Dez anos depois do desaparecimento de Raúl Ruiz, o Cinema Nimas celebra o cineasta com a exibição de oito das suas obras mais tocantes.
Raúl Ruiz começou no teatro de vanguarda no Chile, a sua terra natal, destacando-se internacionalmente com Três Tristes Tigres (Leopardo de Ouro em Locarno), foi forçado ao exílio após o golpe fascista de 1973. Em França foi enfant terrible da vanguarda parisiense e um dos cineastas mais empolgantes e inovadores desde Godard. A forma como utilizou a luz permitiu recriar a realidade fílmica como um caleidoscópio.
Ruiz manifestou sempre uma grande “intimidade” com alguns dos maiores escritores/pensadores de sempre e adaptou, entre outros, Proust (O Tempo Reencontrado), Stevenson (A Ilha do Tesouro), Pierre Klossovski (La Vocation suspendue e L’Hypothèse du tableau volé), Racine (Bérénice), Kafka (A Colónia Penal) ou Camilo Castelo Branco (Mistérios de Lisboa) – filmes que são referências absolutas na história do Cinema.
Ao longo da sua carreira, Ruiz criou uma grande cumplicidade com o produtor Paulo Branco, que teve início nos anos 80, trabalhando com ele em Portugal e em França. Foram dez as longas-metragens de Raúl Ruiz filmadas em Portugal, e quinze os seus filmes produzidos ou coproduzidos por Paulo Branco. Desses filmes, três passaram pela competição na Seleção Oficial do Festival de Cannes.
Programa:
O Tempo Reencontrado (1999) Sessão apresentada por Paulo Branco 19 agosto: 20h15
A Cidade dos Piratas(1983) 20 agosto: 19h
Genealogias de um Crime (1997) 21 agosto: 19h
Três Vidas e Uma Só Morte (1996) 22 agosto: 16h30
Klimt (2006) 23 agosto: 21h30
Aquele Dia (2003) 24 agosto: 19h
Combate de Amor em Sonho (2000) 25 agosto: 14h30
Mistérios de Lisboa (2010) Sessão apresentada por Paulo Branco e pelo elenco 25 agosto: 19h
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