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Paraíso

Paraíso

Começou por ser um mergulho na memória do realizador Sérgio Tréfaut, que nasceu no Brasil e deixou o país quando era adolescente, voltando após quatro décadas de ausência. Filmado nos jardins do Palácio do Catete, no Rio, antiga sede do governo brasileiro e hoje Museu da República, onde todos os dias, ao cair da tarde, mulheres e homens quase centenários, “pessoas anónimas e verdadeiras estrelas por quem o tempo não parecia ter passado, verdadeiros sobreviventes de um outro Brasil”, como diz Tréfaut, se reúnem para cantar antigas canções de amor, o filme, as vidas e as canções dos seus intérpretes foram subitamente interrompidos pela pandemia. Alguns ainda cantam.
Outros foram levados pelo vírus.
Eu nasci no Brasil e deixei o país quando era adolescente. Voltei após mais de 40 anos de ausência. Procurei reencontrar o que ficou de um país que eu guardava na memória. Filmei nos jardins do Palácio do Catete. Pouco antes da pandemia. Sede do governo brasileiro até a construção da nova capital, mais conhecido como local fatídico onde o presidente Getúlio Vargas pôr fim à vida, o Palácio do Catete é hoje Museu de República. Até março de 2020, costumava receber nos seus jardins uma população encantadora de náufragos. Pessoas por quem o tempo não parecia ter passado, verdadeiros sobreviventes de um outro Brasil. As personagens deste filme são simultaneamente anónimas e verdadeiras estrelas. Brilham com uma luz especial, que atravessa gerações. Reuniam-se todos os dias para cantar e partilhar o seu amor pela vida. Tinham entre 80 e 100 anos e cantavam para ser mais felizes. Algumas ainda cantam. Outras foram levadas pela pandemia. Paraíso é o retrato de um país que se apaga. Sérgio Tréfaut

Local auditório TAGV
origem Portugal, Brasil

Fonte: https://tagv.pt/agenda/paraiso/
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