19:00 até às 19:30
ALEXANDRA DO CARMO | Studio Socialis

ALEXANDRA DO CARMO | Studio Socialis

Studio Socialis analisa as representações sociais do atelier do artista e interroga sobre os limites físicos e operacionais que separam, ou pelo contrário conectam, a arte e outras formas de atividades criativas e profissionais. Através de uma metodologia de pesquisa de campo que envolveu a realização de uma série de entrevistas com vários profissionais nos respectivos locais de trabalho, do Carmo reúne múltiplos pontos de vista de indivíduos fora do mundo da arte e constrói através destes um retrato coletivo de atelier do artista. A referência espacial para o estúdio torna-se um dispositivo que acciona ideias sobre a natureza do trabalho do artista, entendido num sentido mais amplo, e sobre seu /sua contribuição para a sociedade. Do Carmo procura detectar as oportunidades de colaboração com os entrevistados, trazendo inclusivamente à conversa a tentativa de criar projetos hipotéticos com estes. Neste caso, seriam os entrevistados co-criadores do trabalho? Se sim, quais são as consequências artísticas e éticas? Será a ideia de atelier de artista um conceito nómada que pode ser activado em qualquer espaço apropriado pelo artista, seja este uma cozinha de um restaurante, um laboratório científico ou um escritório de um psiquiatra? 

Estes encontros são transformados em dois vídeos cada um com sua série de desenho correspondente: no Documento n º 1 mostram-se os espaços de produção das pessoas entrevistadas (laboratório, escritório, garagem et al.). Neste trabalho os entrevistados discutem o estúdio do artista ideal (e a partir do qual corresponde um desenho); no Documento n º 2 os entrevistados são mostrados a discutir uma possível colaboração com o artista. 

Excertos seleccionados a partir de entrevistas captadas são impressas na parte inferior do papel nos desenhos, cada uma paralela aos trabalhos em vídeo. Figuras com rostos emergem do campo em branco do papel, situado acima dos textos, espelhando por vezes nos olhos as relações entre artista / entrevistado / estúdio descrito no texto impresso abaixo, enquanto que noutras vezes, mantêm-se vazios tornando-se num espaço em branco para ser preenchido pelo espectador.


Studio Socialis examines the social representations of the artist's studio and interrogates the physical and operative boundaries that separate or, on the contrary, connect art with other forms of creative and professional activities. Through a methodology of field research that involved conducting a series of interviews with various professionals in their working environments, do Carmo assembles multiple viewpoints from individuals outside the art world, constructing a collective portrayal of the artist's studio. The spatial reference to the studio becomes a device that triggers ideas about the nature of the artist's work in a broader sense and about his/her contribution to society. Do Carmo seeks to detect the opportunities of collaborating with her interviewees by bringing up hypothetical projects with them. In this case, would the interviewees become co-creators of the work? If so, what are the artistic and ethical consequences? And is 'the artist´s studio' a nomadic concept that can be activated in any space appropriated by the artist, whether it is the kitchen of a restaurant, a scientific laboratory or a psychiatrist's office?

These encounters are transformed into two video works, each with their corresponding drawing series: in Document #1 the production spaces of the interviewed persons are presented (laboratory, office, garage et. al.) with the interviewees discussing their ideal artist studio in the audio track (and from which the present donated drawing is derived); in Document #2, the interviewees are themselves shown discussing a possible collaboration with the artist.  

Verbatim excerpts selected from the video interviews are printed at the bottom of the paper in the drawings, becoming a parallel to the video works.  Figures of heads emerge from the blank field of the paper above the texts, with their eyes at times mirroring the relations between artist/interviewee/studio described in the printed text below, while at other times, remaining empty, a blank space of potential to be filled by the viewer.
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