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Antígona

Antígona

Antígona, filha de Édipo e Jocasta, aquela que amparou o pai cego no exílio, está de volta a Tebas onde os dois irmãos, Etéocles e Polinices, perderam a vida numa guerra fratricida. Ao saber que Creonte, seu tio e rei de Tebas, pretende deixar Polinices insepulto, Antígona insurge-se corajosamente contra a decisão do monarca, sabendo que poderá pagar com a vida a sublevação, embora ciente de que a sua posição poderá alterar relações de poder que parecem imutáveis.

A magnífica figura de devoção filial, piedade e bravura, encarnada por Antígona tem sido, ao longo dos séculos, inspiração para grandes dramaturgos, de Sófocles a Cocteau, sendo a peça do tragediógrafo grego a mais famosa, e aquela que sobe agora a cena no inspirador cenário do Teatro Romano de Lisboa, sob direção de André Murraças. Mas, o encenador terá tido outras razões para a encenar: é que esta Antígona, à semelhança da que terá sido representada na Grécia Antiga, é exclusivamente protagonizada por atores do sexo masculino. “Como é que um texto que fala de uma protagonista mulher que enfrenta a tirania de um homem e de um Estado, não era representada por uma atriz mas por um ator?”, questiona Murraças para “realçar a ironia do confronto do texto com a sociedade de então, e por consequência, com a nossa, numa altura em que tanto falamos dos papéis do género”.

Em paralelo ao regresso do teatro clássico ao Teatro Romano, o museu tem patente a exposição A reinvenção do mito, que exibe adereços e figurinos de Valentim Quaresma para as peças Édipo Rei e Medeia, ambas encenadas anteriormente neste histórico e inigualável espaço da cidade. [texto de Frederico Bernardino/Agenda Cultural de Lisboa]

Fonte: https://agendalx.pt/events/event/antigona-4/
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