Dura Dita Dura é a história de um menino, o Baltazar, que cresce algures, numa terra perdida de um Portugal esquecido, mas apertadamente vigiado e auto-vigiado. Baltazar é mudo, mas não surdo. A sua vivacidade de menino fora do baralho conflitua manifestamente com o obscurantismo que caracteriza o Portugal dos pequeninos. Baltazar é o escândalo do silêncio num país silenciado. Mas não se escolhe o lugar, nem o tempo, em que se nasce.
Este é um espetáculo de marionetas, para todas as idades, que fala sobre o terror mudo que reinou durante meio século num país em que as paredes tinham ouvidos.
texto e canção Regina Guimarães encenação, cenografia e marionetas Igor Gandra música original Michael Nick fado/canção Ana Deus interpretação Igor Gandra desenho de luz original Rui Maia e Teatro de Ferro fotografia de cena Susana Neves adaptação, montagem e operação de luz Mariana Figueroa operação de som Carla Veloso direcção de montagem Eduardo Mendes produção Teatro de Ferro co-produção FIMP, Festival Escrita na Paisagem, FIMFA Lx9
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