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O Amor às 3 da Tarde

O Amor às 3 da Tarde

Em “L’Amour L’Après-Midi”/”O Amor às 3 da Tarde”, a escrita e a mise en scène de Rohmer, qualquer delas refinadíssima, fazem maravilhas num filme simultaneamente muito sério e muito divertido sobre o reencontro entre um homem pacato e casado e uma antiga amante livre e boémia. No seu livro sobre os “Seis Contos Morais” Marion Vidal observa: este filme é de certa forma a aplicação e o teste das teorias matrimoniais do herói, já expostas nos Contos anteriores. Os resultados são, no mínimo, surpreendentes.
Cinemateca Portuguesa
2020 foi o ano do aniversário de Éric Rohmer e a Leopardo Filmes anunciou que adquirira 20 filmes restaurados do realizador francês, para estrear em sala. Não foi possível levar a cabo esta operação, necessariamente extensa, devido ao fecho temporário das salas nos dois confinamentos. O ciclo propõe “Os Contos Morais” (longas-metragens) com a exibição dos filmes “A Colecionadora” (1967), A Minha Noite em Casa de Maud” (1969), “O Joelho de Claire” (1970) e “O Amor às 3 da Tarde” (1972), a partir de 19 de julho, no Teatro Académico de Gil Vicente.
2020 foi o ano do aniversário de Éric Rohmer e a Leopardo Filmes anunciou que adquirira 20 filmes restaurados do realizador francês, para estrear em sala. Não foi possível levar a cabo esta operação, necessariamente extensa, devido ao fecho temporário das salas nos dois confinamentos. O ciclo propõe “Os Contos Morais (longas-metragens) com a exibição dos filmes “A Colecionadora” (1967), A Minha Noite em Casa de Maud” (1969), “O Joelho de Claire” (1970) e “O Amor às 3 da Tarde” (1972).
Embora tenha começado a filmar ligeiramente mais tarde, Éric Rohmer (1920, França), era uma espécie de “irmão mais velho” entre os realizadores da nouvelle vague. Atraído pela literatura, foi primeiro professor e escritor, nos anos 50 passou a frequentar o meio cinéfilo, tal como o seu amigo Douchet, entre os cineclubes e as revistas de cinema, onde se reuniria o núcleo que mais tarde criou os Cahiers du Cinéma, que Rohmer chegou a dirigir. É quando deixa a direção dos Cahiers, a partir de 1963, que vai começar uma carreira ininterrupta dedicada ao cinema, com a série “Contos Morais”, rodados entre 1963 e 1972, a partir de um livro que escrevera mas na altura ainda não publicara (em Portugal está editado pela Cotovia), onde se incluem alguns dos seus filmes mais célebres, como “A Minha Noite em Casa de Maud” (1969), o filme que chamou verdadeiramente a atenção do público para o seu cinema, e “O Joelho de Claire” (1970).
A sua obra varia entre o clássico e o moderno, a literatura e o cinema, e explora as contradições entre a moral e o desejo (não, não é nem a vida de Rohmer, nem aquilo que ele pensa. Se há cineasta que sempre cultivou a dissociação entre autor e obra, foi Éric Rohmer, que afirmava: “As coisas que as personagens dos meus filmes dizem são elas que as dizem, não sou eu.”.
Era um cineasta da precisão, mas sempre aberto aos pormenores inesperados, que incorporava nas suas obras (no filme de André Labarthe, “Eric Rohmer – Preuves à l’appui”, Rohmer fala da enorme importância do acaso). E nunca deixou de experimentar, “oferecendo um verdadeiro espaço de luz a atores e atrizes que muitas vezes revelou: Françoise Fabian, Fabrice Luchini, Pascale Ogier, Marie Rivière, Arielle Dombasle…”, como escreveu Gabriella Trujillo no catálogo da retrospetiva integral que a Cinemateca Francesa lhe dedicou em 2019.
Na altura do seu desaparecimento, no Público, Luís Miguel Oliveira chamava-lhe “Cineasta da palavra, esteta dos sentimentos”, “um cineasta excepcional”, [cuja] obra é “um tratado [sobre a natureza humana]. Indispensável e inimitável”.
Medeia Filmes

Local auditório TAGV
De Éric Rohmer
Com Bernard Verley, Françoise Verley, Zouzou
Origem França, 1972
Cópia digital restaurada
Ciclo Éric Rohmer ou o Génio do Moderno Cinema Francês

Fonte: https://tagv.pt/agenda/o-amor-as-3-da-tarde/
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