele como fronteira que respira.
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https://www.rimasebatidas.pt/gume-nos-estamos-a-pegar-em-musica-africana-da-diaspora-da-america-toda-isso-levanta-sempre-questoes-politicas/ https://youtu.be/AxPh_bJxadw https://linktr.ee/gumemusic