19:00 até às 21:00
Mr. Bubble @querotenasdocas

Mr. Bubble @querotenasdocas

É importante falar do local onde pensamos e criamos a nossa arte, o meu contexto de vida interfere na forma como desenvolvo a minha arte. Durante 3 anos vivi na cidade de Tomar que em todo o seu redor é campo, foi lá que iniciei os meus estudos artísticos e onde encontrei uma orientação, um sentido e um fio condutor para o meu trabalho. Da existência humana faz parte integrante a transformação, a mundança, o desejo, o sonho em sua insatisfação...

Sinto um grande prazer em pensar no amanhã e perceber o quão distante estou do que ele me vai trazer; é-me impossível antever cada acontecimento, esta infinidade de possibilidades fornece-me energia para continuar. Para além da poética o meu trabalho tem um carácter visualmente pobre e cru contudo, creio que dá a possibilidade de ser poderoso no imaginário pessoal de cada um de nós.

    A musica sempre esteve na minha vida mas sempre como plano de fundo,  mais tarde o universo me fez afastar um pouco das práticas artísticas mais materiais passando há música e ao espaço público. Eu precisava de viajar e de sair da rotina, do lugar onde agia e habitava, comecei a produzir som eletrónico na rua e pouco a pouco sentia uma existência com a minha produção criativa mais próxima das pessoas e me realizava muito mais. com uma mochila pequena só com materiais eletrónicos e analógico , sem dinheiro fiz 5 paises em 7 meses estive a tocar em ocupas anarquistas, espaços sociais, bairros, esplanadas de cafés, casas privadas florestas, autocarros, metros, espaços autorizados, espaços não autorizados e em comunidades rainbows. A energia da música levou-me a uma experiência itensa, com base na experimentação e improvisação entre o analógico e o electrónico através de um pequeno orgão, uma loopstation Boss Rc-30 de um canal e um korg volcabeat, korg volca keys tento produzir um corpo de sons secos ou melódicos progressivos, com spoken words, beatbox e uma melódica defsafinada. Desejo e procuro  alcançar um espaço intimo e imagético em cada um dos ouvintes ao som da sua produção que vai do jazz, acid rock, hip hop e sons do mundo, experimental , a minha música é orgânica muda de frequência consoante a hora e a quantidade de publico, é um cowork constante, tenho um alfabeto , mas é sempre na base do improviso. Procuro que o som seja  uma mensagem visual sem um ponto de vista politico ou moralista a ideia é imaginar uma bolha protectora por instantes das grandes catástrofes, massacres, guerras opressões que o mundo global nos faz questão de apresentar , por instantes eu partilho a minha bolha.
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