16:00 até às 18:00
MárioBonito.1OOanos | A experimentação do moderno

MárioBonito.1OOanos | A experimentação do moderno

Grátis
MárioBonito.1OOanos
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Mário Bonito: A experimentação do moderno
exposição
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Casa das Artes - Porto
6 NOV - 31 DEZ
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inauguração
6 NOV, 16:00
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“(…) entre o cinema e a arquitetura há de comum o mesmo que entre a arquitetura e a música, o mesmo que entre esta e a pintura ou entre a pintura e a arquitetura: seja, pois, um conjunto de circunstâncias de ordem temática e técnica e sempre de ordem económico-social” (Mário Bonito). 

“Produzamos de cada vez mais arquitetura moderna e deixemos aos historiadores o cuidado de lhe dar o nome. A arquitetura como expressão cultural e como forma de arte deve evoluir naturalmente e não pode ser guiada, nem por éditos nem por dogmas. O desenho, desenho do nosso tempo, não trás estilo. Trás solução de problemas modernos em termos modernos” (Mário Bonito). 

Mário Bonito (Porto, 1921 – Lisboa, 1976) foi um homem multifacetado, que viveu intensa e apaixonadamente entre o trabalho artístico e a reflexão política e sociocultural, perseguindo o projeto de uma sociedade portuguesa moderna e progressista.  A sua prática contempla uma participação ativa no processo de transformação do ensino na ESBAP nos anos 50; uma forte ligação ao cinema, tanto na crítica/debate como na divulgação, com uma participação decisiva no Clube Português de Cinematografia – Cineclube do Porto (1950 a 1962); uma atuação e prática empenhada no teatro, através do Círculo de Cultura Teatral – Teatro Experimental do Porto, (1960 a 1962). No que se refere à sua obra arquitetónica construída, assente num processo de desenho informado e numa consciência critica ímpar, destaca-se a experimentação formal e tipológica das propostas, pelo diálogo com a cidade em criterioso discurso com as premissas defendidas pelos protagonistas do Movimento Moderno europeu.

Associando-se à celebração dos 100 anos de Mário Bonito, a Casa das Artes – Porto acolhe a exposição “Mário Bonito: experimentação do moderno”, que dá a ver, pela primeira vez, o percurso artístico do arquiteto/artista multifacetado e oferece uma leitura atualizada da sua obra e do seu significado para a disciplina da arquitetura e, sobretudo, para a leitura da sociedade contemporânea. 
A exposição exibe de forma concentrada a obra do arquiteto/artista, ao cobrir, tanto cronológica como tematicamente, todos os aspetos da sua criação polifacetada, escrita e desenhada, tanto na arquitetura como no cinema e no teatro: a arquitetura, a cenografia, a obra gráfica, o desenho de mobiliário, o desenho de programas e revistas, a ilustração de livros infantis, a escrita informativa e a escrita de reflexão e crítica. 
Apresenta uma seleção das obras fundamentais e representativas da sua prática(s) que dão a ver o fio condutor do seu percurso profissional e cívico. Este é documentado por um conjunto de material arquivístico, proveniente de espólios de instituições públicas e de coleções privadas, a quem se deseja agradecer a colaboração e cedência de material, sem o qual a exposição não se havia concretizado: Arquivo Histórico Municipal do Porto – Câmara Municipal do Porto, Arquivo Alfredo Pimenta – Câmara Municipal de Guimarães, Centro de Documentação de Urbanismo e Arquitetura – Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Teatro Experimental do Porto, Cineclube do Porto, Família e Amigos de Mário Bonito. 
Complementam estes documentos, interpretações contemporâneas propositadamente concebidas para a exposição, que tomam a forma de um olhar mnemónico pelo estúdio “okdraw”, de Hugo Ferreira e Pedro Teixeira, e de fragmentos cognitivos produzidos pelo projeto “atlante” de Francisco Ascensão e Luca Bosco.

Os diversos dispositivos da exposição procuram aprofundar o desejo de inteligência, presente no desenho e na escrita de Mário Bonito. Esta tradição do desenho, onde “A arquitetura resulta de um misto de intuição e de conhecimentos técnicos” (Mário Bonito) estará enraizada na pedagogia de uma comunidade escolar – ESBAP/FAUP – que se abriu à sociedade, a partir dos anos 50, para nela tentar encontrar as respostas às suas necessidades latentes – a afirmação do ensino moderno – e a partir do qual construir um corpo disciplinar disperso e intermitente, mas que sem as diversas colaborações e os respetivos contributos, entre os quais o de Mário Bonito, não haveria o hoje e sobretudo o amanhã.

“Mário Bonito: experimentação do moderno” inaugura a 6 de novembro, pelas 16 horas, e prolonga-se até ao final do ano 2021. A inauguração contará com Testemunhos do Moderno Portuense, por Domingos Tavares, Pedro Ramalho e Sérgio Fernandez, que evocam Januário Godinho, Arménio Losa e Alfredo Viana de Lima, respetivamente.

+ INFO: www.mariobonito100anos.com

Organização: Matéria. conferências brancas em parceria com Casa das Artes - Porto
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