Arturo ESCOBAR (UNC-CH) e Marisol DE LA CADENA (UC Davis)
Moderador: Gonçalo Santos (CIAS / Sci-Tech Asia / Universidade de Coimbra)
Terricídio, um termo cunhado por mulheres Mapuche, nomeia a época atual da Terra: uma em que alguns humanos possuem agora a capacidade de destruir o mundo através de suas ações. Apesar de se relacionar com nomenclaturas científicas e feministas da mesma época, o terricídio coloca explicitamente em primeiro plano as ações de mundos que não se submetem à divisão ontológica entre natureza e humano em sua defesa contra a destruição. Os atores nas histórias do que chamamos o "antropo-não-visto" (anthropo-not-seen) não são nem humanos nem natureza mas ambos simultaneamente; eles pluralizam tanto o "humano" quanto a "natureza" tornando-os não apenas o mesmo. Propomos a noção de zonas de contato pluriversais como uma analítica contra o terricídio, uma analítica que proporciona alianças políticas através das mesmas divisões onto-epistêmicas que fizeram o Antropoceno. Os "direitos da natureza" podem ser uma dessas zonas de contato, um sítio onto-epistêmico para alianças que podem transformar a atual destruição Antropocénica-Capitalocénica do planeta - o terricídio - numa oportunidade de transição para o que os Zapatistas chamam de "um mundo de muitos mundos".
Parque Horário: 18:00 (UTC + 1, Hora de Lisboa) A sessão será em Inglês Evento online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através deste link
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