18:00
Queer Fest

Queer Fest

Direcção artística/programação: Rui Eduardo Paes e Maria do Mar

Co-produção: Cultura no Muro, Casa Independente e SMUP

Apresentação

A cruel ironia destes dias que vivemos assim o determinou: a segunda edição do Queer Fest vai realizar-se nas mesmas circunstâncias que foram as da estreia deste festival em 2020. Distanciamento físico, lotações máximas, impossibilidade de obter apoios financeiros e poucos recursos são, novamente, o contexto, apesar do alívio proporcionado pela vacinação contra a Covid-19. Neste tempo que passou e neste tempo em que estamos tudo se tornou urgente, a começar pela necessidade de vivermos as nossas vidas por inteiro. Para uma pessoa queer, viver é, muito especialmente, também lutar pelo seu lugar de presença, pelo seu lugar de fala e pelo seu lugar criativo, artístico, estético. Se no ano passado o significado político do Queer Fest foi enorme, por maior força de razão sê-lo-á ainda mais em 2021: organizar um evento cultural queer não poderia, nas presentes condições, ser um acto mais interventivo, de resistência, de protesto, de activismo.
Por isso o Queer Fest insiste, contrariando inclusive a presente “moda” do cancelamento cultural: quanto mais vemos o tapete a sair-nos de debaixo dos pés, melhor entendemos que é necessário mostrar a todes o quão rica, importante e de grande qualidade é a arte queer em Portugal, nas suas variadas manifestações. Damos uma especial atenção à música, à performance, à literatura e às artes plásticas, mas não as tomamos como exclusivas. E prezamos a conversa, o debate de ideias, porque sem um pensamento queer partilhado não pode haver acção concertada. Bem-vindes a esta festa em que celebramos o direito a existirmos e a criarmos tal e qual o que/como somos. Vai fazer toda a diferença.

Bilhetes disponíveis em https://www.seetickets.com/pt/tour/queer-fest, na secretaria da SMUP (2ª a 6ª das 15h às 19h, encerra aos feriados), e também no próprio dia à porta (caso não esgotem antes do evento).

Reservas exclusivas para sócios da SMUP em reservas@smup.pt. Cada sócio tem apenas direito à reserva de um bilhete, os restantes bilhetes deverão ser adquiridos nos canais alternativos.


PROGRAMA:

** nota: os espectáculos de Maria Bruxxxa e de Rezgate foram cancelados. Teremos connosco o projecto de Daniel Machado Mendes.

Mostra de arte queer - Piso 1
Curadoria: Vítor Serrano

Com foco no cartaz como forma de propagação, acessibilidade e disponibilização de informação, o Queer Fest apresenta nesta sua edição uma mostra de arte directamente relacionada com o tema “Queer Q?”, o dos debates incluídos no programa. Aes artistas participantes pediu-se uma abordagem livre e individual que nos defina enquanto movimento e enquanto pessoas queer em acto de reivindicação dos nossos próprios corpos. O objectivo é que todos os trabalhos expostos sejam disponibilizados para venda, em registo de benefit, com as receitas a reverterem para próximas edições do festival. A exposição culminará com uma iniciativa de activismo: queremos ocupar as ruas com cartazes, assim espalhando a palavra.


18h00 - Performance / Leituras: 

Mário Afonso
Com formação nas áreas da dança e da dança-teatro, Mário Afonso enquadra as suas performances a solo num persistente trabalho que cobre a «vasta área do fazer e do pensar», sempre relacionando o corpo com o espaço e o tempo e o “eu” com os outros e com os ambientes sociais, estes de algum modo dando forma ao, apesar disso, solitário acto criativo. Estreia no Queer Fest de uma nova obra do artista, “Framework”.

Teresa Coutinho
A responsável pela programação do Clube dos Poetas Vivos, iniciativa que tem levado a poesia de autores contemporâneos (ela própria incluída) ao palco do Teatro Nacional D. Maria II, tem já um amplamente reconhecido percurso como actriz, encenadora e dramaturga. Activista pelos direitos dos trabalhadores da cultura, é um membro proeminente da Acção Cooperativista.



19h30 - Concertos:

Gael de Papel (Prémio Open Call Amoras Silvestres)
Concerto de artista escolhide pelo júri da Open Call Amoras Silvestres, de que o Queer Fest foi um dos parceiros com Uma Ova, Casa Independente e Hysteria. A iniciativa de incentivo e promoção de projectos queer emergentes foi apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Circuito Lisboa e decorreu entre Abril e Maio do corrente ano. Uma voz, uma guitarra e um violoncelo num projecto que parece de folk, mas abre-se a outras referências e horizontes de estilo e tem uma sólida mensagem cívica.

Mara Nunes
Regressada de Londres, onde viveu como imigrante, a cantora e teclista por cá descoberta com o videoclip de “O Encontro”, canção sobre o amor lésbico, vem desenvolvendo um trabalho em que R&B, soul, dancehall e jazz se misturam e confundem. Em paralelo, tem actividade como actriz no teatro musical, e essa particularidade reflecte-se na sua postura de cena. Do confinamento saiu o tema “I Do it Better”, sobre o mau que é termos relacionamentos tóxicos.

Sofia Queiroz Orê-Ibir
Contrabaixista com actividade nas áreas do jazz, da improvisação e da música de cena, em especial no teatro. Colaborações com o Teatro da Terra, nos espectáculos “Ermelinda do Rio - Nocturno para Voz e Concertina”, de João Monge, e “Sonho de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, ambos com encenação de Maria João Luís. Entre outres, tocou com José Peixoto, Joana Guerra (“Chão Vermelho”) e Maria do Mar. Com formação clássica, utiliza frequentemente a electrónica em associação com o seu instrumento.


Queer Fest DJ set
DJing de fecho do Queer Fest 2021, conduzido pela sua própria equipa.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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