17:00 até às 19:00
Je t´Aime Goya, Moi Non plus Alba - Magali Candeias

Je t´Aime Goya, Moi Non plus Alba - Magali Candeias

Sala da Nora De 3ª fª a domingo, das 14h às 19h Entrada gratuita Inauguração no dia 3 às 17h

“If there are many worlds, the collection of them all is one. Multiple alternatives and versions to a single actual world. And these versions are each one´s world”.

“Je t´Aime Goya, Moi Non plus Alba” apresenta trabalhos recentes, ao lado da série Solo Goya, na interpretação da obra The Black Duchess, de 1797. O uso de texturas foi dando lugar a processos de pintura, mantendo a relação com a estética do suprematismo de Malevich, na intenção de remover da tela, toda e qualquer representação do mundo exterior. A figura ganha relevância em detrimento do cenário envolvente, para marcar a forte presença de Alba, através de jogos de construção e desconstrução da forma. Nas obras iniciais o suprematismo também se traduz na representação subjetiva da figura de Alba. O significado é traduzido pela pura supremacia das emoções. A simbolização, nestes trabalhos, serve como propósito cognitivo e metafórico pelo modo como dá forma ao mundo e, pela forma como o ordena. Fazer versões consiste tanto em separar como agrupar, fazer a divisão do todo em partes, através de estudos que funcionam como trabalhos, ou através de processos técnicos de transferência. A variação sobre o tema, permite ao espetador avançar no conhecimento, interpretando e construindo inúmeras versões possíveis a partir de uma obra, já por si, alterada. Ao mesmo tempo, há nestas obras, e em quase todos os meus trabalhos, uma atribuição de papéis, onde interligo figuras marcantes do passado, normalmente rainhas ou figuras soberanas de diferentes períodos da história, às quais atribuo um papel imaginário, conectando-as com outras figuras do passado ou do presente, onde se podem interligar em aspetos simbólicos da personalidade. Há como que uma projeção no presente, dessas personagens históricas, e isso permite uma exploração plástica infinita, através de jogos metafóricos que fazem a ligação com pessoas de épocas distintas, em que um, pode incorporar o outro ou pode haver simplesmente uma interligação no tempo e no espaço em direção ao futuro, pois as obras desta coleção nunca se esgotam. Identificamos a presença dessas pessoas através de símbolos. Embora a figura de fundo principal seja a de Alba, vou associando a esta, mulheres igualmente arrojadas e pioneiras na época em que viveram. Essa presença não é evidente, está antes de mais camuflada num sistema de códigos, como por exemplo, na letra de uma canção. A obra não se apresenta como um dado em si mesmo, finalizado, mas como algo exposto à capacidade de experimentação e transformação constante. Nesta medida, cada obra é um work in progress, e nenhuma visão poderá ser entendida como única, uma vez que a obra só se constitui – e simultaneamente se desconstrói, pela multiplicidade de visões. Em recentes trabalhos, tenho vindo a introduzir elementos relacionados com a moda e com a soberania, que ajudem a recriar sucessivas identidades espelhadas nas figuras que escolho incorporar. Arte e moda sempre estiveram ligadas, muito para além de planos geográficos e temporais. Comecei a trabalhar essa ideia, através da diluição da personagem com referências ligadas à moda e marcas contemporâneas. Aos poucos, surge a necessidade de abandonar a ideia do fundo branco, para explorar esse conceito, através de símbolos icónicos e referências culturais. A finalidade é criar uma linguagem estética como um estímulo constante ao pensamento e como um convite à participação do recetor (espetador), em que cada um, na sua mente, gera uma ideia que vai culminar num discurso linguístico contemporâneo, construído na medida em que vai sendo acrescentando algo a um discurso iniciado nas obras. Magali Candeias.

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